Avaliação do potencial citotóxico da biflorina em células de melanoma humano com diferentes padrões genéticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ralph, Ana Carolina Lima
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6850600433481873
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
Texto Completo: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4767
Resumo: O câncer é um problema de saúde pública e a segunda causa de morte no mundo. Dentre os variados tipos de neoplasias, o melanoma cutâneo destaca-se por sua crescente incidência, alta agressividade e baixa sobrevida. Como alternativa terapêutica tem se investigado as vias de sinalização e mecanismos moleculares de genes e proteínas alvo-específicas do melanoma. Levando-se em consideração a atividade antitumoral da biflorina, substância isolada das raízes da Capraria biflora, que já possui comprovada atividade citotóxica in vitro em diversas linhagens tumorais e in vivoem modelo de carcinoma de Erlich e sarcoma 180. O presente trabalho objetivou mostrar a atividade da biflorinafrente três diferentes linhagens de melanoma humano - SK-Mel 19, 28 e 103. O modelo de estudo com as três linhagens celulares proporcionou a comparação do efeito da biflorina em diferentes mutações comuns em melanomas humanos quanto à sua capacidade citotóxica, mecanismo de morte celular, capacidade genotóxica e alteração na expressão dos genes BRAF, MELK, TYMS, RAD, MGMT,DNMT1, DNMT3B, MBD1, MBD2, MBD3, MBD4, MeCP2. A biflorina, assim como os agentes quimioterápicos doxorrubicina e dacarbazina (controles positivos), inibiu a proliferação celular das três linhagens de melanoma humano estudados, sendo mais citotóxica contra SK-Mel 103, seguida pela SK-Mel 19, e menos citotóxica à SK-Mel 28.A média da CI50 da biflorina em todos os tempos e linhagens testados foi de 3,23 ± 0,83μM, variando de 1,54 μMa 9,2 μM pelo método alamar blue. Avaliando a citotoxicidade pelo teste de exclusão por azul de tripan, a biflorina causou diminuição de células viáveis com consequente aumento de células não-viáveis de forma concentração e tempo dependentes. Através da coloração cristal violeta das células tratadas com biflorina, observaram-se alterações morfológicas de citólise com aumento de restos celulares dispersos, vacuolização do citoplasma, desarranjo da cromatina com áreas claras ou espaço nuclear vazio. Adicionalmente, na coloração diferencial LA/BE, foi observado um aumento no número de células apoptóticas de forma concentração dependente, entretanto, o número de células em necrose não variou. No teste do cometa evidenciou-se a produção de quebras de fita simples e dupla de DNA pela biflorina nas concentrações de 2,5 e 5,0 μM. Já no teste do cometa modificado observou-se inibição da metilação em todas as concentrações testadas nas SK-Mel 19 e 28, o mesmo não ocorreu na SK-Mel 103. A biflorina também se mostrou capaz de diminuir a expressão de genes da metilação DNMT1, DNMT3A, MBD1, MBD2, MBD3, MBD4, MeCP2, de progressão do ciclo celular MELK, replicação do DNA TYMS e reparo do DNA RAD e MGMT. Os resultados aqui apresentados apontam a biflorina como um importante agente citotóxico em linhagem de melanoma humano.
