Prevalência de neoplasias malignas em região oral e maxilofacial oriundas do laboratório de patologia da Universidade Federal do Amazonas: casuística de 30 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalcanti, Thaíse da Rocha
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2668267352816075
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7086
Resumo: Introdução: Câncer em boca pode ser definido como uma neoplasia maligna que se origina nos tecidos que compõem o aparelho bucal. Mundialmente as neoplasias malignas bucais ocupam o sexto lugar dentre os cânceres mais comuns. No Brasil é considerado o sétimo tipo mais comum de câncer, mostrando altos índices de mortalidade no país. A similaridade entre as neoplasias que podem ocorrer nesta região faz com que o diagnóstico represente um desafio diário para os profissionais da área da saúde. Objetivo: avaliar a prevalência de neoplasias malignas envolvendo a região oral e maxilofacial (OMF) diagnosticadas no Laboratório de Patologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) por um período de 30 anos, entre janeiro de 1987 a dezembro de 2016. Metodologia: estudo transversal, retrospectivo, onde foram analisadas as fichas de requisição de exames e/ou prontuários, dados referentes ao paciente, como faixa etária, sexo e raça, além daqueles referentes à lesão propriamente dita, como localização e região anatômica, características clínicas e o diagnóstico histopatológico da lesão. Os dados foram tabulados e submetidos ao teste exato de Fisher. Resultados: Foram analisados 62.005 laudos, dos quais 3,45% (n=2140) eram em região oral e maxilofacial e destes, 4,7% (n=101) representavam neoplasias malignas em região OMF. As neoplasias malignas mais encontradas foram as de origem epitelial com 77,2% (n=78) dos casos, especialmente o carcinoma epidermóide (CEB) (61,38%, n=62). Os casos remanescentes foram de neoplasias de origem mesenquimal (6,9%, n=7), glandular (10,9%, n=11) e hematolinfoides (5,0%, n=5). Não foram encontrados casos de neoplasias malignas de origem odontogênica. Quanto à faixa etária o maior número de casos ocorreu em pacientes acima dos 50 anos de idade, tendo pico de prevalência entre 51-60 (21,8%, n=22), pacientes com idade entre 0-10 anos representaram o grupo de menor acometimento (2%, n=2). Indivíduos pardos foram os mais frequentemente acometidos (25,75, n=26), seguidos de brancos (12,9%, n=13) e negros (4%, n=4). Das 101 lesões encontradas 94,1% (n=95) tratava-se de neoplasias primárias e 5,0% (n=5) de metastáticas. Conclusão: as neoplasias malignas em região OMF representaram uma pequena fração dentre a grande quantidade de doenças que podem ocorrer nestes tecidos. A literatura aponta o CEB como a neoplasia maligna mais comum em boca em concordância com o encontrado no presente estudo.
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spelling Prevalência de neoplasias malignas em região oral e maxilofacial oriundas do laboratório de patologia da Universidade Federal do Amazonas: casuística de 30 anosCâncer de bocaPatologia bucalEpidemiologiaNeoplasiaCIÊNCIAS DA SAUDE: ODONTOLOGIAIntrodução: Câncer em boca pode ser definido como uma neoplasia maligna que se origina nos tecidos que compõem o aparelho bucal. Mundialmente as neoplasias malignas bucais ocupam o sexto lugar dentre os cânceres mais comuns. No Brasil é considerado o sétimo tipo mais comum de câncer, mostrando altos índices de mortalidade no país. A similaridade entre as neoplasias que podem ocorrer nesta região faz com que o diagnóstico represente um desafio diário para os profissionais da área da saúde. Objetivo: avaliar a prevalência de neoplasias malignas envolvendo a região oral e maxilofacial (OMF) diagnosticadas no Laboratório de Patologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) por um período de 30 anos, entre janeiro de 1987 a dezembro de 2016. Metodologia: estudo transversal, retrospectivo, onde foram analisadas as fichas de requisição de exames e/ou prontuários, dados referentes ao paciente, como faixa etária, sexo e raça, além daqueles referentes à lesão propriamente dita, como localização e região anatômica, características clínicas e o diagnóstico histopatológico da lesão. Os dados foram tabulados e submetidos ao teste exato de Fisher. Resultados: Foram analisados 62.005 laudos, dos quais 3,45% (n=2140) eram em região oral e maxilofacial e destes, 4,7% (n=101) representavam neoplasias malignas em região OMF. As neoplasias malignas mais encontradas