O efeito da idade da floresta na disponibilidade de cavidades para aves não escavadoras nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, Amazônia Central
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | http://200.129.163.131:8080/handle/tede/5111 |
Resumo: | Atualmente muitas populações animais persistem em paisagens modificadas pela atividade humana, e sua persistência, em longo prazo, não pode ser assegurada por depender exclusivamente de áreas protegidas. Florestas secundárias, resultado da regeneração florestal em áreas abandonadas, estão se tornando abundantes em países tropicais. São estruturalmente diferentes das florestas primárias, porque são compostas de árvores jovens e geralmente não têm a complexidade do habitat encontrado em florestas primárias, influenciando a disponibilidade de recursos essenciais para muitas espécies. Cavidades de árvores é um recurso crítico para as espécies que as utilizam para a nidificação, no entanto, podem ser rara ou inexistente em florestas secundárias. O objetivo do presente estudo foi determinar a influência da idade da floresta e o histórico do uso da terra sobre a abundância de cavidades para as aves não escavadoras. Este estudo foi realizado nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, próximo de Manaus/Amazonas. Realizamos censo de cavidades e aves em 39 sítios. A densidade de cavidade foi medida ao longo de um transecto de 200 m em cada local, contando todas as cavidades 20 m de cada lado do transecto, cobrindo 0,8 ha. Capturamos as aves utilizando 16 redes de neblina, do qual, monitoramos das 06:00h da manhã até as 14:00h. Utilizamos seleção de modelos (GLMs) para determinar a relação entre a idade da floresta e o número de cavidade e o número de indivíduos de aves não escavadoras. Avaliamos as características das cavidades por meio de análise multivariada. Registramos 248 cavidades e 10 espécies de aves que utilizam cavidades. Observamos um aumento na disponibilidade de cavidades com a idade da floresta, mas a floresta secundária mais antiga (~ 30 anos) ainda não apresenta um número de cavidades semelhante às florestas primárias. As características das cavidades (altura, profundidade e diâmetro) foram menos variáveis em florestas secundárias do que em floresta primária. Nas florestas secundárias faltavam cavidades alta, profunda e com grandes entradas. O número de cavidades teve um efeito positivo sobre a abundância de aves não escavadora em florestas secundárias, mas não em florestas primárias. Histórico do uso da terra não teve efeito sobre a abundância de cavidades. Assim, demonstramos que a idade da floresta é um fator determinante para a presença de cavidades nestas áreas. Concluímos que as florestas secundárias compensam apenas parcialmente a perda de espécies. No entanto, mostramos que a abundância de cavidades é mais importante do que a idade da floresta na determinação da abundância de aves não escavadora. Assim, assegurando a presença de cavidades em florestas secundárias também deve ser possível assegurar uma comunidade mais diversificada de aves que utilizam ocos. |
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O efeito da idade da floresta na disponibilidade de cavidades para aves não escavadoras nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, Amazônia CentralIdade da florestaDisponibilidades de cavidadesAves não escavadorasCavidades em florestasCIÊNCIAS BIOLÓGICASAtualmente muitas populações animais persistem em paisagens modificadas pela atividade humana, e sua persistência, em longo prazo, não pode ser assegurada por depender exclusivamente de áreas protegidas. Florestas secundárias, resultado da regeneração florestal em áreas abandonadas, estão se tornando abundantes em países tropicais. São estruturalmente diferentes das florestas primárias, porque são compostas de árvores jovens e geralmente não têm a complexidade do habitat encontrado em florestas primárias, influenciando a disponibilidade de recursos essenciais para muitas espécies. Cavidades de árvores é um recurso crítico para as espécies que as utilizam para a nidificação, no entanto, podem ser rara ou inexistente em florestas secundárias. O objetivo do presente estudo foi determinar a influência da idade da floresta e o histórico do uso da terra sobre a abundância de cavidades para as aves não escavadoras. Este estudo foi realizado nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, próximo de Manaus/Amazonas. Realizamos censo de cavidades e aves em 39 sítios. A densidade de cavidade foi medida ao longo de um transecto de 200 m em cada local, contando todas as cavidades 20 m de cada lado do transecto, cobrindo 0,8 ha. Capturamos as aves utilizando 16 redes de neblina, do qual, monitoramos das 06:00h da manhã até as 14:00h. Utilizamos seleção de modelos (GLMs) para determinar a relação entre a idade da floresta e o número de cavidade e o número de indivíduos de aves não escavadoras. Avaliamos as características das cavidades por meio de análise multivariada. Registramos 248 cavidades e 10 espécies de aves que utilizam cavidades. Observamos um aumento na disponibilidade de cavidades com a idade da floresta, mas a floresta secundária mais antiga (~ 30 anos) ainda não apresenta um número de cavidades semelhante às florestas primárias. As características das cavidades (altura, profundidade e diâmetro) foram menos variáveis em florestas secundárias do que em floresta primária. Nas florestas secundárias faltavam cavidades alta, profunda e com grandes entradas. O número de cavidades teve um efeito positivo sobre a abundância de aves não escavadora em florestas secundárias, mas não em florestas primárias. Histórico do uso da terra não teve efeito sobre a abundância de cavidades. Assim, demonstramos que a idade da floresta é um fator determinante para a presença de cavidades nestas áreas. Concluímos que as florestas secundárias compensam apenas parcialmente a perda de espécies. No entanto, mostramos que a abundância de cavidades é mais importante do que a idade da floresta na determinação da abundância de aves não escavadora. Assim, assegurando a presença de cavidades em florestas secundárias também deve ser possível assegurar uma comunidade mais diversificada de aves que utilizam ocos.Currently many animal populations persist in landscapes modified by human activity, and their persistence, in the long