Neoplasias mesenquimais benignas da região oral e maxilofacial: um estudo retrospectivo de 1.066 casos

• Autor(a) principal: Adriana Aparecida Silva da Costa
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/37108; https://orcid.org/0000-0001-7655-8666
• topic: Neoplasias; Mesoderma; Patologia bucal; Epidemiologia; Neoplasias; Mesoderma; Patologia bucal; Epidemiologia

Neoplasias mesenquimais benignas são diagnósticos relativamente incomuns na região de cabeça e pescoço e constituem um grupo diversificado de tumores com histogênese e etiopatogenia distintos. Considerando que são limitadas as pesquisas sobre a prevalência destas lesões, o objetivo deste trabalho foi avaliar a frequência, características demográficas e clinicopatológicas das neoplasias mesenquimais benignas, que acometem a região oral e maxilofacial, em um serviço de patologia oral. Trata-se de um estudo transversal que abrangeu um período de 66 anos. Todos os laudos histopatológicos com diagnóstico de neoplasias mesenquimais benignas, arquivados no Laboratório de Patologia Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais, foram recuperados. Dados demográficos (sexo, idade e cor da pele) e clínicos (lesão fundamental, localização, tamanho, coloração, consistência, sintomatologia, envolvimento ósseo, achados radiográficos, diagnóstico clínico e histopatológico) foram coletados a partir dos registros de biópsia. A análise estatística foi realizada no software SPSS. Foram revisados 38.119 registros de biópsias, revelando 1.066 (2,79%) neoplasias mesenquimais benignas, das quais 369 eram tumores fibroblásticos/miofibroblásticos, 250 adiposos, 179 vasculares, 130 neurais, 94 ósseos e cartilaginosos, 19 musculares e 2 tumores fibro-histiocíticos. Os tumores foram predominantes em pacientes do sexo feminino (62,8%), leucodermas (42,3%) e com idade média de 42 anos. A maioria das lesões eram pápulas e nódulos (42,7%) e mediam frequentemente entre 0 a 5 mm (26,4%). A língua (25,2%) foi o sítio mais afetado para neoplasias extraósseas e a mandíbula (67,0%) para os tumores intraósseos. Este é o estudo com a maior amostra de neoplasias mesenquimais benignas da região oral e maxilofacial. Estas lesões foram pouco frequentes no Laboratório estudado, sendo o fibroma de células gigantes, lipomas e hemangiomas as neoplasias mais prevalentes. Apesar de exibirem semelhanças clínicas entre si, a melhor caracterização e diferenciação entre esses tumores, abordadas neste estudo, fornece aos clínicos o conhecimento para diagnosticar com maior precisão essas lesões e conduzir uma abordagem de tratamento adequada para seus pacientes.