Estilos cognitivos e comportamentos estratégicos na pandemia COVID-19: uma análise nos microempresários brasileiros e mexicanos dos setores serviços e comércio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38459 |
Resumo: | O comportamento estratégico nas organizações é constantemente influenciado pelo contexto e pelas formas de gerir dos dirigentes. Nas microempresas, as estratégias estão normalmente a cargo de uma única pessoa, o gerente-proprietário, e não de uma coalizão dominante, como ocorre em corporações de maior tamanho. Nesse sentido, o estilo cognitivo do tomador de decisão pode, de maneira significativa, influenciar o comportamento estratégico adotado pela microempresa, sendo que esse estilo agirá, ou reagirá, ao ambiente de forma determinada. A tese se objetivou a analisar as relações existentes entre os estilos cognitivos, os comportamentos estratégicos e as mudanças na gestão durante a pandemia COVID-19 nos microempresários brasileiros e mexicanos dos setores comércio e serviços. O método proposto para esta pesquisa é de natureza quantitativa, exploratória, descritiva e correlacional. Participaram do estudo 240 microempresários (120 brasileiros e 120 mexicanos) dos setores comércio e serviços. Para a coleta de dados, foi criada, validada e depois testada a EQEC em conjunto com o Questionário sobre Estratégias Genéricas (Miles & Snow, 1978), adaptado do português ao espanhol, e um questionário introdutório que incluiu informações sociodemográficas, empresariais e do contexto pandêmico. Realizaram-se análises fatoriais, descritivas e correlacionais. Os resultados mostraram evidências de validade significativas para a EQEC no contexto brasileiro e mexicano. O Questionário sobre Estratégias Genéricas também mostrou evidências de validade significativas na adaptação ao espanhol. Os estilos cognitivos “Revolucionário” e “Conquistador” foram os mais predominantes tanto nos microempresários brasileiros quanto nos mexicanos. Por outro lado, o comportamento estratégico “Analítico” predominou nos microempresários brasileiros, enquanto que “Prospetor” e “Defensivo” predominaram nos microempresários mexicanos. Houve associações significativas entre os estilos cognitivos, os comportamentos estratégicos e as mudanças na gestão durante a pandemia. O estilo “Conservador” se relacionou positivamente com o comportamento “Defensivo” e negativamente com os comportamentos “Analítico” e “Prospetor”; o estilo “Revolucionário” se relacionou positivamente com o comportamento “Prospetor”, e; o estilo “Conquistador” se relacionou positivamente com o comportamento “Analítico” e negativamente com o comportamento “Prospetor”. Adicionalmente, o estilo “Conservador” teve uma relação negativa com mudanças “Altas” na gestão durante a pandemia, e uma relação positiva com mudanças “Baixas”; o estilo “Constitucionalista” mostrou uma relação negativa com mudanças “Altas” na gestão durante a pandemia, e; o estilo “Revolucionário” mostrou uma relação negativa com mudanças “Baixas” na gestão durante a pandemia, e uma relação positiva com mudanças “Altas”. Assim mesmo, o comportamento “Prospetor” mostrou uma relação positiva com mudanças “Altas” na gestão durante a pandemia; “Analítico” mostrou uma relação negativa com mudanças “Baixas” na gestão durante a pandemia, e; “Defensivo” mostrou uma relação positiva com mudanças “Baixas” na gestão durante a pandemia. Também se identificaram associações significativas entre as variáveis e as características sociodemográficas (idade e sexo). Conclui-se que a EQEC é capaz de determinar amplamente os estilos cognitivos dos empresários. Também se demonstra que a maioria dos participantes tomou decisões de maneira revolucionária ou conquistadora durante a pandemia, ou seja, inovaram nas suas empresas usando experiências anteriores ou geriram abrangentemente, usando comportamentos “Analíticos”, “Defensivos” ou “Prospetores”. Dentre as mudanças na gestão durante a pandemia, novas formas de administrar, reorganizar a empresa e desenvolver novos produtos/serviços foram as mais frequentes. Deduz-se que a gestão organizacional não somente é influenciada pelo contexto, senão também pelos estilos cognitivos e as características pessoais dos microempresários. |
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2023-11-16T10:16:20Z2023-11-16T10:16:20Z2023-11-10https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38459O comportamento estratégico nas organizações é constantemente influenciado pelo contexto e pelas formas de gerir dos dirigentes. Nas microempresas, as estratégias estão normalmente a cargo de uma única pessoa, o gerente-proprietário, e não de uma coalizão dominante, como ocorre em corporações de maior tamanho. Nesse sentido, o estilo cognitivo do tomador de decisão pode, de maneira significativa, influenciar o comportamento estratégico adotado pela microempresa, sendo que esse estilo agirá, ou reagirá, ao ambiente de forma determinada. A tese se objetivou a analisar as relações existentes entre os estilos cognitivos, os comportamentos estratégicos e as mudanças na gestão durante a pandemia COVID-19 nos microempresários brasileiros e mexicanos dos setores comércio e serviços. O método proposto para esta pesquisa é de natureza quantitativa, exploratória, descritiva e correlacional. Participaram do estudo 240 microempresários (120 brasileiros e 120 mexicanos) dos setores comércio e serviços. Para a coleta de dados, foi criada, validada e depois testada a EQEC em conjunto com o Questionário sobre Estratégias Genéricas (Miles & Snow, 