Análise química e farmacológica de óleos essenciais obtidos de espécies vegetais da família Lauraceae
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFAM |
Texto Completo: | http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3764 |
Resumo: | A família Lauraceae possui cerca de 2500 espécies em 52 gêneros, com distribuição de cerca de 29 gêneros e 900 espécies nas Américas. A família é comum em florestas tropicais de altitude, com algumas espécies habitando em grandes altitudes, mas a grande diversidade ocorre nas terras baixas na Amazônia e América Central. As espécies vegetais de Lauraceae são utilizadas amplamente em diversos segmentos da indústria, por exemplo, na alimentação, o abacate (Persea americana), a canela (Cinnamomun verum) e o louro (Laurus nobilis). Ainda nesse contexto, as espécies da família possuem alto valor comercial no mercado, porque são espécies aromáticas e produtoras de óleos essenciais e possuem aplicação na indústria de cosméticos, onde o pau-rosa (Aniba rosaeodora) ocupa lugar de destaque. Os óleos essenciais (OE) podem, de fato, serem usados como insumos na indústria de química fina, principalmente na elaboração de perfumes, fragrâncias e cosméticos. Adicionalmente, a possiblidade de aplicações dos OE, e, evidentemente das substâncias obtidas a partir destes, abarca a indústrias de medicamentos, veterinária e horticultura (inseticidas, fungicidas, bactericidas, larvicidas). Deve-se salientar que a composição dos óleos essenciais é determinada por fatores genéticos, porém os fatores ambientais podem causar variações significativas em seus componentes. A época da colheita, fontes geográficas, o horário, o modo de secagem do material vegetal e fatores ambientais, como umidade, água, solo e herbivoria também podem influenciar sobre a composição e o teor do óleo. Em trabalho recente realizado pelo nosso grupo de pesquisas, as folhas de Aniba canelilla e Licaria canella foram coletadas nas estações climáticas predominantes no Amazonas, verão e inverno, e os óleos essenciais obtidos por hidrodestilação foram analisados por CG-EM. Os resultados mostraram uma larga predominância de benzenóides, sendo o principal constituinte o benzil benzoato em L. canella e 1-nitro-2-feniletano em A. canelilla. Os resultados derivados desse trabalho evidenciaram que o constituinte principal dos óleos essenciais de L. canella é comercialmente utilizado como uma medicação tópica contra várias parasitoses, o que sugere uma utilização potencial deste óleo para esta finalidade. Adicionalmente, percebeu-se que as folhas de L. canella e A. canelilla podem ser qualificadas como duas fontes naturais, abundantes e renováveis ecologicamente de benzoato de benzilo e 1-nitro-2-feniletano, respectivamente, com valor comercial para fins medicinais, no caso de L. Canella e como um aroma para as indústrias de cosméticos e alimentos no caso A. Canelilla. Diante essas premissas, tendo em vista, o grande potencial biológico e econômico que os óleos essenciais possuem, o presente trabalho pretende avaliar a composição química dos óleos essenciais obtidos de espécies de Lauraceae em coletas realizadas em estações climáticas distintas. |
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Análise química e farmacológica de óleos essenciais obtidos de espécies vegetais da família LauraceaeLauraceaeÓleo essencialCromatografiaCIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA: QUÍMICA DOS PRODUTOS NATURAISA família Lauraceae possui cerca de 2500 espécies em 52 gêneros, com distribuição de cerca de 29 gêneros e 900 espécies nas Américas. A família é comum em florestas tropicais de altitude, com algumas espécies habitando em grandes altitudes, mas a grande diversidade ocorre nas terras baixas na Amazônia e América Central. As espécies vegetais de Lauraceae são utilizadas amplamente em diversos segmentos da indústria, por exemplo, na alimentação, o abacate (Persea americana), a canela (Cinnamomun verum) e o louro (Laurus nobilis). Ainda nesse contexto, as espécies da família possuem alto valor comercial no mercado, porque são espécies aromáticas e produtoras de óleos essenciais e possuem aplicação na indústria de cosméticos, onde o pau-rosa (Aniba rosaeodora) ocupa lugar de destaque. Os óleos essenciais (OE) podem, de fato, serem usados como insumos na indústria de química fina, principalmente na elaboração de perfumes, fragrâncias e cosméticos. Adicionalmente, a possiblidade de aplicações dos OE, e, evidentemente das substâncias obtidas a partir destes, abarca a indústrias de medicamentos, veterinária e horticultura (inseticidas, fungicidas, bactericidas, larvicidas). Deve-se salientar que a composição dos óleos essenciais é determinada por fatores genéticos, porém os fatores ambientais podem causar variações significativas em seus componentes. A época da colheita, fontes geográficas, o horário, o modo de secagem do material vegetal e fatores ambientais, como umidade, água, solo e herbivoria também podem influenciar sobre a composição