PENSAR UM “EU MAIS VELHO” ATRAVÉS DOS MEDIA: entre o ageísmo e a (in)existência
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Communitas |
Texto Completo: | https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/5841 |
Resumo: | O Envelhecimento populacional é um facto incontornável dos nossos quotidianos. Pensar sobre um “eu mais velho” (NELSON, 2011) é fundamental para se perspetivar formas alternativas de nos construirmos e vivermos em sociedade. Os media assumem assim um importante papel de (des)construção de valores, de promoção de literacia para os direitos humanos e de espaço de resistência e empoderamento. Parece-nos urgente olhar, reflexivamente, às tensões e problemas que invisibilizam, nos media, as pessoas idosas no mundo neoliberal do jovem, rápido, produtivo e de consumo. Pretende-se, assim, poder aportar elementos de ação que promovam um debate social mais diverso e o empoderamento das/os idosas/os. Partindo deste mote, propomo-nos analisar criticamente peças jornalísticas sobre envelhecimento e/ou pessoas idosas publicadas em dois jornais semanários de informação portugueses: Jornal Sol e Jornal Expresso. Recorrendo à Análise Temática (BRAUN & CLARKE, 2006) olharemos um corpus focalizado de 59 peças (28 Jornal Expresso, 31 Jornal Sol) que emergiu de uma recolha total de 1813 peças publicadas em dois anos. Globalmente, os resultados apontam para diferenças de género e desequilíbrios de poder que tornam as mulheres mais invisíveis que os homens. Há também uma falta de representações positivas do envelhecimento ou das pessoas idosas, uma escassa, quase ausente, discussão de políticas públicas e um discurso ageísta transversal que vê a velhice de uma forma paternalista e/ou infantil. Os discursos sobre o envelhecimento e a velhice refletem ainda a necessidade de intervenções de investigação-ação que promovam mudança nos discursos, representações e estruturas reduzindo a discriminação com base na idade. |
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