Estudo Químico de Esponjas de Água-doce dos gêneros Drulia , Metania e Spongilla
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFAM |
Texto Completo: | http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1421 |
Resumo: | As Esponjas constituem o grupo mais simples de animais Metazoários pela simplicidade de sua estrutura e a pequena interdependência entre as suas células, ficando um nível um pouco acima dos protozoários que formam colônias. As Esponjas possuem cerca de 7000 espécies conhecidas, a maioria das espécies vive em ambiente marinho, mas cerca de 160 espécies podem ser encontradas em ambientes dulcícolas. O corpo das esponjas possui numerosos poros, fato que deu o nome Porifera ao filo (poro = poro, phorus = portador de). Elas têm no ápice do corpo uma abertura maior denominada ósculo. Internamente, possuem uma cavidade denominada átrio ou espongiocele. As esponjas são animais filtradores: a água circunda seu corpo, penetra pelos poros, cai na espongiocele e sai pelo ósculo. Através desse padrão de circulação de água é que as esponjas obtêm o oxigênio e o alimento de que necessitam e eliminam os restos não-aproveitáveis. As esponjas podem filtrar a cada hora um volume de água correspondente a dez vezes seu próprio tamanho, uma das razões pelas quais é difícil sua manutenção em aquários. Além do grande volume filtrado, já foi demonstrado sua capacidade de retirar até 100% das bactérias presentes na água, o que representa um possível papel na manutenção da qualidade da água, especialmente onde as esponjas são muito abundantes. Elas são ricas em metabólitos secundários, que podem vir a serem utilizados pelas indústrias química e farmacêutica. Estes animais são conhecidos por apresentarem uma variedade de ácidos graxos distinguíveis por possuírem espécies moleculares incomuns em suas membranas lipídicas. Segundo Belarbi et al. (2003), as esponjas são fontes potenciais de metabólitos únicos, incluindo compostos citotóxicos e anticancerígenos. O estudo de esponjas de água doce na Amazônia apresenta diversos pontos de interesse, sejam eles ecológicos, como indicadores de elementos ambientais, uma vez que são filtradoras da água em que vivem; econômicos, para a produção de cerâmicas nobres, como chips de computador; entre vários outros, que incluem o conhecimento para a preservação da espécie. Algumas destas esponjas provocam grande número de ocorrências em hospitais da região Amazônica por episódios de contato que geram dermatites graves. O mecanismo de ocorrência dos danos ainda não está completamente elucidado e deve ser mais bem estudado, podendo ser atribuído à composição micromolecular das esponjas. Por isso, é de tal importância o estudo químico desses animais, visando descrever a composição dos gêneros: Drulia, Metania e Spongilla, através da extração desses espécimes com técnica de isolamento de substância através de análises cromatográficas para fazer uma comparação dos resultados e descrever suas toxicidades em modelo de Artemia salina. Destacamos, ainda, o ineditismo das pesquisas químicas com estes animais na Amazônia, elo perdido de nossa biodiversidade. |
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Estudo Químico de Esponjas de Água-doce dos gêneros Drulia , Metania e SpongillaEsponjas de Água-DoceQuímicaCromatografiaCIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA: QUÍMICA DOS PRODUTOS NATURAISAs Esponjas constituem o grupo mais simples de animais Metazoários pela simplicidade de sua estrutura e a pequena interdependência entre as suas células, ficando um nível um pouco acima dos protozoários que formam colônias. As Esponjas possuem cerca de 7000 espécies conhecidas, a maioria das espécies vive em ambiente marinho, mas cerca de 160 espécies podem ser encontradas em ambientes dulcícolas. O corpo das esponjas possui numerosos poros, fato que deu o nome Porifera ao filo (poro = poro, phorus = portador de). Elas têm no ápice do corpo uma abertura maior denominada ósculo. Internamente, possuem uma cavidade denominada átrio ou espongiocele. As esponjas são animais filtradores: a água circunda seu corpo, penetra pelos poros, cai na espongiocele e sai pelo ósculo. Através desse padrão de circulação de água é que as esponjas obtêm o oxigênio e o alimento de que necessitam e eliminam os restos não-aproveitáveis. As esponjas podem filtrar a cada hora um volume de água correspondente a dez vezes seu próprio tamanho, uma das razões pelas quais é difícil sua manutenção em aquários. Além do grande volume filtrado, já foi demonstrado sua capacidade de retirar até 100% das bactérias presentes na água, o que representa um possível papel na manutenção da qualidade da água, especialmente onde as esponjas são muito abundantes. Elas são ricas em metabólitos secundários, que podem vir a serem utilizados pelas indústrias química e farmacêutica. Estes animais são conhecidos por apresentarem uma variedade de ácidos graxos distinguíveis por possuírem