PARENTESCO, ORALIDADE E APRENDIZAGEM ENTRE VENDEDORES DE FOLHAS NA FEIRA DE SÃO JOAQUIM (SALVADOR)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Oliveira, Orlando José Ribeiro
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: de Oliveira, Marília Flores Seixas
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Práxis Educacional (Online)
Texto Completo: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/4671
Resumo: A Feira de São Joaquim (Salvador/BA) centraliza o mercado e a distribuição de plantas, aqui chamadas folhas, a que são atribuídas eficácias mágico-religiosa e terapêutica, desempenhando papel central em rituais e práticas da religiosidade afro-brasileira, notadamente no candomblé. Produzidas e comercializadas por extrativistas (majoritariamente mulheres), horticultores e raizeiros, tais folhas são negociadas em grandes quantidades e variedades diretamente por quem as produz, num local da feira chamado Pedra, em transações mercantis que ocorrem durante poucas horas na madrugada, fazendo circular grandes quantidades de folha no mercado regional. As folhas resultantes de coleta (extrativismo) são produzidas hegemonicamente por mulheres, que as colhem em áreas naturais e manchas florestais remanescentes no entorno de Salvador e interior do Estado, as organizam emgrandes fardos, as levam ao mercado, onde as vendem diretamente aos consumidores. Nessasatividades, é comum a participação de familiares, sobretudo crianças e adolescentes, que asacompanham em todas as etapas produtivas, o que envolve processos de aprendizagem que se baseiamem transmissão intergeracional e oral do conhecimento étnico-referenciado sobre as plantas e seususos e abrangem aspectos da sociabilidade na feira. Este artigo decorre de pesquisa de campo eobserva, dentre outros elementos, a proeminência das relações de parentesco entre os agentes sociaisda produção e circulação e aspectos que permitem aproximações com o contexto dos mercadosafricanos tradicionais.
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