Estudo físico-químico de metodologias empregadas na determinação do Fator de Proteção Solar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ricardo Alexandre Primo da Silva
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3134
Resumo: A necessidade de uso de filtros solares constitui uma realidade em países tropicais, onde há um aumento da exposição da população à radiação solar, seja por razões de trabalho ou lazer. Tal fato se reflete no recrudescimento dos casos de doenças de pele relacionadas à exposição solar, sendo a mais preocupante, o câncer de pele. Neste contexto, os protetores solares ganham importância por permitirem, em princípio, uma maior exposição ao sol com menor dano. A maioria das substâncias utilizadas em filtros solares consiste de compostos sintéticos, em sua maioria importados, o que encarece o preço do produto final. Tais substâncias apresentam absorção intensa de luz na faixa do ultravioleta do espectro solar (290-400 nm), consistindo, geralmente, de um anel aromático com substituição carbonílica. As formulações apresentam uma combinação de filtros químicos sistemas ricos em conjugação que absorvem a radiação UV e dissipam o excesso de energia na faixa do infravermelho; e filtros inorgânicos materiais particulados que atuam por reflexão. Recentemente, há interesse na utilização de compostos derivados de plantas e extratos, que além de apresentarem absorção intensa no ultravioleta (UVA e UVB), apresentam também uma ação antioxidante. A atividade de um filtro solar não está somente relacionada à absorção da radiação ultravioleta, mas a outras características físico-químicas como lipofilicidade, substantividade e fotoestabilidade, as quais também influenciam na ação final. Por exemplo, há estudos sugerindo uma correlação entre uma alteração na estrutura eletrônica das substâncias usadas nos filtros solares, após irradiação com UV, e reações com substratos biológicos, como proteínas e ácidos nucléicos, levando a efeitos citotóxicos. A avaliação do fator de proteção solar in vitro pode ser feita por espectrofotometria, cromatografia líquida de alta eficiência, transmitância difusa, etc; Há também metodologias para a quantificação do FPS em termos de UVA (320-400 nm), de modo a avaliar a fotoproteção dos filtros nessa faixa de energia. Com relação aos extratos vegetais, ainda não se dispõe de uma padronização para o cálculo de FPS. Em nosso projeto, pretendemos aplicar diferentes metodologias in vitro para o cálculo do FPS espectrofotométrico, utilizando luz na faixa do UVB e UVA. As medidas serão realizadas a partir de um espectrofotômetro de UV-Vis de duplo-feixe e varredura contínua, e por um espectrofotômetro de reflectância difusa. A fim de avaliar a fotoestabilidade dos protetores solares frente à radiação UV, pretendemos utilizar luz sínctrotron e técnicas espectroscópicas complementares, como UPS (Espectroscopia de Fotoelétrons no UV). Espera-se padronizar um método para determinação do FPS de cosméticos e extratos vegetais.
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