Efeito de diferentes configurações de chanfros nas propriedades mecânicas e microestruturas do aço ASTM 131-A soldado por arco submerso

• Autor(a) principal: Nascimento, Rebeca Bandeira
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9393964804902109
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7644
• topic: Soldagem; Aço - Metalurgia; Juntas (Engenharia); Microestrutura; ENGENHARIAS: ENGENHARIA DE MATERIAIS E METALÚRGICA; Metalurgia da soldagem; Propriedades mecânicas; Configuração do chanfro

Como os estaleiros brasileiros que atuam no segmento da construção de embarcações fluviais enfrentam uma grande competividade entre si, estes sentem a necessidade de aumentar a sua produtividade. Uma opção é utilizar configurações de chanfros que demandem poucas etapas de fabricação. Logo, o que se pretende nessa pesquisa é conhecer a influência de juntas soldadas por arco submerso, sem chanfro e com chanfro em V simples, de aço ASTM A 131 grau A, empregadas na fabricação de blocos de casco para balsas transportadoras de gás butano. A composição química da junta foi determinada por espectrometria de emissão óptica. As propriedades mecânicas das juntas soldadas foram determinadas por ensaios de resistência à tração, microdureza Vickers e impacto Charpy. Já as microestruturas de cada região da junta soldada foram averiguadas por microscopia óptica enquanto as suas características foram determinadas pelo teste de indentação instrumentada. Macroscopia óptica foi utilizada para verificar a presença de defeitos de solda. O fluxo de soldagem utilizado forneceu Mn e Si ao metal de solda de ambas as juntas. Também há a presença de inclusão de escória em ambas as juntas. A micrografia mostrou basicamente os mesmos microconstituintes em cada região correspondente entre as juntas soldadas, porém, a junta CC apresentou uma estrutura mais refinada, indicando ter sofrido um resfriamento mais acelerado. Os ensaios de microdureza Vickers e de indentação instrumentada realizados ao longo das regiões das juntas soldadas mostraram que a dureza e resistência a deformação aumentam gradualmente a partir do metal de base até o metal de solda, sendo que os valores apresentados pela junta CC foram superiores aos apresentados pela junta SC. A resistência a tração da junta CC foi superior ao da junta SC, porém, ambas as juntas sofreram influência da inclusão de escória, já que para a maioria das amostras, as trincas iniciaram a partir das extremidades do defeito. Os valores de energia de impacto absorvida da junta CC foram superiores ao da junta SC, sendo que para todas as amostras, a fratura se ocorreu através do defeito de soldagem, o que tornou as juntas mais frágeis, porém, ambas as juntas apresentaram energia de impacto absorvida superior ao especificado pela norma, já que ambas as juntas apresentaram grande quantidade de ferrita acicular no metal de solda. De forma geral, as propriedades mecânicas das juntas CC foram superiores aos da junta SC.