Políticas públicas de inclusão laboral: os trabalhadores com deficiência visual no Polo Industrial de Manaus-AM

• Autor(a) principal: Batista, Claudenilson Pereira
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3844491453380646, https://orcid.org/0000-0002-6015-4816
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7937
• topic: Política pública; Educação inclusiva; Pessoas com deficiência visual - Emprego; Polo Industrial de Manaus; Inclusão de pessoas com deficiência visual; CIÊNCIAS HUMANAS: EDUCAÇÃO; Políticas públicas; Educação inclusiva; Inclusão laboral; Trabalhadores com deficiência visual

Essa prospecção acadêmico-científica teve como foco a atuação de trabalhadores com deficiência visual no setor eletroeletrônico do Polo Industrial de Manaus. Para descortinar essa realidade, este trabalho, no contexto da linha de pesquisa 2: Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas (PPGE/FACED/UFAM), teve como objetivo geral analisar o processo de inserção dos trabalhadores com deficiência visual em empresas do setor eletroeletrônico do Polo Industrial de Manaus - PIM, ao lume da legislação de amparo e incentivo ao emprego formal, na contextura da inclusão, tendo a educação como suporte. Em cumprimento a este, privilegiamos os seguintes objetivos específicos: Investigar o surgimento e o desenvolvimento da Zona Franca de Manaus, e o seu Polo Industrial; Verificar a contribuição das Políticas Públicas Educacionais inclusivas, para o acesso de pessoas com deficiência visual às indústrias do setor eletroeletrônico do Polo Industrial de Manaus; Averiguar os processos de seleção, recrutamento e encaminhamento de trabalhadores com deficiência visual ao Polo Industrial de Manaus, analisando a realidade empregatícia, de acordo com os próprios sujeitos, nas indústrias do setor eletroeletrônico. A pesquisa, que em sua integralidade teve como fundamento teórico o pensamento de Marx (1974-1988-1996) e Engels (1983-1984), apresenta-se com abordagem qualitativa, na perspectiva dialética. O estudo se desenvolveu por meio de uma pesquisa bibliográfica, visando a apropriação do conhecimento acerca da Zona Franca de Manaus e os primeiros contatos das pessoas com deficiência visual com o polo fabril. Prestaram colaboração com seus estudos: Salazar (1992), Botelho (2006), Loureiro (2009), Bueno (2012), Mendonça (2013); um estudo documental, fazendo leitura de documentos oficiais que ora balizam nossa educação: Brasil (1988; 1989; 1991; 1999). Os principais autores de apoio foram: Harvey (1992), Saviani (1997), Behring (2011), Pacheco (2013), Vygotsky (2004); pesquisa de campo, que elucidam o acesso e atuação dos trabalhadores com deficiência visual ao Polo Industrial de Manaus, validada cientificamente por autores como: Borges (1992), Oliveira (2000-2013), Batista (2015), Brito (2016). Para coleta de dados, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas, buscando evidenciar as contradições no cenário em estudo, com autores colaboradores como: Oliveira (2013), Pastore (2000), Costa (2001), Saviani (2007). A Zona Franca de Manaus, ao completar 50 anos de criação em 2017, julgamos oportuno uma pesquisa que evidenciasse a relação de seu Polo fabril, com os trabalhadores com deficiência visual, considerando os novos tempos, em que muito se propaga a equiparação de oportunidades. A tese que o setor eletroeletrônico do Polo Industrial de Manaus, ao lume da legislação de amparo e incentivo ao emprego formal das pessoas com deficiência, não está contribuindo para o processo de inclusão dos trabalhadores com deficiência visual, foi confirmada. A investigação evidenciou que os referidos sujeitos ainda se encontram no estágio da integração, ou seja, os trabalhadores é que precisam se adaptar aos postos de trabalho, ao invés das empresas se mobilizarem, no sentido de responder de forma adequada às suas necessidades, estando, portanto, em desacordo com o conceito de inclusão.