e o teor do óleo. Em trabalho recente realizado pelo nosso grupo de pesquisas, as folhas de Aniba canelilla e Licaria canella foram coletadas nas estações climáticas predominantes no Amazonas, verão e inverno, e os óleos essenciais obtidos por hidrodestilação foram analisados por CG-EM. Os resultados mostraram uma larga predominância de benzenóides, sendo o principal constituinte o benzil benzoato em L. canella e 1-nitro-2-feniletano em A. canelilla. Os resultados derivados desse trabalho evidenciaram que o constituinte principal dos óleos essenciais de L. canella é comercialmente utilizado como uma medicação tópica contra várias parasitoses, o que sugere uma utilização potencial deste óleo para esta finalidade. Adicionalmente, percebeu-se que as folhas de L. canella e A. canelilla podem ser qualificadas como duas fontes naturais, abundantes e renováveis ecologicamente de benzoato de benzilo e 1-nitro-2-feniletano, respectivamente, com valor comercial para fins medicinais, no caso de L. Canella e como um aroma para as indústrias de cosméticos e alimentos no caso A. Canelilla. Diante essas premissas, tendo em vista, o grande potencial biológico e econômico que os óleos essenciais possuem, o presente trabalho pretende avaliar a composição química dos óleos essenciais obtidos de espécies de Lauraceae em coletas realizadas em estações climáticas distintas.CNPQUniversidade Federal do AmazonasBrasilQuímicaInstituto de Ciências ExatasPROGRAMA PIBIC 2013UFAMJefferson Rocha de Andrade SilvaYuri Renê Santos Ferreira2016-09-23T15:39:23Z2016-09-23T15:39:23Z2014-07-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reporthttp://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3764application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2021-11-10T13:57:51Zoai:localhost:prefix/3764Repositório InstitucionalPUBhttp://riu.ufam.edu.br/oai/requestopendoar:2021-11-10T13:57:51Repositório Institucional da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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A família Lauraceae possui cerca de 2500 espécies em 52 gêneros, com distribuição de cerca de 29 gêneros e 900 espécies nas Américas. A família é comum em florestas tropicais de altitude, com algumas espécies habitando em grandes altitudes, mas a grande diversidade ocorre nas terras baixas na Amazônia e América Central. As espécies vegetais de Lauraceae são utilizadas amplamente em diversos segmentos da indústria, por exemplo, na alimentação, o abacate (Persea americana), a canela (Cinnamomun verum) e o louro (Laurus nobilis). Ainda nesse contexto, as espécies da família possuem alto valor comercial no mercado, porque são espécies aromáticas e produtoras de óleos essenciais e possuem aplicação na indústria de cosméticos, onde o pau-rosa (Aniba rosaeodora) ocupa lugar de destaque. Os óleos essenciais (OE) podem, de fato, serem usados como insumos na indústria de química fina, principalmente na elaboração de perfumes, fragrâncias e cosméticos. Adicionalmente, a possiblidade de aplicações dos OE, e, evidentemente das substâncias obtidas a partir destes, abarca a indústrias de medicamentos, veterinária e horticultura (inseticidas, fungicidas, bactericidas, larvicidas). Deve-se salientar que a composição dos óleos essenciais é determinada por fatores genéticos, porém os fatores ambientais podem causar variações significativas em seus componentes. A época da colheita, fontes geográficas, o horário, o modo de secagem do material vegetal e fatores ambientais, como umidade, água, solo e herbivoria também podem influenciar sobre a composição e o teor do óleo. Em trabalho recente realizado pelo nosso grupo de pesquisas, as folhas de Aniba canelilla e Licaria canella foram coletadas nas estações climáticas predominantes no Amazonas, verão e inverno, e os óleos essenciais obtidos por hidrodestilação foram analisados por CG-EM. Os resultados mostraram uma larga predominância de benzenóides, sendo o principal constituinte o benzil benzoato em L. canella e 1-nitro-2-feniletano em A. canelilla. Os resultados derivados desse trabalho evidenciaram que o constituinte principal dos óleos essenciais de L. canella é comercialmente utilizado como uma medicação tópica contra várias parasitoses, o que sugere uma utilização potencial deste óleo para esta finalidade. Adicionalmente, percebeu-se que as folhas de L. canella e A. canelilla podem ser qualificadas como duas fontes naturais, abundantes e renováveis ecologicamente de benzoato de benzilo e 1-nitro-2-feniletano, respectivamente, com valor comercial para fins medicinais, no caso de L. Canella e como um aroma para as indústrias de cosméticos e alimentos no caso A. Canelilla. Diante essas premissas, tendo em vista, o grande potencial biológico e econômico que os óleos essenciais possuem, o presente trabalho pretende avaliar a composição química dos óleos essenciais obtidos de espécies de Lauraceae em coletas realizadas em estações climáticas distintas. |
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