Feiticeiros Negros no Grão-Pará (1755-1772)
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6684 |
Resumo: | Em meados do século XVIII, as práticas mágicas de negros e crioulos escravos no Grão-Pará se faziam presentes no cotidiano. Esses praticantes, que em Portugal e na África eram chamados de mandingueiros e no Brasil colônia eram associados aos feiticeiros, resignificaram suas práticas, dando a elas novos significados. O significado de feitiçaria na cultura africana difere-se muito da cultura do homem letrado cristão, logo, o sistema escravocrata em vigor nesse período fez com que negros crioulos e mulatos fossem perseguidos, vigiados, denunciados e processados pelos funcionários do Santo Tribunal da Inquisição portuguesa. Sob o Regimento de 1640, funcionários inquisitoriais foram enviados ao Estado do Grão-Pará, dentre os quais Giraldo José de Abranches foi o escolhido para impor ̶ mesmo que tardiamente e com menos vigor se comparado às outras partes do Estado do Brasil ̶ o controle sobre a moral, determinando a conduta religiosa a ser seguida pelos novos cristãos e por aqueles que apresentassem algum tipo de comportamento suspeito de heresia. Escravos tidos como feiticeiros atendiam a todo tipo de pedidos, fossem para benefícios ou para malefícios, atribuindo ofícios aos seus beneficiários ou clientes. Faziam os mais variados feitiços, tais como: amorosos; para curar doenças e para fazer adoecer; para desfazer feitiços; arrumar maridos e amantes; para adivinhar perdas e roubos, supertições, gravidez não desejada, entre outros. |
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Feiticeiros Negros no Grão-Pará (1755-1772)FeiticeirosNegrosEscravosInquisiçãoCIÊNCIAS HUMANAS: HISTÓRIAEm meados do século XVIII, as práticas mágicas de negros e crioulos escravos no Grão-Pará se faziam presentes no cotidiano. Esses praticantes, que em Portugal e na África eram chamados de mandingueiros e no Brasil colônia eram associados aos feiticeiros, resignificaram suas práticas, dando a elas novos significados. O significado de feitiçaria na cultura africana difere-se muito da cultura do homem letrado cristão, logo, o sistema escravocrata em vigor nesse período fez com que negros crioulos e mulatos fossem perseguidos, vigiados, denunciados e processados pelos funcionários do Santo Tribunal da Inquisição portuguesa. Sob o Regimento de 1640, funcionários inquisitoriais foram enviados ao Estado do Grão-Pará, dentre os quais Giraldo José de Abranches foi o escolhido para impor ̶ mesmo que tardiamente e com menos vigor se comparado às outras partes do Estado do Brasil ̶ o controle sobre a moral, determinando a conduta religiosa a ser seguida pelos novos cristãos e por aqueles que apresentassem algum tipo de comportamento suspeito de heresia. Escravos tidos como feiticeiros atendiam a todo tipo de pedidos, fossem para benefícios ou para malefícios, atribuindo ofícios aos seus beneficiários ou clientes. Faziam os mais variados feitiços, tais como: amorosos; para curar doenças e para fazer adoecer; para desfazer feitiços; arrumar maridos e amantes; para adivinhar perdas e roubos, supertições, gravidez não desejada, entre outros.In the mid of the 18th century, the magical practices of blacks and creoles people slaves in Grão Pará were present in daily life. These practitioners, whom were called mandingueiros in Portugal and Africa and in Brazil colony were associated with sorcerers, reframed their practices, giving them new meanings. Under the Regiment of 1.640, inquisitorial officials were send to the Grão-Pará State, among them Giraldo José de Abranches, as the one chosen to impose ̶ even that late and with less force if compared to other parts of the State of Brazil ̶ a moral control, determining the religious conduct to be followed by the new Christians and over those who had any type of suspicious behavior of heresy. Slaves taken as witches gave heed to every kind of requests, even for benefits or for harm, assigning letters to its beneficiaries or customers. They made the most various kinds of spells, such as: loving; to cure diseases and to make ill; to undo spells; tidying up husbands and lovers; to guess loss and theft, superstitions, not desired pregnancy, among others.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal do AmazonasInstituto de Filosofia, Ciências Humanas e SociaisBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em HistóriaCarvalho Júnior, Almir Diniz dehttp://lattes.cnpq.br/4248019005880193Maia, Glauciene da Costahttp://lattes.cnpq.br/83804778015047512018-10-15T17:35:20Z2014-02-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMAIA, Glauciene da Costa. Feiticeiros Negros no Grão-Pará (1755-1772). 2014. 144 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2014.https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6684porhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2018-10-19T13:04:54Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/6684Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922018-10-19T13:04:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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Em meados do século XVIII, as práticas mágicas de negros e crioulos escravos no Grão-Pará se faziam presentes no cotidiano. Esses praticantes, que em Portugal e na África eram chamados de mandingueiros e no Brasil colônia eram associados aos feiticeiros, resignificaram suas práticas, dando a elas novos significados. O significado de feitiçaria na cultura africana difere-se muito da cultura do homem letrado cristão, logo, o sistema escravocrata em vigor nesse período fez com que negros crioulos e mulatos fossem perseguidos, vigiados, denunciados e processados pelos funcionários do Santo Tribunal da Inquisição portuguesa. Sob o Regimento de 1640, funcionários inquisitoriais foram enviados ao Estado do Grão-Pará, dentre os quais Giraldo José de Abranches foi o escolhido para impor ̶ mesmo que tardiamente e com menos vigor se comparado às outras partes do Estado do Brasil ̶ o controle sobre a moral, determinando a conduta religiosa a ser seguida pelos novos cristãos e por aqueles que apresentassem algum tipo de comportamento suspeito de heresia. Escravos tidos como feiticeiros atendiam a todo tipo de pedidos, fossem para benefícios ou para malefícios, atribuindo ofícios aos seus beneficiários ou clientes. Faziam os mais variados feitiços, tais como: amorosos; para curar doenças e para fazer adoecer; para desfazer feitiços; arrumar maridos e amantes; para adivinhar perdas e roubos, supertições, gravidez não desejada, entre outros. |
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