O DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO NA IDADE DE TRANSIÇÃO E A FORMAÇÃO DA INDIVIDUALIDADE PARA-SI: APORTES TEÓRICOS PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR DE ADOLESCENTES
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Germinal: Marxismo e Educação em Debate |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/11706 |
Resumo: | A partir da aproximação entre os pressupostos da psicologia histórico-cultural sobre o desenvolvimento psicológico na adolescência e os da teoria filosófico ontológica da formação da individualidade para-si, esta pesquisa teve o objetivo de apresentar aportes teóricos para a educação escolar de adolescentes. A pedagogia histórico-crítica foi aqui utilizada como mediadora entre as citadas teorias e a educação escolar, tendo em vista sua unidade filosófica com ambas as teorias, assentando-se nos preceitos do materialismo histórico-dialético. Diferentemente das concepções biologizantes e patologizantes sobre adolescência, a psicologia histórico-cultural apresenta essa fase do desenvolvimento humano não como um período naturalmente marcado pela impulsividade e pela emotividade incontroláveis, bem como por crises de personalidade, tudo isso causado pelas mudanças hormonais. Pelo contrário, essa teoria apresenta a adolescência como um período privilegiado para o desenvolvimento do pensamento conceitual e para a consequente formação da concepção de mundo e da autoconsciência. A individualidade para-si foi apresentada como máxima possibilidade da formação do indivíduo e tal processo é realizado a partir da relação dialética entre objetivação e apropriação das objetivações genéricas para-si, ou seja, das produções humanas mais elaboradas, como a ciência, a arte e a filosofia. Visto que: a) um dos fatores decisivos na formação humana é o desenvolvimento de relações conscientes entre o indivíduo e as esferas mais elevadas de objetivação do gênero humano e; b) que a adolescência pode ser um momento de salto qualitativo na apropriação dessas objetivações genéricas, devido à formação do pensamento por conceitos, a hipótese deste trabalho é a de que a educação escolar pode contribuir decisivamente para a formação da individualidade dos adolescentes, no sentido da superação dos limites da vida cotidiana. A pesquisa conclui que tal processo pode não ocorrer se a prática pedagógica limitar-se ao cotidiano dos alunos. A educação escolar poderá conduzir o indivíduo no processo de passagem do em-si ao para-si somente a partir da transmissão dos conteúdos sistematizados. A defesa pela transmissão dos saberes clássicos, das objetivações genéricas para-si, não significa excluir a cotidianidade da vida dos adolescentes. Pelo contrário, a apropriação da genericidade para-si, por parte do adolescente escolar, é elemento fundamental para que este tenha uma relação cada vez mais consciente com a própria cotidianidade. |
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O DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO NA IDADE DE TRANSIÇÃO E A FORMAÇÃO DA INDIVIDUALIDADE PARA-SI: APORTES TEÓRICOS PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR DE ADOLESCENTESAdolescênciaPsicologia Histórico-CulturalEducação escolarIndividualidade para-si.A partir da aproximação entre os pressupostos da psicologia histórico-cultural sobre o desenvolvimento psicológico na adolescência e os da teoria filosófico ontológica da formação da individualidade para-si, esta pesquisa teve o objetivo de apresentar aportes teóricos para a educação escolar de adolescentes. A pedagogia histórico-crítica foi aqui utilizada como mediadora entre as citadas teorias e a educação escolar, tendo em vista sua unidade filosófica com ambas as teorias, assentando-se nos preceitos do materialismo histórico-dialético. Diferentemente das concepções biologizantes e patologizantes sobre adolescência, a psicologia histórico-cultural apresenta essa fase do desenvolvimento humano não como um período naturalmente marcado pela impulsividade e pela emotividade incontroláveis, bem como por crises de personalidade, tudo isso causado pelas mudanças hormonais. Pelo contrário, essa teoria apresenta a adolescência como um período privilegiado para o desenvolvimento do pensamento conceitual e para a consequente formação da concepção de mundo e da autoconsciência. A individualidade para-si foi apresentada como máxima possibilidade da formação do indivíduo e tal processo é realizado a partir da relação dialética entre objetivação e apropriação das objetivações genéricas para-si, ou seja, das produções humanas mais elaboradas, como a ciência, a arte e a filosofia. Visto que: a) um dos fatores decisivos na formação humana é o desenvolvimento de relações conscientes entre o indivíduo e as esferas mais elevadas de objetivação do gênero humano e; b) que a adolescência pode ser um momento de salto qualitativo na apropriação dessas objetivações genéricas, devido à formação do pensamento por conceitos, a hipótese deste trabalho é a de que a educação escolar pode contribuir decisivamente para a formação da individualidade dos adolescentes, no sentido da superação dos limites da vida cotidiana. A pesquisa conclui que tal processo pode não ocorrer se a prática pedagógica limitar-se ao cotidiano dos alunos. A educação escolar poderá conduzir o indivíduo no processo de passagem do em-si ao para-si somente a partir da transmissão dos conteúdos sistematizados. A defesa pela transmissão dos saberes clássicos, das objetivações genéricas para-si, não significa excluir a cotidianidade da vida dos adolescentes. Pelo contrário, a apropriação da genericidade para-si, por parte do adolescente escolar, é elemento fundamental para que este tenha uma relação cada vez mais consciente com a própria cotidianidade.Universidade Federal da Bahia2014-11-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPesquisa teórica; método materialismo histórico-dialéticoapplication/pdfhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/1170610.9771/gmed.v7i1.11706Germinal: marxismo e educação em debate; v. 7 n. 1 (2015): PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA; 3072175-5604reponame:Germinal: Marxismo e Educação em Debateinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/11706/9523Copyright (c) 2018 Germinal: Marxismo e Educação em Debateinfo:eu-repo/semantics/openAccessdos Anjos, Ricardo Eleutério2017-10-19T15:52:30Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/11706Revistahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/PUBhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/oairevistagerminal@ufba.br2175-56042175-5604opendoar:2017-10-19T15:52:30Germinal: Marxismo e Educação em Debate - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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