A DISCURSIVIZAÇÃO DA MEMÓRIA EM RELATOS AUTOBIOGRÁFICOS DE ALUNOS DA EJA
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Fólio - Revista de Letras |
Texto Completo: | https://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/2989 |
Resumo: | Neste artigo, busco mostrar de que maneira as narrativas de vida de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) parecem confirmar reflexões sobre a escrita autobiográfica e sobre o ato de recordar feitas pelos Estudos da Linguagem e pela Sociologia: o sujeito ao se propor ou ser instado a contar suas memórias, autorrepresenta-se, avalia a si e a outrem (fatos, eventos, pessoas e discursos) segundo as referências éticas que formam sua subjetividade presente, introjetadas e sedimentadas a partir de sua pertença aos diversos grupos, que segundo Halbwachs (1925), constituem os quadros sociais da memória: a família, a religião e a classe, além da linguagem e das coordenadas espácio-temporais. Nessa auto-objetivação, o sujeito realiza um projeto retórico; cf. Namer (1987): orienta-se por uma vontade de persuadir/convencer, imprime um determinado tom ao seu dizer de acordo com o interlocutor ao qual se endereça. Trata-se de considerar uma memória discursivizada, retoricizada. Nos relatos dos alunos da EJA, ouvem-se ressoar tons de ressentimento, de tristeza, de denúncia; mas, também, de nostalgia, de alegria e superação das adversidades da vida. |
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A DISCURSIVIZAÇÃO DA MEMÓRIA EM RELATOS AUTOBIOGRÁFICOS DE ALUNOS DA EJANeste artigo, busco mostrar de que maneira as narrativas de vida de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) parecem confirmar reflexões sobre a escrita autobiográfica e sobre o ato de recordar feitas pelos Estudos da Linguagem e pela Sociologia: o sujeito ao se propor ou ser instado a contar suas memórias, autorrepresenta-se, avalia a si e a outrem (fatos, eventos, pessoas e discursos) segundo as referências éticas que formam sua subjetividade presente, introjetadas e sedimentadas a partir de sua pertença aos diversos grupos, que segundo Halbwachs (1925), constituem os quadros sociais da memória: a família, a religião e a classe, além da linguagem e das coordenadas espácio-temporais. Nessa auto-objetivação, o sujeito realiza um projeto retórico; cf. Namer (1987): orienta-se por uma vontade de persuadir/convencer, imprime um determinado tom ao seu dizer de acordo com o interlocutor ao qual se endereça. Trata-se de considerar uma memória discursivizada, retoricizada. Nos relatos dos alunos da EJA, ouvem-se ressoar tons de ressentimento, de tristeza, de denúncia; mas, também, de nostalgia, de alegria e superação das adversidades da vida.Edições UESB2018-03-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/2989fólio - Revista de Letras; v. 7 n. 1 (2015): GUIMARÃES ROSA: VOZES, SENTIDOS E REPRESENTAÇÕES / OLHARES SOBRE AS NARRATIVAS DE VIDA: ANÁLISE DO DISCURSO, LITERATURA E COMUNICAÇÃO2176-4182reponame:Fólio - Revista de Letrasinstname:Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)instacron:UESBporhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/2989/2489Copyright (c) 2018 fólio - Revista de Letrasinfo:eu-repo/semantics/openAccessLessa, Claudio2021-03-22T18:04:37Zoai:periodicos.periodicos2.uesb.br:article/2989Revistahttps://periodicos2.uesb.br/index.php/folioPUBhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/oai||marciouesb@gmail.com|| revistafolio@gmail.com2176-41821808-3099opendoar:2024-05-17T13:37:28.870654Fólio - Revista de Letras - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)false |
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