Colonialismo digital, racismo e acumulação primitiva de dados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lippold, Walter
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Faustino, Deivison
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Germinal: Marxismo e Educação em Debate
Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/49760
Resumo: O colonialismo digital não é uma nova fase, mas um dos traços objetivos do atual estágio de desenvolvimento do modo de produção capitalista e representa um largo passo em direção à uma reificação, cada vez mais profunda, da nossa experiência e senso de realidade, elevando a um novo patamar, a objetificação e mercantilização das relações, das mais simples às mais complexas. Refere-se, em primeiro lugar, à uma nova partilha do mundo que atualiza o imperialismo e o subimperialismo, ao reduzir o chamado Sul global a mero território de mineração extrativista de dados informacionais ou a consumidores retardatários de tecnologia. No entanto, atualiza e viabiliza novas formas de exploração, opressão e controle político, ideológico e subjetivo, a partir de um fenômeno aqui nomeado como acumulação primitiva de dados. Ambos os processos, marcados por um assombroso desenvolvimento tecnológico a serviço da apropriação e exploração do valor, redefinem e ao mesmo tempo, são possibilitados por, por novas expressões de racismo e da racialização. Assim, problematizamos a relação entre o colonialismo digital e o chamado racismo algorítmico a partir da apresentação de categorias como acumulação primitiva de dados, fardo do nerd branco, racialização digital.
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