Menos amor, por favor: os registros da política em Freud e Lacan

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Angela Cristina da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14567
Resumo: A well-known Freudian assertion indicates that psychoanalysis and ruling are impossible professions because they lead to results that, to some extent, will be unsatisfactory. Therefore, this paper, through a theoretical research, has the goal of outlining the records of politics in Freud´s and Lacan´s works. Politics is understood as a practice through which power is exercised and aims the organization of society. It is about doing with the social from the establishment of universal criteria, but that has implications on private life. Psychoanalysis is also a practice, but it operates on the peculiar element discovered by Freud: the unconscious. In the first chapter, through Freudian texts, we approach the methodological perspective, the group life and the malaise in civilization. Our elaborations indicate that the record of politics in Freud emerges from the driving factor and, before it, the author defines ethics as a therapeutic attempt to solve conflicts. Thus, the axis of the second chapter was the ethics of psychoanalysis as opposed to Aristotelian ethics. The ethics of psychoanalysis respond to desire, taken into account whenever the psychoanalyst stands before the world in which he/she lives. In ours, the practices that place the operability of the self as an imperative endorsed by science multiply, for this reason, the demand for happiness stands out as a political factor with which psychoanalysis is faced by. In light of this, the axis of the third chapter was the way the discourses of the master, the university student, the hysteric and the psychoanalyst operate. We question the conscious man and the preponderance of knowledge in its relation with the truth. Here are the main conclusions of this thesis: (1) the driving factor is the main record of politics in Freud's work; (2) in Lacan, this factor stands out in its articulation on the ethics of desire, for the accountability before oneself, the other and the demand for happiness; (3) also in Lacan, politics stands out in the discursive practices that situate the relation between knowledge and truth whose effects in the polis are evidenced by the malaise; (4) the psychoanalyst has a social function and his/her doing with the unconscious is marked by the incidences of politics because the unconscious is the politics
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Therefore, this paper, through a theoretical research, has the goal of outlining the records of politics in Freud´s and Lacan´s works. Politics is understood as a practice through which power is exercised and aims the organization of society. It is about doing with the social from the establishment of universal criteria, but that has implications on private life. Psychoanalysis is also a practice, but it operates on the peculiar element discovered by Freud: the unconscious. In the first chapter, through Freudian texts, we approach the methodological perspective, the group life and the malaise in civilization. Our elaborations indicate that the record of politics in Freud emerges from the driving factor and, before it, the author defines ethics as a therapeutic attempt to solve conflicts. Thus, the axis of the second chapter was the ethics of psychoanalysis as opposed to Aristotelian ethics. The ethics of psychoanalysis respond to desire, taken into account whenever the psychoanalyst stands before the world in which he/she lives. In ours, the practices that place the operability of the self as an imperative endorsed by science multiply, for this reason, the demand for happiness stands out as a political factor with which psychoanalysis is faced by. In light of this, the axis of the third chapter was the way the discourses of the master, the university student, the hysteric and the psychoanalyst operate. We question the conscious man and the preponderance of knowledge in its relation with the truth. Here are the main conclusions of this thesis: (1) the driving factor is the main record of politics in Freud's work; (2) in Lacan, this factor stands out in its articulation on the ethics of desire, for the accountability before oneself, the other and the demand for happiness; (3) also in Lacan, politics stands out in the discursive practices that situate the relation between knowledge and truth whose effects in the polis are evidenced by the malaise; (4) the psychoanalyst has a social function and his/her doing with the unconscious is marked by the incidences of politics because the unconscious is the politicsUma conhecida asserção freudiana indica que psicanalisar e governar são profissões impossíveis porque levam a resultados que, em alguma medida, serão insatisfatórios. Por isso, este trabalho, através de uma pesquisa teórica, tem o objetivo de delinear os registros da política nas obras de Freud e de Lacan. A política é compreendida como a prática através da qual se exercita o poder e que visa à organização da sociedade. Trata-se de um fazer com o social a partir do estabelecimento de critérios universais, mas que tem incidências sobre a vida particular. A psicanálise também é uma prática, mas ela opera sobre o elemento peculiar descoberto por Freud: o inconsciente. No primeiro capítulo, através de textos freudianos, abordamos a perspectiva metodológica, a vida em grupo e o mal-estar na civilização. Nossas elaborações indicam que o registro da política em Freud emerge do fator pulsional e, diante dele, o autor define a ética como tentativa terapêutica de solução dos conflitos. Assim, o eixo do segundo capítulo foi a ética da psicanálise em contraposição à ética aristotélica. A ética da psicanálise responde ao desejo, levado em consideração sempre que o psicanalista posiciona-se diante do mundo em que vive. No nosso, multiplicam-se as práticas que situam a operacionalidade do eu como um imperativo avalizado pela ciência, por isso, a demanda por felicidade destaca-se como um fator político com o qual a psicanálise se depara. Diante disso, o eixo do terceiro capítulo foi a forma como operam os discursos do mestre, do universitário, da histérica e do psicanalista. Questionamos o homem consciente e a preponderância do saber em sua relação com a verdade. Eis as principais conclusões desta tese: (1) o fator pulsional é o principal registro da política na obra de Freud; (2) em, Lacan, este fator destaca-se em sua articulação sobre a ética do desejo, pela responsabilização diante de si, do outro e da demanda pela felicidade; (3) também em Lacan, a política destaca-se nas práticas discursivas que situam a relação entre o saber e a verdade cujos efeitos na polis evidenciam-se pelo mal-estar; (4) o psicanalista tem uma função social e seu fazer com o inconsciente é marcado pelas incidências da política porque o inconsciente é a políticaSubmitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-07T17:45:58Z No. of bitstreams: 1 Tese_Angela Cristina da Silva.pdf: 1555489 bytes, checksum: b6e8e3063e1123d90d1ce02ada88ff49 (MD5)Made available in DSpace on 2021-01-07T17:45:58Z (GMT). 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