PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Felipe da Silva Ponte de
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Spineli, Pedro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Communitas
Texto Completo: https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/2990
Resumo: As práticas cotidianas mediadas pelas tecnologias digitais em rede vêm reconfigurando a cultura, dando sentido e forma à cibercultura. Nessa ambiência, temos acompanhado as políticas de ódio que promovem e se desdobram em (micro)práticas fascistas, sobretudo, aquelas práticas que moram dentre de nós, mas que às vezes nos escapam e as publicamos e partilhamos nas redes online, as quais denominamos de práticas ciberfascistas: práticas de ódio contra gênero, sexualidade, raça, classe, território... Para analisar as práticas ciberfascistas e refletir em possibilidades de uma vida não fascista, que são as apostas desta pesquisa cartográfica, utilizamos acontecimentos que reverberaram nas redes online. Cartografamos rastros digitais e tecemos teorizações para problematizar o tempo presente articuladas com o episódio “Engenharia Reversa” do seriado “Black Mirror”. Como resultado dessa pesquisa, destacamos algumas práticas ciberfascistas: o uso de perfil falso; ataques por causa da ausência de face; linchamento em rede; e fake news para letalização dx outrx. Como modos de (re)existência não fascista, destacamos as práticas: ampliar a liberdade ética-estética-política e de respeito ao outro; combater sem cessar as políticas de ódio; e potencializar múltiplas formas de resistência, de produzir e dar sentidos a novos contornos à vida cotidiana, ao viver em rede.
id UFAC-2_4de4118e770cd66cfb9f5ba94eb6e787
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2990
network_acronym_str UFAC-2
network_name_str Communitas
repository_id_str
spelling PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?Prática ciberfascistasengenharia reversacartografiaAs práticas cotidianas mediadas pelas tecnologias digitais em rede vêm reconfigurando a cultura, dando sentido e forma à cibercultura. Nessa ambiência, temos acompanhado as políticas de ódio que promovem e se desdobram em (micro)práticas fascistas, sobretudo, aquelas práticas que moram dentre de nós, mas que às vezes nos escapam e as publicamos e partilhamos nas redes online, as quais denominamos de práticas ciberfascistas: práticas de ódio contra gênero, sexualidade, raça, classe, território... Para analisar as práticas ciberfascistas e refletir em possibilidades de uma vida não fascista, que são as apostas desta pesquisa cartográfica, utilizamos acontecimentos que reverberaram nas redes online. Cartografamos rastros digitais e tecemos teorizações para problematizar o tempo presente articuladas com o episódio “Engenharia Reversa” do seriado “Black Mirror”. Como resultado dessa pesquisa, destacamos algumas práticas ciberfascistas: o uso de perfil falso; ataques por causa da ausência de face; linchamento em rede; e fake news para letalização dx outrx. Como modos de (re)existência não fascista, destacamos as práticas: ampliar a liberdade ética-estética-política e de respeito ao outro; combater sem cessar as políticas de ódio; e potencializar múltiplas formas de resistência, de produzir e dar sentidos a novos contornos à vida cotidiana, ao viver em rede.The daily practices mediated by digital network technologies have reconfigured culture, giving meaning and shape to cyberculture. We have followed the hate policies that promote (micro) fascist practices, especially those that we practice when we publish and share in online networks, what we call cyberfascism practices: hateful practices against gender, sexuality, race… The goal of this cartographic research is to analyze cyberfascist practices and reflect on the possibilities of a non-fascist life. We start this text using the "Men Against Fire" episode of the "Black Mirror" series as a metaphor for thinking about fascism in our contemporary society. So we mapped digital trails and did theorizations to problematize cyberfascism. As a result of this research, we highlight some cyberfascist practices: the use of false profiles; attacks due to absence of face; network lynching; and fake news to annihilate the other. As a non-fascist way of life, we highlight practices: broadening ethical freedom and respect for others; fight hateful policies; and empower multiple forms of resistance, to produce and give meanings to new contours to daily networked life.  Editora da Universidade Federal do Acre - EDUFAC2020-05-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/2990Communitas; v. 4 n. 7 (2020): BLACK MIRROR E EDUCAÇÃO; 43-58Communitas; Vol. 4 No. 7 (2020): BLACK MIRROR E EDUCAÇÃO; 43-58Revista Communitas; ##issue.vol## 4 ##issue.no## 7 (2020): BLACK MIRROR E EDUCAÇÃO; 43-582526-5970reponame:Communitasinstname:Universidade Federal do Acre (UFAC)instacron:UFACporhttps://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/2990/2200Copyright (c) 2020 REVISTA COMMUNITASinfo:eu-repo/semantics/openAccessCarvalho, Felipe da Silva Ponte de Spineli, Pedro2020-06-11T12:05:06Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2990Revistahttps://periodicos.ufac.br/revista/index.php/COMMUNITASPUBhttps://periodicos.ufac.br/revista/index.php/COMMUNITAS/oairevistas@ufac.br || rafael.goncalves@ufac.br2526-59702526-5970opendoar:2020-06-11T12:05:06Communitas - Universidade Federal do Acre (UFAC)false
dc.title.none.fl_str_mv PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?
title PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?
spellingShingle PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?
Carvalho, Felipe da Silva Ponte de
Prática ciberfascistas
engenharia reversa
cartografia
title_short PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?
title_full PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?
title_fullStr PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?
title_full_unstemmed PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?
title_sort PRÁTICAS CIBERFASCISTAS: É POSSÍVEL PENSAR-FAZER UMA ENGENHARIA REVERSA QUE ROMPA COM O IMPLANTE DESEJANTE FASCISTA?
author Carvalho, Felipe da Silva Ponte de
author_facet Carvalho, Felipe da Silva Ponte de
Spineli, Pedro
author_role author
author2 Spineli, Pedro
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Carvalho, Felipe da Silva Ponte de
Spineli, Pedro
dc.subject.por.fl_str_mv Prática ciberfascistas
engenharia reversa
cartografia
topic Prática ciberfascistas
engenharia reversa
cartografia
description As práticas cotidianas mediadas pelas tecnologias digitais em rede vêm reconfigurando a cultura, dando sentido e forma à cibercultura. Nessa ambiência, temos acompanhado as políticas de ódio que promovem e se desdobram em (micro)práticas fascistas, sobretudo, aquelas práticas que moram dentre de nós, mas que às vezes nos escapam e as publicamos e partilhamos nas redes online, as quais denominamos de práticas ciberfascistas: práticas de ódio contra gênero, sexualidade, raça, classe, território... Para analisar as práticas ciberfascistas e refletir em possibilidades de uma vida não fascista, que são as apostas desta pesquisa cartográfica, utilizamos acontecimentos que reverberaram nas redes online. Cartografamos rastros digitais e tecemos teorizações para problematizar o tempo presente articuladas com o episódio “Engenharia Reversa” do seriado “Black Mirror”. Como resultado dessa pesquisa, destacamos algumas práticas ciberfascistas: o uso de perfil falso; ataques por causa da ausência de face; linchamento em rede; e fake news para letalização dx outrx. Como modos de (re)existência não fascista, destacamos as práticas: ampliar a liberdade ética-estética-política e de respeito ao outro; combater sem cessar as políticas de ódio; e potencializar múltiplas formas de resistência, de produzir e dar sentidos a novos contornos à vida cotidiana, ao viver em rede.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-05-29
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/2990
url https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/2990
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/2990/2200
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 REVISTA COMMUNITAS
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 REVISTA COMMUNITAS
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora da Universidade Federal do Acre - EDUFAC
publisher.none.fl_str_mv Editora da Universidade Federal do Acre - EDUFAC
dc.source.none.fl_str_mv Communitas; v. 4 n. 7 (2020): BLACK MIRROR E EDUCAÇÃO; 43-58
Communitas; Vol. 4 No. 7 (2020): BLACK MIRROR E EDUCAÇÃO; 43-58
Revista Communitas; ##issue.vol## 4 ##issue.no## 7 (2020): BLACK MIRROR E EDUCAÇÃO; 43-58
2526-5970
reponame:Communitas
instname:Universidade Federal do Acre (UFAC)
instacron:UFAC
instname_str Universidade Federal do Acre (UFAC)
instacron_str UFAC
institution UFAC
reponame_str Communitas
collection Communitas
repository.name.fl_str_mv Communitas - Universidade Federal do Acre (UFAC)
repository.mail.fl_str_mv revistas@ufac.br || rafael.goncalves@ufac.br
_version_ 1798313222969753600