A epistemologia unitária da linguagem nas sociedades matrízticas amazônicas: Constant Tastevin e os Katukina-Kanamari

• Autor(a) principal: Jatobá, Francisca Jane Vieira
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5267840456746149
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7218
• topic: Sociedades Matrízticas - Amazônia; Índios Katukina; Índios Kanamari; Tastevin, Constant; Complexidade (Filosofia); CIÊNCIAS HUMANAS

A teoria da complexidade e os sistemas permitem verificar a dinâmica textual/discursiva dos documentos escritos por Constant Tastevin sobre as etnias indígenas amazônicas Katukina e Kanamari durante a missão religiosa da Congregação do Espírito Santo no início do século XX, elaborada em interdisciplinaridade e/ou transdisciplinaridade. O diálogo permanente entre a antropologia, a etnologia, a linguística e outras disciplinas constrói os pensamentos diferentes constituídos pelos sistemas filogenéticos e ontogenéticos, elaborando ontologia em mitologia dos povos matrízticos. As dependências de outro meio social e cultural não só tornam o sistema simbólico identificável pela realidade composta nos elementos físico-químicos em complexas relações viventes não redutíveis ao processo analítico elementar, mas também, porque elaborados pelas partículas elementares universais da física quântica, constroem, através da linguagem mitológica dos nativos amazônicos em contato com pensamentos e a linguagem dominadora dos colonizadores europeus, os sujeitos discursivos encontrados nos textos de Constant Tastevin. Em constituição evolutiva, a complexidade existe a partir de geradores em outras escalas de tempo, não havendo campo fechado, isolado e imutável. O método hermenêutico/histórico/científico explora em vários ângulos os dados empíricos existentes nos textos encadeados pelo processo neuronal da linguagem dos povos Katukina e Kanamari e sua ontologia mitológica entremeados aos sujeitos discursivos de Tastevin. O resultado surge no formato dimensionado no cubo matemático, apresentando não um, mas inúmeros sistemas atados em nós em três perspectivas: através da epistemologia unitária encontrada na linguagem das etnias indígenas, os Katukina e os Kanamari, representando as sociedades matrízticas; através da linguagem dos povos civilizados nos textos de Constant Tastevin; e também da linguagem subjetivada da Tese. A constituição da epistemologia unitária da linguagem nas sociedades matrízticas amazônicas está sistematizada em complexa produção textual surgida dos sujeitos discursivos de Constant Tastevin atando os nós da antropologia, etnologia, linguística, cartografia, filosofia (mitologia), religião (xamanismo e pajelança) em racionalidade contemporânea.