Estudo da supressão bystander na infecção experimental por Leishmania amazonensis em animais geneticamente selecionados para tolerância oral: estabelecimento de protocolos para utilização em leishmaniose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tavares, Daniel Augusto Gonçalves
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16216
Resumo: Oral tolerance (OT) is an induction of peripheral immune suppression and has been considered as a therapeutic strategy for inflammatory autoimmune diseases. Recent results (Tavares et al 2006) with strains of mice selected for extreme phenotypes of susceptibility (TS mice) and resistance (TR mice) to oral tolerance, showed differences in lesion development and parasite load after infection with Leishmania amazonensis. The bystander suppression by oral tolerance was initially described as a mechanism in which regulatory T cells triggered by an antigen-specific ingested, are capable of suppressing the response to an antigen-nonspecific, when given concurrently with antigen-specific. The TR and TS strains were used for the development of bystander suppression protocols in order to inhibit the inflammatory response induced by infection with L. amazonensis. The mice received 1, 2, 5 or 25 mg of OVA intragastrically (IG) for two consecutive days and a week later 107 were infected with promastigotes of L. amazonensis and challenged with 50 mg soluble OVA in the same place. In another protocol, mice were treated IG with OVA and challenged one week later with the same antigen followed by leishmania antigen in CFA in the same "bystander place". The following week were infected in the opposite foot. TR mice immunized with 25 mg OVA developed exaggerated inflammatory lesions when compared with the control group, while animals immunized with 1, 2 or 5 mg OVA developed a minor injury. The effect of bystander did not alter the parasite load. Regardless of the protocol used, the TS mice developed a minor injury. The cytokines IFN-y and IL-10 were increased in animals infected with both strains compared to uninfected animals. In the TR mice underwent IG OVA low-dose bystander (1, 2 and 5 mg) observed reduction of IFN-y and increased IL-10 suggesting a shift to regulatory status consistent with the reduction of inflammatory lesions in these groups. In immunized TS mice, observed a reduction of IFN-y and increased IL-10, although they remain higher than in TR, regardless of the oral dose to which they were submitted. The bystander effect with low or high doses did not alter the parasite burden. The levels of IFN-y were not associated with the reduction of parasite burden in TR and TS, since TS in the line there was a high parasite load despite high levels of IFN-y while TR strain showed a lower level of IFN- g and low parasite load. The TS strain had an inherently higher proportion of Treg cells (CD25 + Foxp3 +) that the strain TR, but animals of both strains reached the same proportion of Treg cells after infection with L. amazonensis. A better understanding of the regulatory mechanisms of innate and adaptive immunity in the early stages of infection is necessary for the development of protocols that may limit inflammation and promote the elimination of parasites.
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Tese (Doutorado em Biociências Nucleares; Ecologia) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16216Oral tolerance (OT) is an induction of peripheral immune suppression and has been considered as a therapeutic strategy for inflammatory autoimmune diseases. Recent results (Tavares et al 2006) with strains of mice selected for extreme phenotypes of susceptibility (TS mice) and resistance (TR mice) to oral tolerance, showed differences in lesion development and parasite load after infection with Leishmania amazonensis. The bystander suppression by oral tolerance was initially described as a mechanism in which regulatory T cells triggered by an antigen-specific ingested, are capable of suppressing the response to an antigen-nonspecific, when given concurrently with antigen-specific. The TR and TS strains were used for the development of bystander suppression protocols in order to inhibit the inflammatory response induced by infection with L. amazonensis. The mice received 1, 2, 5 or 25 mg of OVA intragastrically (IG) for two consecutive days and a week later 107 were infected with promastigotes of L. amazonensis and challenged with 50 mg soluble OVA in the same place. In another protocol, mice were treated IG with OVA and challenged one week later with the same antigen followed by leishmania antigen in CFA in the same "bystander place". The following week were infected in the opposite foot. TR mice immunized with 25 mg OVA developed exaggerated inflammatory lesions when compared with the control group, while animals immunized with 1, 2 or 5 mg OVA developed a minor injury. The effect of bystander did not alter