term, cannot be ensured by relying solely on protected areas. Secondary forests, a result of forest regeneration on abandoned areas, are becoming abundant in tropical countries. They are structurally different from primary forests because they are composed of young trees and generally lack the habitat complexity found in primary forests, influencing the availability of essential resources for many species. Tree cavities are a critical resource for species that use them for nesting; however, they may be rare or absent in secondary forests. The objective of the present study was to determine the influence of forest age and land use history on the abundance of cavities for non-excavator birds. This study was conducted in tropical lowland-forest reserves at the Biological Dynamics of Forest Fragment Project (BDFFP) site, near Manaus (AM). We censused cavities and birds at 39 sites. Cavity density was measured along a 200 m transect at each site, by counting all cavities 20 m on each side of the transect, covering 0,8 ha. We captured birds using 16 mist nets, which we monitored from 06:00h to 14:00h. We used model selection (GLMs) to determine the relationship between the age of forest and the number of cavities and non-excavator birds. We evaluated cavity characteristics using multivariate analysis. We recorded 248 cavities and 10 species of birds using cavities. We observed an increase in the availability of cavities with the age of the forest, but the oldest secondary forest (~ 30 years) did not yet have a number of cavities similar to undisturbed forests. The characteristics of the cavities (height, depth and diameter) were less variable in secondary forests than in primary forest. Secondary forest lacked cavities that were high, deep, and had large entrances. The number of cavities had a positive effect on the abundance of non-excavator birds in secondary forests, but not in primary forests. History of land use had no effect on abundance of cavities. Thus we demonstrate that forest age is a determining factor for the presence of cavities in these areas. We conclude that secondary forests only partially offset species loss. However, we show that the abundance of cavities is more important than the age of the forest in determining the abundance of non-excavator birds. Thus, by ensuring the presence of cavities in secondary forests it should also be possible to ensure a more diverse community of cavity-nesting birds.FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do AmazonasUniversidade Federal do AmazonasInstituto de Ciências BiológicasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em Diversidade BiológicaCornelius, Cíntiahttp://lattes.cnpq.br/2084666261479342Oliveira, Carine Dantashttp://lattes.cnpq.br/58590889842174642016-07-27T13:41:39Z2015-06-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Carine Dantas. O efeito da idade da floresta na disponibilidade de cavidades para aves não escavadoras nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, Amazônia Central. 2015. 40 f. Dissertação (Mestrado em Diversidade Biológica) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015.http://200.129.163.131:8080/handle/tede/5111porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2016-07-28T12:11:00Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/5111Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922016-07-28T12:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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Atualmente muitas populações animais persistem em paisagens modificadas pela atividade humana, e sua persistência, em longo prazo, não pode ser assegurada por depender exclusivamente de áreas protegidas. Florestas secundárias, resultado da regeneração florestal em áreas abandonadas, estão se tornando abundantes em países tropicais. São estruturalmente diferentes das florestas primárias, porque são compostas de árvores jovens e geralmente não têm a complexidade do habitat encontrado em florestas primárias, influenciando a disponibilidade de recursos essenciais para muitas espécies. Cavidades de árvores é um recurso crítico para as espécies que as utilizam para a nidificação, no entanto, podem ser rara ou inexistente em florestas secundárias. O objetivo do presente estudo foi determinar a influência da idade da floresta e o histórico do uso da terra sobre a abundância de cavidades para as aves não escavadoras. Este estudo foi realizado nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, próximo de Manaus/Amazonas. Realizamos censo de cavidades e aves em 39 sítios. A densidade de cavidade foi medida ao longo de um transecto de 200 m em cada local, contando todas as cavidades 20 m de cada lado do transecto, cobrindo 0,8 ha. Capturamos as aves utilizando 16 redes de neblina, do qual, monitoramos das 06:00h da manhã até as 14:00h. Utilizamos seleção de modelos (GLMs) para determinar a relação entre a idade da floresta e o número de cavidade e o número de indivíduos de aves não escavadoras. Avaliamos as características das cavidades por meio de análise multivariada. Registramos 248 cavidades e 10 espécies de aves que utilizam cavidades. Observamos um aumento na disponibilidade de cavidades com a idade da floresta, mas a floresta secundária mais antiga (~ 30 anos) ainda não apresenta um número de cavidades semelhante às florestas primárias. As características das cavidades (altura, profundidade e diâmetro) foram menos variáveis em florestas secundárias do que em floresta primária. Nas florestas secundárias faltavam cavidades alta, profunda e com grandes entradas. O número de cavidades teve um efeito positivo sobre a abundância de aves não escavadora em florestas secundárias, mas não em florestas primárias. Histórico do uso da terra não teve efeito sobre a abundância de cavidades. Assim, demonstramos que a idade da floresta é um fator determinante para a presença de cavidades nestas áreas. Concluímos que as florestas secundárias compensam apenas parcialmente a perda de espécies. No entanto, mostramos que a abundância de cavidades é mais importante do que a idade da floresta na determinação da abundância de aves não escavadora. Assim, assegurando a presença de cavidades em florestas secundárias também deve ser possível assegurar uma comunidade mais diversificada de aves que utilizam ocos. |
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