Satisfação profissional e sintomas depressivos em profissionais da saúde de um Hospital Universitário de Manaus: estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliva, Carmen Conceição Carrilho
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1252795303943533
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6610
Resumo: Introdução: As condições de trabalho se relacionam com a saúde do profissional e com a segurança da assistência prestada ao paciente. Uma forma de mensurar tais efeitos é por meio da avaliação da satisfação no trabalho e da presença de sintomas depressivos nos profissionais da saúde. Objetivo: Avaliar a satisfação no trabalho e sintomas depressivos entre os profissionais de um hospital universitário. Método: Realizou-se um estudo transversal com amostragem aleatória simples no período de julho a novembro de 2016 e cálculo do tamanho da amostra em 300 funcionários. Os dados foram coletados em questionários eletrônicos com os instrumentos: Job Satisfaction Survey (JSS) e Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) assim como questões sociodemográficas. Os dados foram analisados por meio do software Stata 14.2 para identificar os fatores associados aos desfechos. Resultados: Dos 323 funcionários convidados, 23 recusaram participar (taxa de resposta: 93%); 67% dos respondentes eram mulheres, 48% tinha idade de 36 a 50 anos, 41% da área de enfermagem e 84% possuía contato direto com os pacientes. A maioria dos profissionais está insatisfeita com a promoção, benefícios, condição e remuneração. Profissionais da enfermagem (β=13,2; p=0,003) e do apoio técnico (β=15,9; p=0,001) apresentaram maior satisfação do que os médicos. A classe social B2 (β=12,6; p=0,001) e C/D/E (β=13,2; p=0,003) apresentaram maior satisfação no trabalho quando comparados à classe A. A prevalência de sintomas depressivos entre os profissionais foi 19% (intervalo de confiança [IC] de 95%: 15-23%). Profissionais graduados apresentaram maior prevalência de sintomas depressivos (razão de prevalência [RP]=2,19; IC 95%: 1,33-3,59) em comparação a pós-graduados e aqueles que possuem dois vínculos empregatícios apresentaram menos sintomas depressivos quando comparados a profissionais que possuem apenas um vínculo (RP= 0,39; IC 95%=0,19-0,79). Profissionais que possuem carga horária superior a 60 horas semanais apresentaram menor prevalência de sintomas depressivos (RP= 0,40; IC 95%: 0,16-0,97). Conclusão: O escore total da satisfação no trabalho indicou que os profissionais não estão satisfeitos e nem insatisfeitos com o trabalho. Aproximadamente 2 em cada 10 funcionários apresentaram sintomas depressivos, sendo mais frequentes nos profissionais graduados, e com apenas um vínculo empregatício.
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Os dados foram coletados em questionários eletrônicos com os instrumentos: Job Satisfaction Survey (JSS) e Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) assim como questões sociodemográficas. Os dados foram analisados por meio do software Stata 14.2 para identificar os fatores associados aos desfechos. Resultados: Dos 323 funcionários convidados, 23 recusaram participar (taxa de resposta: 93%); 67% dos respondentes eram mulheres, 48% tinha idade de 36 a 50 anos, 41% da área de enfermagem e 84% possuía contato direto com os pacientes. A maioria dos profissionais está insatisfeita com a promoção, benefícios, condição e remuneração. Profissionais da enfermagem (β=13,2; p=0,003) e do apoio técnico (β=15,9; p=0,001) apresentaram maior satisfação do que os médicos. A classe social B2 (β=12,6; p=0,001) e C/D/E (β=13,2; p=0,003) apresentaram maior satisfação no trabalho quando comparados à classe A. A prevalência de sintomas depressivos entre os profissionais foi 19% (intervalo de confiança [IC] de 95%: 15-23%). Profissionais graduados apresentaram maior prevalência de sintomas depressivos (razão de prevalência [RP]=2,19; IC 95%: 1,33-3,59) em comparação a pós-graduados e aqueles que possuem dois vínculos empregatícios apresentaram menos sintomas depressivos quando comparados a profissionais que possuem apenas um vínculo (RP= 0,39; IC 95%=0,19-0,79). Profissionais que possuem carga horária superior a 60 horas semanais apresentaram menor prevalência de sintomas depressivos (RP= 0,40; IC 95%: 0,16-0,97). Conclusão: O escore total da satisfação no trabalho indicou que os profissionais não estão satisfeitos e nem insatisfeitos com o trabalho. Aproximadamente 2 em cada 10 funcionários apresentaram sintomas depressivos, sendo mais frequentes nos profissionais graduados, e com apenas um vínculo empregatício.Introduction: The conditions of work relate to the health of the professional and the safety assistance provided to the patient. A form to measure such effects is by means of the evaluation of job satisfaction and the presence of depressive symptoms in the health professional. Objective: To assess job satisfaction and depressive symptoms among university hospital’s professionals. Method: This is a cross-sectional study with random sampling and calculation of the sample size in 300 employees. The data were collected with eletronic questionnaires containing two instruments: Job Satisfaction Survey (JSS), Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) and sociodemographic questions. Data were analyzed using the Stata 14.2 to indentify factors associated with the outcome. Results: Of the 323 guest employees, 23 refused to participate (response rate: 93%); 67% of the respondents were women, 48% were the ages of 36 to 50 years old, 41% in the area of nursing and 84% had direct contact with the patients. The majority of professionals are dissatisfied with the domains related to promotion, benefits, condition and pay. Nursing professionals (β = 13.2, p = 0.003) and technical support (β = 15.9, p = 0.001) presented higher satisfaction than physicians. Social class B2 (β = 12.6, p = 0.001) and C / D / E (β = 13.2, p = 0.003) presented higher job satisfaction in comparison to class A. The prevalence of depressive symptoms was 19% (95% confidence interval [CI]: 15-23%). Graduate professionals presented a higher prevalence of depressive symptoms (ratio prevalence PR = 2.19, 95% CI = 1.33-3.59) compared to postgraduates, and those with two employment ties had a lower prevalence of depression in comparison to professionals which have only one employment tie (RP = 0.39, 95% CI = 0.19-0.79). Professionals with a workday exceeding 60 hours weekly presented lower prevalence of depressive symptoms (RP= 0,40; IC 95%=0,16-0,97). Conclusion: The overall satisfaction indicated that the professionals were neither satisfied nor dissatisfed with their jobs. Approximately 2 in 10 employees presented depressive symptoms, being more frequent in graduate profesisonals and only one employment tie.Universidade Federal do AmazonasFaculdade de Ciências FarmacêuticasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em Ciências FarmacêuticasGalvão, Taís Freirehttp://lattes.cnpq.br/1018878326925132Silva, Leila Cristina Ferreira daMoraes, Ana Flávia de MoraesOliva, Carmen Conceição Carrilhohttp://lattes.cnpq.br/12527953039435332018-09-17T17:37:13Z2018-06-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVA, Carmen Conceição Carrilho. Satisfação profissional e sintomas depressivos em profissionais da saúde de um Hospital Universitário de Manaus: estudo transversal. 2018. 79 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2018.https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6610porhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2018-09-18T05:03:29Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/6610Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922018-09-18T05:03:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false
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