A produção curricular em uma universidade multicampi: traduções, mesmidade e diferença

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Meyre-Ester Barbosa de
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: meyreoliveira@uern.br
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20493
Resumo: Teacher education has assumed centrality in educational policies since the 1990s, as a prerequisite for the quality of/in education.The production of curricular guidelines met/meets the demands for centralization of curricular decisions produced in multiple scenarios articulated to/in the context of the globalization of educational policies. This research analyzes the curriculum reformulation movement experienced in the last decade by the Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), multi campus institution, which is present in strategic regions of the State. It focuses on a specific space-time of curricular production – the Pedagogy course from the Faculdade de Educação – taken as a productive locus of policies, translated, negotiated in and through difference. Guided by a perspective that assumes the university as a space for the production of curricular policies, it conceives them as cultural production, resulting from processes that involve negotiations, translations and disputes over meanings. From the dialogue with Laclau, Bhabha, Lopes, Macedo and Frangella, it presents the argument that the process of curricular reformulation is constituted as negotiation, articulation/dispute of a discourse that intends to be hegemonic, produced in the tension between the central campus, campuses and centers of higher education, in the midst of an institutionally triggered process of establishing an institutional identity and which takes curricular production as a strategy for this. Signaling the intersections between curriculum, politics and culture, it seeks to understand the demands and articulations that made/make possible the assumption of a necessary homogenization of curricular policies in the institution, problematizing the (im)possibility of establishing an identity either for the institution or for the pedagogue. The question that mobilized the research consisted of exploring the articulation processes and the demands that sedimented the idea of a curricular unification as a guarantee of a project, either of quality improvement, institution consolidation or the establishment of an identity. It emphasizes a discursive formation that links curriculum reform to the improvement of the quality of initiation teaching and, consequently, of teaching in general, and these to teacher training. Curriculum reorganization as a centralization mechanism of a regulating State is reappropriated and translated as a demand from the IES itself, being used as a device for centralization and academic management, through the reordering of practices, nurturing a close link with external evaluation. From the understanding of politics as processes of subjectivation that are not linear, the curricular text is understood as a hybrid production, permeated by ambiguities that constitute it as a political discourse, whose meaning is always postponed.
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This research analyzes the curriculum reformulation movement experienced in the last decade by the Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), multi campus institution, which is present in strategic regions of the State. It focuses on a specific space-time of curricular production – the Pedagogy course from the Faculdade de Educação – taken as a productive locus of policies, translated, negotiated in and through difference. Guided by a perspective that assumes the university as a space for the production of curricular policies, it conceives them as cultural production, resulting from processes that involve negotiations, translations and disputes over meanings. From the dialogue with Laclau, Bhabha, Lopes, Macedo and Frangella, it presents the argument that the process of curricular reformulation is constituted as negotiation, articulation/dispute of a discourse that intends to be hegemonic, produced in the tension between the central campus, campuses and centers of higher education, in the midst of an institutionally triggered process of establishing an institutional identity and which takes curricular production as a strategy for this. Signaling the intersections between curriculum, politics and culture, it seeks to understand the demands and articulations that made/make possible the assumption of a necessary homogenization of curricular policies in the institution, problematizing the (im)possibility of establishing an identity either for the institution or for the pedagogue. The question that mobilized the research consisted of exploring the articulation processes and the demands that sedimented the idea of a curricular unification as a guarantee of a project, either of quality improvement, institution consolidation or the establishment of an identity. It emphasizes a discursive formation that links curriculum reform to the improvement of the quality of initiation teaching and, consequently, of teaching in general, and these to teacher training. Curriculum reorganization as a centralization mechanism of a regulating State is reappropriated and translated as a demand from the IES itself, being used as a device for centralization and academic management, through the reordering of practices, nurturing a close link with external evaluation. From the understanding of politics as processes of subjectivation that are not linear, the curricular text is understood as a hybrid production, permeated by ambiguities that constitute it as a political discourse, whose meaning is always postponed.A formação de professores tem assumido centralidade nas políticas educacionais a partir dos anos de 1990, como pressuposto de qualidade da/na educação. A produção de diretrizes curriculares atendia/atende às demandas por centralização das decisões curriculares produzidas em múltiplos cenários articuladas ao/no contexto da globalização de políticas educacionais. A presente pesquisa analisa o movimento de reformulação curricular vivenciado na última década pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), instituição multicampi, que se faz presente em regiões estratégicas do Estado. Focaliza um espaço-tempo específico de produção curricular – o curso de Pedagogia da Faculdade de Educação – tomado como locus produtivo de políticas, traduzidas, negociadas na e pela diferença. Orientada por uma perspectiva que assume a universidade como espaço de produção de políticas curriculares, concebe-as como produção cultural, resultante de processos que envolvem negociações, traduções e disputas de sentidos. A partir do diálogo com Laclau, Bhabha, Lopes, Macedo e Frangella, apresenta o argumento de que o processo de reformulação curricular se constitui como negociação, articulação/disputa de um discurso que se pretende hegemônico, produzido na tensão entre o campus central, campi avançados e núcleos de educação superior, em meio a um processo deflagrado institucionalmente de fixação de uma identidade institucional e que toma a produção curricular como estratégia para tal. Sinalizando os entrecruzamentos entre currículo, política e cultura, busca compreender as demandas e articulações que tornaram/tornam possível a suposição de uma necessária homogeneização das políticas curriculares na instituição, problematizando a (im)possibilidade de fixação de uma identidade quer seja para a instituição ou para o pedagogo. A questão que mobilizou a pesquisa consistiu em explorar os processos de articulação e as demandas que sedimentaram a ideia de uma unificação curricular como garantia de um projeto, seja de melhoria da qualidade, seja de consolidação da instituição ou da fixação de uma identidade. Ressalta uma formação discursiva que vincula reforma curricular à melhoria da qualidade do ensino de graduação e, por conseguinte, do ensino de um modo geral e estes à formação de professores. A reorganização curricular como mecanismo de centralização de um Estado regulador é reapropriada e traduzida como demanda da própria IES, sendo acionada como dispositivo de centralização e gestão acadêmica, mediante o reordenamento de práticas, nutrindo estreito vínculo com a avaliação externa. A partir da compreensão da política como processos de subjetivação que não são lineares, o texto curricular é entendido como produção híbrida, permeado por ambiguidades que o constituem como discurso político, cujo fechamento da significação é sempre adiado.Submitted by Marianna CEH/A (marianna.uerj@gmail.com) on 2023-10-23T16:10:56Z No. of bitstreams: 1 Tese - Meyre-Ester Barbosa de Oliveira - 2017 - Completa.pdf: 7214325 bytes, checksum: cc36dd919d735601a7e729f1382e91b5 (MD5)Made available in DSpace on 2023-10-23T16:10:56Z (GMT). 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