O NEOHUMANO: corpos e virtualidades no cinema de David Cronenberg

• Autor(a) principal: Barbosa, Alex Santos
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
• Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17103
• topic: Body; Corpo; Cinema; Virtual; Cronenberg, David, 1943-; Corpo como suporte da arte; Realidade virtual na arte; Cinema canadense; LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::CINEMA

Objetiva-se investigar como tem se dado no cinema da contemporaneidade o diálogo entre real e virtual e a condição do corpo como mediador e lócus de manifestação e representação desta relação, mais especificamente, em David Cronenberg. O período no qual se delimita a pesquisa está focado a partir de meados da década de 1970 (aprox. 1975) até os dias atuais, por se entender que esse período compreende um momento de unidade estético-criativa vivenciada pelo referido diretor, bem como diversos fenômenos que contextualizam, muitas vezes de forma basilar, os temas, formas e opções estéticas observadas da obra do autor em questão. Pretende-se realizar uma análise específica do tema dentro do cinema de David Cronenberg, mais especificamente em “eXistenZ” (1999), contextualizando com a produção científica/artística/cultural, especificamente aquela voltada para real/virtual e representação do corpo, e analisar se esta colabora para a introdução de novos elementos pelos quais se possam pensar a obra “cronenbergiana” ou vice-versa. Verificou-se previamente que a produção acadêmica existente aponta para uma aguda percepção da realidade por parte do diretor David Cronenberg (que está antenado às inovações tecnológicas e suas implicações na percepção do real) e sua profunda reflexão, de caráter ensaístico em alguns filmes, acerca de tecnologias orgânicas e do lugar do cinema enquanto expressão. Atreladas a esta investigação estão as discussões teóricas sobre corpo, reflexividade, representação e linguagem cinematográfica. O organismo estético utilizado pelo diretor não será desprezado, uma vez que se entende que este faz parte da construção do discurso a respeito do corpo e sua relação com a representação pensada por Cronenberg