Avaliação das propriedades do compósito de acrilonitrila-butadieno estireno carregado com fibra de palmeira real australiana

• Autor(a) principal: Pedote, João Guilherme Macedo de Almeida
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
• Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20456
• topic: Australian royal palm fibers; ABS; Composites; Mercerization; Mechanical properties; Polímeros; Misturas; Propriedades mecânicas; Compostos poliméricos; Resíduos orgânicos; Reaproveitamento; Fibras da palmeira real australiana; Compósitos; Mercerização; ENGENHARIAS::ENGENHARIA DE MATERIAIS E METALURGICA::MATERIAIS NAO METALICOS

As ações do ser humano no planeta já podem ser observadas em diversas áreas de pesquisa e, com a projeção de aumento populacional nos próximos anos, muitas questões precisam ser abordadas. O uso de fibras naturais como reforços em compósitos poliméricos, a fim de se produzir materiais de engenharia mais leves, de baixo custo e biodegradáveis tem sido estudado nos últimos anos. Neste trabalho foram desenvolvidos compósitos de acrilonitrila butadieno-estireno (ABS) reforçados com fibras da palmeira real australiana. As fibras passaram pelo tratamento químico de mercerização e os efeitos desse tratamento foram analisados pelas técnicas de Difração de Raios X, Microscopia Eletrônica de Varredura e Espectroscopia de Infravermelho. As fibras in natura e mercerizadas misturadas ao ABS foram processadas em extrusora de rosca dupla nas proporções 5, 10, 15 e 20% (m/m). As condições de processamento foram analisadas por avaliação do índice de fluidez. Os compósitos produzidos foram caracterizados por microscopia eletrônica de varredura e suas propriedades mecânicas avaliadas por ensaios de tração e flexão. As misturas foram injetadas para a confecção dos corpos de prova de tração e flexão. Os resultados da caracterização das fibras demonstraram que a mercerização promoveu redução da cristalinidade, remoção parcial de lignina e aumento do teor de celulose II da palmeira, além de uma maior dispersão das fibras na matriz polimérica. As análises dos ensaios mecânicos dos compósitos indicaram que, dependendo da aplicação solicitada, a adição das fibras de palmeira melhorou as propriedades mecânicas, quando comparados ao ABS virgem, podendo ser aplicados em materiais mais sustentáveis e de menor custo.