Internar para educar: colégios-internatos no Brasil (1840-1950)
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Data de Publicação: | 2012 |
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Conceição, Joaquim Tavares daAras, Lina Maria Brandão deReis, Adriana DantasFeritas, Anamaria Gonçalves Buenos deNascimento, Jorge Carvalho do2013-10-30T17:59:42Z2013-10-30T17:59:42Z2013-10-302012Tesehttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13349323f.Este estudo trata dos internatos na sociedade brasileira e, especialmente, sergipana, tomando como objeto os colégios-internatos, no período que se estende de 1840 a 1950. A pesquisa, utilizando abordagens culturais da história social, destaca os escolares na condição de internos (pensionistas), os espaços de internamento, as práticas culturais, os debates e as funções sociais dos internatos. A operação historiográfica consistiu em separar, reunir e transformar em documentos históricos as informações coletadas, efetuando os cruzamentos entre essas informações e/ou indícios encontrados. Para responder aos questionamentos propostos foram utilizadas fontes diversas, como relatórios, teses doutorais, almanaques, revistas, prospectos e estatutos de colégios, livros de viajantes, romances, entre outras. O internato brasileiro não ficou imune a críticas. Entre os problemas apontados pelos intelectuais, as condições físicas e de higiene do internato, especialmente os dormitórios, ocupavam um lugar de destaque. Os médicos, preocupados com questões higienistas, em suas teses de doutoramento do século XIX e início do século XX, alertavam para as insalubridades físicas e moral dos internatos e apresentavam propostas para o funcionamento higiênico destes. Os internatos foram defendidos e até utilizados na instrução pública, principalmente visando ao desenvolvimento do ensino secundário. Contudo, foi na instrução particular onde os internatos se desenvolveram utilizados por famílias ricas e médias da população para promover a instrução de seus filhos. Nos internatos, os estudantes encontravam cama, comida (pensionato) e instrução (aulas, repetições, exercícios suplementares e direção dos estudos). No século XIX, existiam pequenos internatos constituídos como uma empresa familiar e grandes internatos, instalados em casas residenciais adaptadas, em sobrados ou em prédios planejados para servirem como colégios-internatos, com vastos cômodos capazes de acomodar um grande número de pensionistas. Em Sergipe, no século XX, a história dos internatos é marcada pela permanência de pequenos internatos de organização ―familiar‖ e pelo surgimento de colégios-internatos instalados em prédios adaptados ou em edifícios-internatos. Enfim, a educação dispensada nos internatos, apesar das críticas desfavoráveis, serviu como estratégia educativa de famílias ricas e classes médias e estabeleceu distinção a esses segmentos sociais por meio de constante formação de princípios culturais que contribuíram para a perpetuação de privilégios de classe. This study is about boarding schools in Brazilian society and especially, sergipana society, taking as an object the boarding schools, from 1840 to 1950. The research which uses cultural approaches of social history emphasizes the scholars under the condition of resident students (pensioner), the spaces in boarding schools, the cultural practices, the debates and the boarding school students‘ social jobs. The historical operation consisted of separating, organizing and transforming the collected information into historical documents, and crosschecking such information with other facts found. As to answer the proposed questions several sources were used like reports, doctors‘ dissertations, almanacs, magazines, prospects, schools‘ internal rules, travelers‘ books, novels, among others. The Brazilian boarding school system was also criticized. Among the problems mentioned by intellectuals, the boarding school‘s physical and hygiene conditions, especially the dormitories were on spot. The doctors, worried about hygiene aspects, in their doctorate dissertations from XIX century and beginning of XX century, used to mention the resident students‘ physical and moral hazards and they used to propose suggestions for a better hygienic environment. The resident students were defended as well as used in public instruction, mainly aiming at developing the secondary schools teaching. However, it was in private instruction where resident students developed themselves used by rich and middle-class families‘ population to promote their children‘s education. In the boarding schools, the scholars used to have accommodation, food and instruction (classes, repetitions, supplementary exercises and instructions on how to study). In the XIX century, there were small boarding houses like a family company and big boarding schools, located in adapted houses, old houses or buildings planned to be used like boarding schools with a lot of rooms which could house a great number of pensioners. In Sergipe, in the XX century, the boarding houses‘ history is characterized by the existence of small family boarding houses and by the appearance of boarding schools located in adapted buildings or in boarding school buildings. So, education given to boarding schools students, despite the unfavorable criticism, served like an educational strategy of rich and middle-class families and established a distinction to such social groups through constant development of cultural principles which contributed to the class privileges perpetuation.Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-10-09T17:56:58Z No. of bitstreams: 1 TESE Educar para internar. Colégios-Internatos no Brasil (1840-1950).pdf: 7166951 bytes, checksum: b7e39d81f7c93e8fd7d8580ba722ca79 (MD5)Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2013-10-30T17:59:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE Educar para internar. 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