A representação do rio ‘das’ amazonas na cartografia quinhentista: entre a tradição e a experiência.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rabelo, Lucas Montalvão
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3743105403365974
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
Texto Completo: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4500
Resumo: Este trabalho versa sobre a representação do Rio Amazonas ao longo do século XVI. Buscou-se realizar um panorama dos mapas-múndi e regionais em que o rio-mar aparecia figurado. Assim, os exemplares manuscritos e impressos por cartógrafos como Juan de La Cosa, Martin Waldseemuller, Lopo Homem, Diogo Ribeiro, Sebastião Caboto, Gerardus Mercator, Abraão Ortelius, Luís Teixeira, entre outros foram estudados. A linha de pesquisa baseou-se na Nova História Cultural e as suas problemáticas inerentes. Os mapas foram compreendidos dentro de uma representação que refletia o imaginário daquela época. Ou seja, o conjunto imagético que compunha o repertório cognitivo daqueles indivíduos e de sua sociedade da qual os mapas são testemunhas. Este conceito alia-se à metodologia empreendida por Brian Harley. Estudioso dos mapas, este propôs uma forma de abordar os mapas não como espelhos da natureza, mas como discursos humanos carregados de sentidos intrínsecos. Assim, o objetivo, ao se estudar a representação cartográfica do Rio Amazonas, foi perceber de que maneira uma tradição cartográfica provinda do Medievo e da Antiguidade Clássica influenciaram os mapas do século XVI. Em paralelo, procurou-se verificar também a influência da experiência náutica e o conhecimento dos espaços do Novo Mundo, e, em especial, da região amazônica. Estes dois grandes aspectos são abordados nos dois primeiros capítulos desta dissertação. No terceiro realiza-se um balanço destas influências aliando-se a questão particular dos cartógrafos quinhentistas. Como o seu contexto gerava questões particulares e como teriam influído no produto final. Desta forma, representar o Rio das Amazonas, como ficou conhecido no século XVI, seria estar diante de dados novos de uma parte do mundo recém conhecida e, como as novidades não davam conta de tudo, os espaços contavam com dados provindos de uma retórica cartográfica baseada em um simbolismo próprio. Além disso, havia as questões inerentes ao próprio interesse do autor, as chamadas intencionalidades do indivíduo. Desta forma, este estudo visa ser uma pequena contribuição aos novos rumos das pesquisas históricas envolvendo os mapas.
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Este conceito alia-se à metodologia empreendida por Brian Harley. Estudioso dos mapas, este propôs uma forma de abordar os mapas não como espelhos da natureza, mas como discursos humanos carregados de sentidos intrínsecos. Assim, o objetivo, ao se estudar a representação cartográfica do Rio Amazonas, foi perceber de que maneira uma tradição cartográfica provinda do Medievo e da Antiguidade Clássica influenciaram os mapas do século XVI. Em paralelo, procurou-se verificar também a influência da experiência náutica e o conhecimento dos espaços do Novo Mundo, e, em especial, da região amazônica. Estes dois grandes aspectos são abordados nos dois primeiros capítulos desta dissertação. No terceiro realiza-se um balanço destas influências aliando-se a questão particular dos cartógrafos quinhentistas. Como o seu contexto gerava questões particulares e como teriam influído no produto final. Desta forma, representar o Rio das Amazonas, como ficou conhecido no século XVI, seria estar diante de dados novos de uma parte do mundo recém conhecida e, como as novidades não davam conta de tudo, os espaços contavam com dados provindos de uma retórica cartográfica baseada em um simbolismo próprio. Além disso, havia as questões inerentes ao próprio interesse do autor, as chamadas intencionalidades do indivíduo. Desta forma, este estudo visa ser uma pequena contribuição aos novos rumos das pesquisas históricas envolvendo os mapas.This work focuses on the representation of the Amazon River during the sixteenth century. We tried to make an overview of the regional and world maps in the river tide appeared figured. Thus, manuscripts and copies printed by cartographers as Juan de La Cosa, Martin Waldseemuller, Lopo Homem, Diogo Ribeiro, Sebastian Cabot, Gerardus Mercator, Abraham Ortelius, Luis Teixeira and others were studied. The line of research was based on the New Cultural History and its inherent problems. The maps were included in a representation reflecting the imagery of that time. That is, the imagery together composing the cognitive repertoire of those individuals and their society from which the maps are witnesses. This concept combines the methodology undertaken by Brian Harley. Scholar of the maps, the author proposed a way to address the maps do not like nature of mirrors, but as human speeches laden with intrinsic senses. Thus, to study the cartographic representation of the Amazon River, the goal was to see how a cartographic tradition stemmed from the Middle Ages, on the one hand, and of antiquity, on the other influence. In parallel, also sought to determine the influence of boating experience and knowledge of the New World areas, and in particular the Amazon region. These two major aspects were seen in the first two chapters of this thesis. In the third there was a balance of these influences allying the particular issue of sixteenth-century cartographers. As its context generated particular issues and how could be a factor in the final work. In this way, represent the Rio 'the' Amazon, as it became known, would be faced with new data from a part of the newly known world and completing the blanks with data coming from a cartographic rhetoric. In addition, there were the issues inherent in the author's interest, the intentions of the individual calls. Thus, this study aims to be a small contribution to new directions of research involving maps.FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do AmazonasUniversidade Federal do AmazonasInstituto de Ciências Humanas e LetrasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em HistóriaCarvalho Júnior, Almir Diniz dehttp://lattes.cnpq.br/4248019005880193Carvalho Júnior, Almir Diniz deKantor, ÍrisUgarte, Auxiliomar SilvaRabelo, Lucas Montalvãohttp://lattes.cnpq.br/37431054033659742015-07-23T18:10:34Z2015-04-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfRABELO, Lucas Montalvão. A representação do rio ‘das’ amazonas na cartografia quinhentista: entre a tradição e a experiência. 2015. 232 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4500porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2016-05-03T22:09:58Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/4500Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922016-05-03T22:09:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false
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