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O modelo de estudo com as três linhagens celulares proporcionou a comparação do efeito da biflorina em diferentes mutações comuns em melanomas humanos quanto à sua capacidade citotóxica, mecanismo de morte celular, capacidade genotóxica e alteração na expressão dos genes BRAF, MELK, TYMS, RAD, MGMT,DNMT1, DNMT3B, MBD1, MBD2, MBD3, MBD4, MeCP2. A biflorina, assim como os agentes quimioterápicos doxorrubicina e dacarbazina (controles positivos), inibiu a proliferação celular das três linhagens de melanoma humano estudados, sendo mais citotóxica contra SK-Mel 103, seguida pela SK-Mel 19, e menos citotóxica à SK-Mel 28.A média da CI50 da biflorina em todos os tempos e linhagens testados foi de 3,23 ± 0,83μM, variando de 1,54 μMa 9,2 μM pelo método alamar blue. Avaliando a citotoxicidade pelo teste de exclusão por azul de tripan, a biflorina causou diminuição de células viáveis com consequente aumento de células não-viáveis de forma concentração e tempo dependentes. Através da coloração cristal violeta das células tratadas com biflorina, observaram-se alterações morfológicas de citólise com aumento de restos celulares dispersos, vacuolização do citoplasma, desarranjo da cromatina com áreas claras ou espaço nuclear vazio. Adicionalmente, na coloração diferencial LA/BE, foi observado um aumento no número de células apoptóticas de forma concentração dependente, entretanto, o número de células em necrose não variou. No teste do cometa evidenciou-se a produção de quebras de fita simples e dupla de DNA pela biflorina nas concentrações de 2,5 e 5,0 μM. Já no teste do cometa modificado observou-se inibição da metilação em todas as concentrações testadas nas SK-Mel 19 e 28, o mesmo não ocorreu na SK-Mel 103. A biflorina também se mostrou capaz de diminuir a expressão de genes da metilação DNMT1, DNMT3A, MBD1, MBD2, MBD3, MBD4, MeCP2, de progressão do ciclo celular MELK, replicação do DNA TYMS e reparo do DNA RAD e MGMT. Os resultados aqui apresentados apontam a biflorina como um importante agente citotóxico em linhagem de melanoma humano.Cancer is a public health problem and thesecond cause of death worldwide. Among many types of cancer, cutaneous melanoma has a notable increasing incidence, high aggressiveness and poor survival. Alternative therapy has been investigated like signaling pathways and molecular mechanisms of target specific genes and proteins of melanoma. Taking into account the antitumor activity of biflorin, substance isolated from Capraria bifloraroots, which is cytotoxic in vitro in many tumor cell lines and antitumor activity in vivolike Erlich and Sarcoma 180. This study aimed to show the activity of biflorin in three different strains of human melanoma - SK -Mel 19, 28 and 103. The study model with three cell lines provided a comparison of the effect of biflorin in different common mutations of human melanomas cell lines.Were evaluated the cytotoxic capacity, cell death mechanism, genotoxic capacity and changes in the expression of BRAF, MELK, TYMS, RAD, MGMT, DNMT1, DNMT3B, MBD1, MBD2, MBD3, MBD4, MeCP2. The biflorin, as well as the agents doxorubicin and dacarbazine (positive control), inhibited proliferation of the three human melanoma cell lines studied and was more cytotoxic against SK-Mel 103, followed by SK-Mel 19 and SK-Mel 28.The IC50mean of biflorin at all times and tested strains were 3.23 ± 0.83 μM, ranging from 1.54 to 9.2 μM. Through crystal violet staining of cells treated with biflorin revealed morphological changes like cytolysis with increased of scattered cellular debris, cytoplasm vacuolization, disruption of chromatin with empty nuclear space. Additionally, in the differential staining LA /BE , we observed an increase in the number of apoptotic cells as there was an increase in the concentration of biflorin, however, the number of necrotic cells did not change. Comet assay revealed a production of single and double strand breaks after treatment with biflorin at concentrations of 2.5 and 5.0 μM. At modified comet assay was observed inhibition of methylationat all concentrations tested at SK-Mel 19 and 28. Biflorin also have shown to decrease the expression of methylation genes DNMT1, MBD1, MBD2, MBD3, MBD4 andMeCP2,genes of cell cycle progressionMELK, gene of DNA replication TYMS,and DNA repair genesRAD and MGMT. The results presented here may indicate the biflorin as animportant cytotoxic agent.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoUniversidade Federal do AmazonasFaculdade de Ciências FarmacêuticasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em Ciências FarmacêuticasVasconcellos, Marne Carvalho dehttp://lattes.cnpq.br/8156683301306596Freitas, Vanessa Moraishttp://lattes.cnpq.br/5687541848261232Lalwani, Pritesh Jaychandhttp://lattes.cnpq.br/7235381015289844Ralph, Ana Carolina Limahttp://lattes.cnpq.br/68506004334818732016-01-19T19:21:15Z2014-03-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfRALPH, Ana Carolina Lima. Avaliação do potencial citotóxico da biflorina em células de melanoma humano com diferentes padrões genéticos. 2014. 140 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2014.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4767porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2016-05-04T12:33:10Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/4767Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922016-05-04T12:33:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false
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