As tessituras de diálogo: África-diáspora na literatura das escritoras negras Noémia de Sousa, Ntozake Shange e Conceição Evaristo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maringolo, Cátia Cristina Bocaiuva
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Faiad da Silva, Caio Ricardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Litterata
Texto Completo: http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/1471
Resumo: A proliferação da produção literária e artística de mulheres negras é um fenômeno que ocorre em escala mundial. Estas mulheres negras, por meio da palavra poética, instauram uma literatura de resistência, um espaço quilombola frente às constantes opressões de gênero, de raça, de etnia e de classe. Escritoras negras como a moçambicana Noémia de Sousa, a estadunidense Ntozake Shange e a brasileira Conceição Evaristo, cada uma escrevendo, sobrevivendo e resistindo em países tão distantes, e ao mesmo tempo com características semelhantes. Para não cair no reducionismo analítico ou em estereotipias, o presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo comparativo dos diálogos África-Diáspora presente nas obras dessas escritoras. Em suma, é possível identificar que na obra de Noémia de Sousa o diálogo é realizado sincronicamente por meio das relações com a contemporaneidade da escritora, enquanto que em Ntozake Shange e Conceição Evaristo o diálogo é diacrônico ao relacionar o presente com o passado escravista de seus países de origem, no entanto, enquanto Shange passadifica o presente, Evaristo presentifica o passado. Dessa forma, as escritoras se posicionam criticamente e politicamente contra as diversas opressões ao criar em suas obras uma estética da resistência.
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