the parasite load. Regardless of the protocol used, the TS mice developed a minor injury. The cytokines IFN-y and IL-10 were increased in animals infected with both strains compared to uninfected animals. In the TR mice underwent IG OVA low-dose bystander (1, 2 and 5 mg) observed reduction of IFN-y and increased IL-10 suggesting a shift to regulatory status consistent with the reduction of inflammatory lesions in these groups. In immunized TS mice, observed a reduction of IFN-y and increased IL-10, although they remain higher than in TR, regardless of the oral dose to which they were submitted. The bystander effect with low or high doses did not alter the parasite burden. The levels of IFN-y were not associated with the reduction of parasite burden in TR and TS, since TS in the line there was a high parasite load despite high levels of IFN-y while TR strain showed a lower level of IFN- g and low parasite load. The TS strain had an inherently higher proportion of Treg cells (CD25 + Foxp3 +) that the strain TR, but animals of both strains reached the same proportion of Treg cells after infection with L. amazonensis. A better understanding of the regulatory mechanisms of innate and adaptive immunity in the early stages of infection is necessary for the development of protocols that may limit inflammation and promote the elimination of parasites.A Tolerância Oral (OT) é um método de indução de supressão imunológica periférica e tem sido considerada como uma estratégia terapêutica para doenças inflamatórias auto-imunes. Recentes resultados (Tavares et al 2006) com linhagens de camundongos selecionadas para fenótipos extremos de susceptibilidade (camundongos TS) e resistência (camundongos TR) à tolerância oral, mostraram diferenças no desenvolvimento da lesão e carga parasitária após a infecção por Leishmania amazonensis. A supressão bystander pela tolerância oral foi inicialmente descrita como um mecanismo em que células T regulatórias desencadeadas por um antígeno-específico ingerido, são capazes de suprimir a resposta a um antígeno-não-específico, quando este é administrado concomitantemente ao antígeno-específico. As linhagens TR e TS foram utilizadas para o desenvolvimento de protocolos de supressão bystander, com o objetivo de inibir a resposta inflamatória induzida pela infecção por L. amazonensis. Os camundongos receberam 1, 2, 5 ou 25 mg de OVA intragástrica (IG) durante dois dias consecutivos, e uma semana depois foram infectados com 107 promastigotas de L. amazonensis e desafiados com 50 µg OVA solúvel no mesmo sítio. Em outro protocolo, camundongos foram tratados com OVA IG e desafiados uma semana após com este mesmo antígeno seguido de antígeno de leishmania em CFA no mesmo sítio bystander. Na semana seguinte foram infectados na pata oposta. Camundongos TR tolerizados com 25 mg de OVA desenvolveram lesão inflamatória exacerbada, quando comparados com o grupo controle, enquanto os animais tolerizados com 1, 2 ou 5 mg de OVA desenvolveram uma lesão menor. O efeito bystander não modificou a carga parasitária. Independentemente do protocolo utilizado, os camundongos TS desenvolveram uma lesão menor. As citocinas IFN-y e IL-10 foram aumentadas em animais infectados de ambas as linhagens em comparação com animais não infectados. Nos grupos TR submetidos a baixa dose de OVA IG bystander (1, 2 e 5 mg) observamos diminuição de IFN-y e o aumento de IL-10 sugerindo mudança para um perfil regulatório condizente com a diminuição da lesão inflamatória nestes grupos. Nos grupos TS tolerizados observamos redução de IFN-y e aumento de IL-10, embora permaneçam mais altos que nos TR, independente da dose oral a que foram submetidos. O efeito bystander, com doses baixas ou altas, não alterou a carga parasitária mostrando a dissociação desta com a modulação da patogenia. Os níveis de IFN-y não se mostraram associados a redução da carga parasitária em TR e TS, já que na linhagem TS observou-se alta carga parasitária apesar do alto nível de IFN-y enquanto que a linhagem TR apresentou menor nível de IFN-y e baixa carga parasitária. A linhagem TS apresentou intrinsecamente uma proporção maior de células Treg (CD25+Foxp3+) que a linhagem TR, mas animais de ambas as linhagens atingiram a mesma proporção de células Treg após infectados com L. amazonensis. Uma compreensão melhor dos mecanismos regulatórios da imunidade inata e adaptativa nas fases iniciais da infecção é necessária para o desenvolvimento de protocolos capazes de limitar a inflamação e promover a eliminação dos parasitas.Submitted by Boris INFORMAT (boris@uerj.br) on 2021-04-26T01:12:30Z No. of bitstreams: 1 Daniel Augusto Goncalves Tavares Tese completa.pdf: 1539663 bytes, checksum: 8bf2dba28f286e3feda5e5ecf156bc03 (MD5)Made available in DSpace on 2021-04-26T01:12:30Z (GMT). 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Tavares, Daniel Augusto Gonçalves
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