Educação feminista e antirracista na cibercultura: um mapa de narrativas, conflitos e desconstruções

• Autor(a) principal: Trancoso, Michelle Viana
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
• Texto Completo: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16721
• topic: Feminist education; Anti-racist Education; Cyberculture.; Research-formation in cyberculture; Educação feminista; Educação Antirracista; Cibercultura; Pesquisa-formação na cibercultura; CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::ENSINO-APRENDIZAGEM

A educação pública atravessa seu momento de desmonte, em que impõem percalços os movimentos antidemocráticos, os quais se estabelecem pela rede digital, investindo ataques ou negligenciando os temas gênero e raça no currículo. Por outro lado, movimentos sociais resistem ocupando a cibercultura com novos modos de organização e atuação. A pesquisa-formação na cibercultura, frente a esse cenário, pretende transformar a realidade, buscando compreender como a formação docente pode pensar atos de currículo mediados pelo digital em rede com vistas a uma educação feminista e antirracista. Primeiro, partimos do contexto de desigualdade de gênero, em um prisma interseccional. Em seguida, apresentamos a metodologia com a qual trabalharemos, a pesquisa-formação na cibercultura, assim como os pressupostos epistêmico-metodológicos da multirreferencialidade e das pesquisas nos/dos/com os cotidianos que orientam e fundamentam nossas leituras acerca das análises registradas. O presente estudo, ao buscar compreender como se estabelecem as relações interseccionais de gênero, aponta as tecnologias digitais como artefatos potentes nos processos de subjetivação, apostando nessas potencialidades como produtoras de uma experiência estética para uma educação cidadã. Nossa análise não deixa de contemplar, por um viés crítico e político, os usos cotidianos das tecnologias, discutindo o positivismo dos algoritmos e a necropolítica em que nos situamos, realidade que atravessa nossa pesquisa. Por fim, narramos os dispositivos de pesquisa, apresentamos suas noções subsunçoras, que são os achados da pesquisa, e debatemos os desafios encontrados.