foram as de origem epitelial com 77,2% (n=78) dos casos, especialmente o carcinoma epidermóide (CEB) (61,38%, n=62). Os casos remanescentes foram de neoplasias de origem mesenquimal (6,9%, n=7), glandular (10,9%, n=11) e hematolinfoides (5,0%, n=5). Não foram encontrados casos de neoplasias malignas de origem odontogênica. Quanto à faixa etária o maior número de casos ocorreu em pacientes acima dos 50 anos de idade, tendo pico de prevalência entre 51-60 (21,8%, n=22), pacientes com idade entre 0-10 anos representaram o grupo de menor acometimento (2%, n=2). Indivíduos pardos foram os mais frequentemente acometidos (25,75, n=26), seguidos de brancos (12,9%, n=13) e negros (4%, n=4). Das 101 lesões encontradas 94,1% (n=95) tratava-se de neoplasias primárias e 5,0% (n=5) de metastáticas. Conclusão: as neoplasias malignas em região OMF representaram uma pequena fração dentre a grande quantidade de doenças que podem ocorrer nestes tecidos. A literatura aponta o CEB como a neoplasia maligna mais comum em boca em concordância com o encontrado no presente estudo.Introduction: Oral cancer can be defined as a malignant neoplasm that originates in the tissues that will develop the oral cavity. Worldwide malignant neoplasms of the mouth occupy the sixth place among the most common cancers. In Brazil it is considered the seventh most common type of cancer, showing high mortality rates in the country. The similarity between the neoplasms that can occur in this region, makes the diagnosis a daily challenge for health professionals. Objective: To evaluate the prevalence of malignant neoplasms involving the oral and maxillofacial region (OMF) diagnosed in the Laboratory of Pathology of the Federal University of Amazonas (UFAM) for a period of 30 years, between January 1987 and December 2016. Methodology: a cross-sectional, retrospective study, where the records of requesting exams and/or medical records, data concerning the patient, such as age, gender and race were analyzed, as well as those referring to the actual injury, such as location and anatomical region, clinical characteristics and the histopathological diagnosis of the lesion. Data were processed and submitted to Fisher's exact test. Results: A total of 62,005 reports were analyzed, of which 3,45% (n=2140) were in the oral and maxillofacial regions, and 4,7% (n=101) represented malignant neoplasms in the OMF region. The most frequent malignant neoplasms were those of epithelial tissue with 77,2% (n=78) of the cases, especially squamous cell carcinoma (SCC) (61,38%, n=62). The remaining cases were neoplasms of mesenchial tissue (6,9%, n=7), glandular (10,9%, n=11) and hematolymphoid (5,0%, n=5). No cases of malignant neoplasms of odontogenic tissue were found. Regarding the age range, the highest number of cases occurred in patients over 50 years of age, with a prevalence peak between 51-60 (21,8%, n=22), patients aged 0-10 years represented the group of lower involvement (2,0%, n=2). Brown individuals were the most frequently affected (25,7%, n=26), followed by whites (12,9%, n=13) and blacks (4,0%, n=4). Of the 101 lesions found 94.1% (n=95) were primary neoplasms and 5,0% (n=5) of metastatic lesions. Conclusion: malignant neoplasms at the OMF region represented a small fraction among the large number of diseases that can occur in these tissues. The literature appoints the SCC as the most common malignant neoplasm in the mouth, in agreement with that found in the present study.FAPEAMUniversidade Federal do AmazonasFaculdade de OdontologiaBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em OdontologiaKimura, Tatiana Nayara Libóriohttp://lattes.cnpq.br/7764426537915981Cavalcanti, Thaíse da Rochahttp://lattes.cnpq.br/26682673528160752019-04-16T16:10:31Z2019-03-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisimage/jpegapplication/pdfCAVALCANTI, Thaíse da rocha. Prevalência de neoplasias malignas em região oral e maxilofacial oriundas do laboratório de patologia da Universidade Federal do Amazonas: casuística de 30 anos. 2019. 67 f. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2019.https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7086porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2022-08-19T19:10:38Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/7086Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922022-08-19T19:10:38Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false
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