espécies moleculares incomuns em suas membranas lipídicas. Segundo Belarbi et al. (2003), as esponjas são fontes potenciais de metabólitos únicos, incluindo compostos citotóxicos e anticancerígenos. O estudo de esponjas de água doce na Amazônia apresenta diversos pontos de interesse, sejam eles ecológicos, como indicadores de elementos ambientais, uma vez que são filtradoras da água em que vivem; econômicos, para a produção de cerâmicas nobres, como chips de computador; entre vários outros, que incluem o conhecimento para a preservação da espécie. Algumas destas esponjas provocam grande número de ocorrências em hospitais da região Amazônica por episódios de contato que geram dermatites graves. O mecanismo de ocorrência dos danos ainda não está completamente elucidado e deve ser mais bem estudado, podendo ser atribuído à composição micromolecular das esponjas. Por isso, é de tal importância o estudo químico desses animais, visando descrever a composição dos gêneros: Drulia, Metania e Spongilla, através da extração desses espécimes com técnica de isolamento de substância através de análises cromatográficas para fazer uma comparação dos resultados e descrever suas toxicidades em modelo de Artemia salina. Destacamos, ainda, o ineditismo das pesquisas químicas com estes animais na Amazônia, elo perdido de nossa biodiversidade.CNPQUniversidade Federal do AmazonasBrasilQuímicaInstituto de Ciências ExatasPrograma PIBIC 2008UFAMValdir Florêncio da Veiga JuniorVanessa Reis Campos2016-09-23T14:09:15Z2016-09-23T14:09:15Z2009-07-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reporthttp://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1421application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2021-11-10T04:08:39Zoai:localhost:prefix/1421Repositório InstitucionalPUBhttp://riu.ufam.edu.br/oai/requestopendoar:2021-11-10T04:08:39Repositório Institucional da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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As Esponjas constituem o grupo mais simples de animais Metazoários pela simplicidade de sua estrutura e a pequena interdependência entre as suas células, ficando um nível um pouco acima dos protozoários que formam colônias. As Esponjas possuem cerca de 7000 espécies conhecidas, a maioria das espécies vive em ambiente marinho, mas cerca de 160 espécies podem ser encontradas em ambientes dulcícolas. O corpo das esponjas possui numerosos poros, fato que deu o nome Porifera ao filo (poro = poro, phorus = portador de). Elas têm no ápice do corpo uma abertura maior denominada ósculo. Internamente, possuem uma cavidade denominada átrio ou espongiocele. As esponjas são animais filtradores: a água circunda seu corpo, penetra pelos poros, cai na espongiocele e sai pelo ósculo. Através desse padrão de circulação de água é que as esponjas obtêm o oxigênio e o alimento de que necessitam e eliminam os restos não-aproveitáveis. As esponjas podem filtrar a cada hora um volume de água correspondente a dez vezes seu próprio tamanho, uma das razões pelas quais é difícil sua manutenção em aquários. Além do grande volume filtrado, já foi demonstrado sua capacidade de retirar até 100% das bactérias presentes na água, o que representa um possível papel na manutenção da qualidade da água, especialmente onde as esponjas são muito abundantes. Elas são ricas em metabólitos secundários, que podem vir a serem utilizados pelas indústrias química e farmacêutica. Estes animais são conhecidos por apresentarem uma variedade de ácidos graxos distinguíveis por possuírem espécies moleculares incomuns em suas membranas lipídicas. Segundo Belarbi et al. (2003), as esponjas são fontes potenciais de metabólitos únicos, incluindo compostos citotóxicos e anticancerígenos. O estudo de esponjas de água doce na Amazônia apresenta diversos pontos de interesse, sejam eles ecológicos, como indicadores de elementos ambientais, uma vez que são filtradoras da água em que vivem; econômicos, para a produção de cerâmicas nobres, como chips de computador; entre vários outros, que incluem o conhecimento para a preservação da espécie. Algumas destas esponjas provocam grande número de ocorrências em hospitais da região Amazônica por episódios de contato que geram dermatites graves. O mecanismo de ocorrência dos danos ainda não está completamente elucidado e deve ser mais bem estudado, podendo ser atribuído à composição micromolecular das esponjas. Por isso, é de tal importância o estudo químico desses animais, visando descrever a composição dos gêneros: Drulia, Metania e Spongilla, através da extração desses espécimes com técnica de isolamento de substância através de análises cromatográficas para fazer uma comparação dos resultados e descrever suas toxicidades em modelo de Artemia salina. Destacamos, ainda, o ineditismo das pesquisas químicas com estes animais na Amazônia, elo perdido de nossa biodiversidade. |
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