Produção e caracterização de compósitos cimentícios reforçados com fibras de bambu (Bambusa vulgaris)

• Autor(a) principal: Lima, Leonardo Medeiros
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2611872198888876
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7603
• topic: Materiais compostos; Fibras vegetais; Cimento; Bambu; ENGENHARIAS: ENGENHARIA CIVIL; Compósitos; Fibras de bambu; Bambusa vulgaris; construção civil

A construção civil necessita constantemente de inovações tecnológicas, com a finalidade de diminuir os impactos ambientais e aprimorar a eficiência energética dos processos construtivos, sempre visando a economia e, mais recentemente, a sustentabilidade. Nesse contexto, inserem-se as fibras de bambu na produção de compósitos, haja vista que detêm bons resultados nas propriedades mecânicas como a resistência à tração, chegando a ser comparadas ao aço, porém, mais leves, entre outras vantagens como rápido cultivo e grande disponibilidade, fatores importantes para o desenvolvimento sustentável. O objetivo do presente estudo é desenvolver e caracterizar compósitos cimentícios reforçados com fibras de bambu da espécie Bambusa vulgaris, facilmente encontrada nas regiões Norte e Nordeste do país. Com a finalidade de evitar a degradação das fibras no interior da argamassa, foram realizados tratamentos tanto na matriz, com a substituição de 50 % do cimento em massa pela pozolana metacaulim, que reduz a formação de Ca(OH)2, substância prejudicial às fibras; como o processo químico de mercerização nas próprias fibras, que se mostrou eficiente na concentração de 10 % de NaOH. A Bambusa vulgaris apresentou massa específica de 1,4 g/cm³ e resistência à tração de 388 MPa, ótimas propriedades buscadas para reforço. Foram produzidas placas cimentícias com fibras longas e com fibras curtas de bambu, nos teores de 2, 4 e 6 % de fibra-cimento. Os compósitos com fibras curtas foram as que melhor aprimoraram suas características mecânicas com aumento de 42% na resistência à flexão com 2% de reforço, enquanto o reforço de 6% proporcionou uma majoração de 344% na tenacidade. As placas com fibras longas obtiveram as menores densidades, com redução de até 12%.