Vida e trabalho da mulher indígena: o protagonismo da tuxaua Baku na comunidade Sahu-apé, Iranduba - AM

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Solange Pereira do
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3700027234383055
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
Texto Completo: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2314
Resumo: Este trabalho assumiu o propósito de verificar o protagonismo de Zelinda da Silva Freitas, a Baku, da etnia Sateré-Mawé. Buscamos, junto com ela, perfazer sua trajetória de vida desde a saída da TI de Ponta Alegre onde nasceu, até a Comunidade Sahu-apé localizada no Município de Iranduba/AM, lugar em que desempenha o importante papel de tuxaua reconhecida honradamente pelo seu povo. São mais de trinta anos à frente da Comunidade Sahu-apé. Uma vida marcada em meio a diversos antagonismos em que ser mulher e posicionar-se como autoridade têm um preço elevado. A pesquisa assumiu o aporte das teorias de gênero em um processo eminentemente qualitativo, centrado nos relatos e narrativas da tuxaua Baku, nossa principal informante. Na análise da espacialidade da comunidade Sahu-apé, fizemos uso do método etnográfico e da técnica do caderno de campo. Na coleta de dados de outros informantes, coadjuvantes da pesquisa, recorremos à técnica de entrevista do tipo semi-estruturado. Ouvimos em entrevista 10 pessoas residentes da Comunidade indígena investigada. A pesquisa mostra que dona Baku é a primeira mulher tuxaua que se tem notícia na Amazônia. O seu protagonismo é amplamente reconhecido pelas entidades de representação indígena da Amazônia como é o caso da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e Conselho dos Tuxauas Maiores da Etnia Sateré-Mawé. Depreende-se assim, que a comunidade Sahu-apé é suigeneris, híbrida, porque não é nem rural e nem urbana; nem puramente indígena; ela está situada na fronteira do branco e do indígena, sendo mais indígena do que branca.
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