A lateritização no Sudeste do Amazonas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4662 |
Resumo: | Este trabalho discute as características texturais, mineralógicas, geoquímicas e a situação topográfica das bauxitas, das crostas ferruginosas, das crostas ferro-alumino-silicosas e dos solos na região do Apuí, entre os rios Aripuanã e Sucunduri, sudeste do Amazonas. Nos vales, nas encostas íngremes e nas colinas com altitude entre 20 e 140 m predominam rochas sedimentares e vulcânicas, e nos platôs e colinas com altitude entre 200 a 320 m e 140 a 200 ocorrem às bauxitas, as crostas ferruginosas e as ferro-alumino-silicosas respectivamente. As bauxitas são maciças e pisolíticas, as crostas ferruginosas são maciças, vermiformes, pisolíticas e brechóides, e as ferro-alumino-silicosas são em sua maioria brechóides e vermiformes, com fácies pisolítica subordinada. A bauxita maciça foi formada a partir de rochas vulcânicas do Grupo Colíder, enquanto as bauxitas pisolíticas, as crostas ferruginosas e ferro-alumino-silicosas a partir dos siltitos e arenitos do Grupo Alto Tapajós. Tal descriminação de origem foi o produto da integração de dados de campo e geoquímica (razões Eu/Eu*, Ce/Ce* e [TiO2(%)/Nb (ppm)]*1000 vs ETRL). Foram reconhecidos três grupos de associações geoquímicas: 1. dividido no subgrupo que congrega os arenitos e o subgrupo das rochas vulcânicas e siltitos, ambos marcados pela associação entre Ba e Rb que reflete o maior conteúdo de feldspatos, micas, caulinita e illita; 2. agrupa as bauxitas e os solos caracterizados pela associação entre Al2O3, PF, TiO2, Th, Ga, Ta, Hf, Zr, Nb, U, Y, Sr e ETR relacionados ao maior conteúdo de gibbsita, anatásio e zircão; 3. reúne a bauxita pisolítica, crostas ferruginosas e ferro-alumino-silicosas. Neste terceiro grupo, o Fe2O3 está associado ao V, Pb, Cu, Ag, Sc e As principalmente pela abundância em hematita+goethita. A preservação dessas crostas no relevo altamente dissecado e a pouca espessura do solo no sudeste do Amazonas está, provavelmente ligada à proximidade dos grandes rios da região como o Aripuanã e Sucunduri afluentes do rio Madeira que devem ter facilitado a erosão, bem como a neotectônica que proporcionou a formação de perfis truncados e linhas de pedra. |
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A lateritização no Sudeste do AmazonasLaterização - Sudeste do Amazonas (Estado)IntemperismoAssociações geoquímicasBauxita - AmazonasGeochemical associationsCIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA: GEOCIÊNCIASEste trabalho discute as características texturais, mineralógicas, geoquímicas e a situação topográfica das bauxitas, das crostas ferruginosas, das crostas ferro-alumino-silicosas e dos solos na região do Apuí, entre os rios Aripuanã e Sucunduri, sudeste do Amazonas. Nos vales, nas encostas íngremes e nas colinas com altitude entre 20 e 140 m predominam rochas sedimentares e vulcânicas, e nos platôs e colinas com altitude entre 200 a 320 m e 140 a 200 ocorrem às bauxitas, as crostas ferruginosas e as ferro-alumino-silicosas respectivamente. As bauxitas são maciças e pisolíticas, as crostas ferruginosas são maciças, vermiformes, pisolíticas e brechóides, e as ferro-alumino-silicosas são em sua maioria brechóides e vermiformes, com fácies pisolítica subordinada. A bauxita maciça foi formada a partir de rochas vulcânicas do Grupo Colíder, enquanto as bauxitas pisolíticas, as crostas ferruginosas e ferro-alumino-silicosas a partir dos siltitos e arenitos do Grupo Alto Tapajós. Tal descriminação de origem foi o produto da integração de dados de campo e geoquímica (razões Eu/Eu*, Ce/Ce* e [TiO2(%)/Nb (ppm)]*1000 vs ETRL). Foram reconhecidos três grupos de associações geoquímicas: 1. dividido no subgrupo que congrega os arenitos e o subgrupo das rochas vulcânicas e siltitos, ambos marcados pela associação entre Ba e Rb que reflete o maior conteúdo de feldspatos, micas, caulinita e illita; 2. agrupa as bauxitas e os solos caracterizados pela associação entre Al2O3, PF, TiO2, Th, Ga, Ta, Hf, Zr, Nb, U, Y, Sr e ETR relacionados ao maior conteúdo de gibbsita, anatásio e zircão; 3. reúne a bauxita pisolítica, crostas ferruginosas e ferro-alumino-silicosas. Neste terceiro grupo, o Fe2O3 está associado ao V, Pb, Cu, Ag, Sc e As principalmente pela abundância em hematita+goethita. A preservação dessas crostas no relevo altamente dissecado e a pouca espessura do solo no sudeste do Amazonas está, provavelmente ligada à proximidade dos grandes rios da região como o Aripuanã e Sucunduri afluentes do rio Madeira que devem ter facilitado a erosão, bem como a neotectônica que proporcionou a formação de perfis truncados e linhas