Da perversão-polimorfa à estrutura perversa: um estudo sobre a possibilidade de haver mulheres estruturalmente perversas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ |
Texto Completo: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14556 |
Resumo: | Esta tese é um prolongamento de uma pesquisa em psicanálise sobre perversão e mulheres iniciada no curso de Especialização e estendida no Mestrado. A partir da constante afirmação no campo lacaniano sobre a inexistência de mulheres estruturalmente perversas, traçamos um percurso sobre o estudo da perversão em Freud e Lacan para interrogarmos a possibilidade de haver mulheres perversas. Para isso, no primeiro capítulo, aprofundamo-nos na teoria da sexualidade freudiana, diferenciando perversidade de perversão e delimitando a distinção entre perversão-polimorfa e estrutura perversa através dos conceitos de fixação e exclusividade, presentes em Freud desde 1905, e do mecanismo perverso (Verleugnung), proclamado por Lacan, mas presente na obra freudiana. Investigamos também neste capítulo a importância das fantasias de espancamento (FREUD, 1919) e da vivência edipiana para o entendimento acerca das perversões. A partir disso, analisamos o fetichismo e os pares de opostos, sadismo-masoquismo (esmiuçando as obras de Marquês de Sade e Sacher-Masoch, responsáveis pela origem dos termos), e voyeurismo-exibicionismo. O segundo capítulo foi dedicado, de maneira geral, à fantasia. De início percorremos o conceito em Freud e Lacan para, posteriormente, através do entendimento sobre fantasia, pensarmos sobre os atos. Em seguida, examinamos a definição de homem e mulher para a psicanálise, diferente daquela utilizada pela biologia, para interrogarmos a possibilidade de uma mulher ser perversa. Na terceira parte desta pesquisa, utilizamos a história de duas mulheres, Gertrude Bainszewski e Suzane von Richthofen, avaliamos o caso Violette de André (1995) e ponderamos sobre a personagem Erika Kohut de A professora de piano (2001) para pensarmos sobre a teoria até então apresentada |
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Da perversão-polimorfa à estrutura perversa: um estudo sobre a possibilidade de haver mulheres estruturalmente perversasFrom the polymorphous perversity to the perverse structure: a study on the possibility of having women structurally perversePerversionPsychoanalysisWomenFeminineFemininoPsicanálisePerversãoMulheresCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::TRATAMENTO E PREVENCAO PSICOLOGICAEsta tese é um prolongamento de uma pesquisa em psicanálise sobre perversão e mulheres iniciada no curso de Especialização e estendida no Mestrado. A partir da constante afirmação no campo lacaniano sobre a inexistência de mulheres estruturalmente perversas, traçamos um percurso sobre o estudo da perversão em Freud e Lacan para interrogarmos a possibilidade de haver mulheres perversas. Para isso, no primeiro capítulo, aprofundamo-nos na teoria da sexualidade freudiana, diferenciando perversidade de perversão e delimitando a distinção entre perversão-polimorfa e estrutura perversa através dos conceitos de fixação e exclusividade, presentes em Freud desde 1905, e do mecanismo perverso (Verleugnung), proclamado por Lacan, mas presente na obra freudiana. Investigamos também neste capítulo a importância das fantasias de espancamento (FREUD, 1919) e da vivência edipiana para o entendimento acerca das perversões. A partir disso, analisamos o fetichismo e os pares de opostos, sadismo-masoquismo (esmiuçando as obras de Marquês de Sade e Sacher-Masoch, responsáveis pela origem dos termos), e voyeurismo-exibicionismo. O segundo capítulo foi dedicado, de maneira geral, à fantasia. De início percorremos o conceito em Freud e Lacan para, posteriormente, através do entendimento sobre fantasia, pensarmos sobre os atos. Em seguida, examinamos a definição de homem e mulher para a psicanálise, diferente daquela utilizada pela biologia, para interrogarmos a possibilidade de uma mulher ser perversa. Na terceira parte desta pesquisa, utilizamos a história de duas mulheres, Gertrude Bainszewski e Suzane von Richthofen, avaliamos o caso Violette de André (1995) e ponderamos sobre a personagem Erika Kohut de A professora de piano (2001) para pensarmos sobre a teoria até então apresentadaThis thesis is an extension of a research in psychoanalysis about perversion and women started in the Specialization course and extended in the Masters. From the constant affirmation in the Lacanian field about the lack of women structurally perverse, we followed the course on the Freud and Lacan study of perversion to question the existence of structurally perverse women. To do this, in the first chapter, we pursued the Freudian theory of sexuality, distinguishing perversity of perversion and delimiting the difference between polymorphous perversity and perverse structure through the concepts of fixation (Fixierung) and exclusivity, present in Freud since 1905, and the perverse mechanism (Verleugnung), proclaimed by Lacan, but current in Freudian work. This chapter also researched the importance of the text A child is being beaten (FREUD, 1919) and the Oedipal experience to understand the perversions. From there, we analyze the fetishism and the pairs of opposites, sadism-masochism (scrutinizing the works of Marquis de Sade and Sacher-Masoch, responsibles for the origin of the terms) and voyeurism-exhibitionism. The second chapter was dedicated generally to fantasy. We start this concept in Freud and Lacan to subsequently think about the acts. Then, we examine the definition in psychoanalysis of man and woman, different from that used by biology, to question the existence of perverse women. In the third part of this research, we use the story of two women, Gertrude Bainszewski and Suzane von Richthofen, evaluate the Violette case from André (1995) and we ponder the character of Erika Kohut in The piano teacher (2001) to think about the theory presented so farCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade do Estado do Rio de JaneiroCentro de Educação e Humanidades::Instituto de PsicologiaBRUERJPrograma de Pós-Graduação em PsicanáliseBarros, Rita Maria Manso dehttp://lattes.cnpq.br/4241759241115365Jorge, Marco Antonio Coutinhohttp://lattes.cnpq.br/5037592730262586Rinaldi, Doris Luzhttp://lattes.cnpq.br/7484982799065828Martinho, Maria Helena Coelhohttp://lattes.cnpq.br/5721991933414860Oliveira, Gilsa Tarré dehttp://lattes.cnpq.br/4727072842608421Mendonça, Ligia Gama e Silva Furtado de2021-01-07T17:45:44Z2015-07-062015-04-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMENDONÇA, Ligia Gama e Silva Furtado de. Da perversão-polimorfa à estrutura perversa: um estudo sobre a possibilidade de haver mulheres estruturalmente perversas. 2015. 152 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Psicanálise) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14556porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ2024-02-27T18:57:31Zoai:www.bdtd.uerj.br:1/14556Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bdtd.uerj.br/PUBhttps://www.bdtd.uerj.br:8443/oai/requestbdtd.suporte@uerj.bropendoar:29032024-02-27T18:57:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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