As tessituras de diálogo: África-diáspora na literatura das escritoras negras Noémia de Sousa, Ntozake Shange e Conceição Evaristo
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Litterata |
Texto Completo: | http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/1471 |
Resumo: | A proliferação da produção literária e artística de mulheres negras é um fenômeno que ocorre em escala mundial. Estas mulheres negras, por meio da palavra poética, instauram uma literatura de resistência, um espaço quilombola frente às constantes opressões de gênero, de raça, de etnia e de classe. Escritoras negras como a moçambicana Noémia de Sousa, a estadunidense Ntozake Shange e a brasileira Conceição Evaristo, cada uma escrevendo, sobrevivendo e resistindo em países tão distantes, e ao mesmo tempo com características semelhantes. Para não cair no reducionismo analítico ou em estereotipias, o presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo comparativo dos diálogos África-Diáspora presente nas obras dessas escritoras. Em suma, é possível identificar que na obra de Noémia de Sousa o diálogo é realizado sincronicamente por meio das relações com a contemporaneidade da escritora, enquanto que em Ntozake Shange e Conceição Evaristo o diálogo é diacrônico ao relacionar o presente com o passado escravista de seus países de origem, no entanto, enquanto Shange passadifica o presente, Evaristo presentifica o passado. Dessa forma, as escritoras se posicionam criticamente e politicamente contra as diversas opressões ao criar em suas obras uma estética da resistência. |
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