de pedra.This study discusses textural, mineralogical, and geochemical characteristics along with the topography of the bauxite, Fe-rich, and siliceous Fe-Al duricrusts and soils in the Apuí region between the Aripuanã and Sucunduri rivers, southeast Amazon. Between 20 and 140 masl, sedimentary and volcanic rocks are the dominant units in valleys, cliffs, and hills whereas in the 140-200 and 200-320 m contours, siliceous Fe-Al and bauxite, and Fe-rich duricrusts are respectively observed in plateaus and hills. Bauxites are massive and pisolitic; Fe-rich duricrusts are massive, pisolitic, vermiform (worm-like corrosion), and locally brecciated; siliceous Fe-Al duricrusts are predominately brecciated and vermiform with subordinate pisolitic facies. Based on Eu/Eu*, Ce/Ce* and [TiO2(%)/Nb(ppm)]*1000 vs ETRL data, the parent units of the duricrusts were determined as: the Colíder Group's volcanics for the massive bauxite; the Alto Tapajós Group's siltstones and sandstones for the pisolitic bauxite, Fe-rich and siliceous Fe-Al duricrusts. Three main groups were identified based on textural and geochemical associations: 1) Ba and Rb association reflecting high contents of feldspar, micas, kaolinite, and illite - sandstone, siltstone, and volcanic subgroups; 2) Al2O3, PF, TiO2, Th, Ga, Ta, Hf, Zr, Nb, U, Y, Sr e ETR association in soils reflecting high contents of gibbsite, anatase, and zircon - this is the bauxite group (except for B1C type); 3) Fe2O3, V, Pb, Cu, Ag, Sc, and As association marked by high contents of hematite and goethite - this is the pisolitic bauxite (B1C), Fe-rich, and siliceous Fe-Al duricrusts group. Preservation of the duricrusts in highly dissected topography along with thin soils typical of southeast Amazon is possibly facilitated by proximity to large rivers, such as the Aripuanã and Sucunduri rivers, tributaries to the Madeira River, which promote erosion, and formation of truncated profiles and stone lines due to neotectonics.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal do AmazonasInstituto de Ciências ExatasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em GeociênciasHorbe, Adriana Maria Coimbrahttp://lattes.cnpq.br/9250333089025975Albuquerque, Márcio Fernando dos Santos2015-10-22T19:03:02Z2014-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfALBUQUERQUE, Márcio Fernando dos Santos. A lateritização no Sudeste do Amazonas. 2014. 83 f. 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Este trabalho discute as características texturais, mineralógicas, geoquímicas e a situação topográfica das bauxitas, das crostas ferruginosas, das crostas ferro-alumino-silicosas e dos solos na região do Apuí, entre os rios Aripuanã e Sucunduri, sudeste do Amazonas. Nos vales, nas encostas íngremes e nas colinas com altitude entre 20 e 140 m predominam rochas sedimentares e vulcânicas, e nos platôs e colinas com altitude entre 200 a 320 m e 140 a 200 ocorrem às bauxitas, as crostas ferruginosas e as ferro-alumino-silicosas respectivamente. As bauxitas são maciças e pisolíticas, as crostas ferruginosas são maciças, vermiformes, pisolíticas e brechóides, e as ferro-alumino-silicosas são em sua maioria brechóides e vermiformes, com fácies pisolítica subordinada. A bauxita maciça foi formada a partir de rochas vulcânicas do Grupo Colíder, enquanto as bauxitas pisolíticas, as crostas ferruginosas e ferro-alumino-silicosas a partir dos siltitos e arenitos do Grupo Alto Tapajós. Tal descriminação de origem foi o produto da integração de dados de campo e geoquímica (razões Eu/Eu*, Ce/Ce* e [TiO2(%)/Nb (ppm)]*1000 vs ETRL). Foram reconhecidos três grupos de associações geoquímicas: 1. dividido no subgrupo que congrega os arenitos e o subgrupo das rochas vulcânicas e siltitos, ambos marcados pela associação entre Ba e Rb que reflete o maior conteúdo de feldspatos, micas, caulinita e illita; 2. agrupa as bauxitas e os solos caracterizados pela associação entre Al2O3, PF, TiO2, Th, Ga, Ta, Hf, Zr, Nb, U, Y, Sr e ETR relacionados ao maior conteúdo de gibbsita, anatásio e zircão; 3. reúne a bauxita pisolítica, crostas ferruginosas e ferro-alumino-silicosas. Neste terceiro grupo, o Fe2O3 está associado ao V, Pb, Cu, Ag, Sc e As principalmente pela abundância em hematita+goethita. A preservação dessas crostas no relevo altamente dissecado e a pouca espessura do solo no sudeste do Amazonas está, provavelmente ligada à proximidade dos grandes rios da região como o Aripuanã e Sucunduri afluentes do rio Madeira que devem ter facilitado a erosão, bem como a neotectônica que proporcionou a formação de perfis truncados e linhas de pedra. |
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