1978), adaptado do português ao espanhol, e um questionário introdutório que incluiu informações sociodemográficas, empresariais e do contexto pandêmico. Realizaram-se análises fatoriais, descritivas e correlacionais. Os resultados mostraram evidências de validade significativas para a EQEC no contexto brasileiro e mexicano. O Questionário sobre Estratégias Genéricas também mostrou evidências de validade significativas na adaptação ao espanhol. Os estilos cognitivos “Revolucionário” e “Conquistador” foram os mais predominantes tanto nos microempresários brasileiros quanto nos mexicanos. Por outro lado, o comportamento estratégico “Analítico” predominou nos microempresários brasileiros, enquanto que “Prospetor” e “Defensivo” predominaram nos microempresários mexicanos. Houve associações significativas entre os estilos cognitivos, os comportamentos estratégicos e as mudanças na gestão durante a pandemia. O estilo “Conservador” se relacionou positivamente com o comportamento “Defensivo” e negativamente com os comportamentos “Analítico” e “Prospetor”; o estilo “Revolucionário” se relacionou positivamente com o comportamento “Prospetor”, e; o estilo “Conquistador” se relacionou positivamente com o comportamento “Analítico” e negativamente com o comportamento “Prospetor”. Adicionalmente, o estilo “Conservador” teve uma relação negativa com mudanças “Altas” na gestão durante a pandemia, e uma relação positiva com mudanças “Baixas”; o estilo “Constitucionalista” mostrou uma relação negativa com mudanças “Altas” na gestão durante a pandemia, e; o estilo “Revolucionário” mostrou uma relação negativa com mudanças “Baixas” na gestão durante a pandemia, e uma relação positiva com mudanças “Altas”. Assim mesmo, o comportamento “Prospetor” mostrou uma relação positiva com mudanças “Altas” na gestão durante a pandemia; “Analítico” mostrou uma relação negativa com mudanças “Baixas” na gestão durante a pandemia, e; “Defensivo” mostrou uma relação positiva com mudanças “Baixas” na gestão durante a pandemia. Também se identificaram associações significativas entre as variáveis e as características sociodemográficas (idade e sexo). Conclui-se que a EQEC é capaz de determinar amplamente os estilos cognitivos dos empresários. Também se demonstra que a maioria dos participantes tomou decisões de maneira revolucionária ou conquistadora durante a pandemia, ou seja, inovaram nas suas empresas usando experiências anteriores ou geriram abrangentemente, usando comportamentos “Analíticos”, “Defensivos” ou “Prospetores”. Dentre as mudanças na gestão durante a pandemia, novas formas de administrar, reorganizar a empresa e desenvolver novos produtos/serviços foram as mais frequentes. Deduz-se que a gestão organizacional não somente é influenciada pelo contexto, senão também pelos estilos cognitivos e as características pessoais dos microempresários.The strategic behavior of organizations is constantly influenced by the context and the ways of managing two leaders. In microenterprises, the strategies are normally carried out by a single person, or manager-owner, and not by a dominant coalition, as occurs in larger corporations. In this sense, the cognitive style of the decision maker can, in a significant way, influence the strategic behavior adopted by the microenterprise, meaning that this style will affect, or react with, the environment in a determined way. This was aimed at analyzing the relationships existing between cognitive styles, strategic behaviors and management changes during the COVID-19 pandemic in Brazilian and Mexican micro-entrepreneurs in two commercial and service sectors. The proposed method for this research is of a quantitative, exploratory, descriptive and correlational nature. 240 micro-entrepreneurs (120 Brazilians and 120 Mexicans) will participate in the study, two commercial and service sectors. For the data collection, the EQEC was created, validated and subsequently tested together with the Questionnaire on Generic Strategies (Miles & Snow, 1978), adapted from Portuguese to Spanish, and an introductory questionnaire that included sociodemographic, business and context information. pandemic. We will carry out factorial, descriptive and correlational analyses. The results will show evidence of significant validity for the EQEC in the Brazilian and Mexican context. The Questionnaire on Generic Strategies also showed significant evidence of validity in the adaptation to Spanish. The cognitive styles “Revolucionário” and “Conquistador” are more predominant both in Brazilian micro-entrepreneurs and in Mexicans. On the other hand, the “Analytical” strategic behavior predominated in Brazilian micro-entrepreneurs, while “Prospect” and “Defensive” predominated in Mexican micro-entrepreneurs. There are significant associations between cognitive styles, strategic behaviors and management changes during the pandemic. The “Conservative” style was positively related to “Defensive” behavior and negatively to “Analytical” and “Prospector” behaviors; The “Revolutionary” style was positively related to the “Prospector” behavior, e; The “Pathfinder” style was positively related to “Analytical” behavior and negatively to “Prospector” behavior. Additionally, the “Conservative” style has a negative relationship with “High” changes in management during the pandemic, and a positive relationship with “Low” changes; The "Constitutionalist" style showed a negative relationship with "High" changes in management during the pandemic, and; The “Revolutionary” style showed a negative relationship with “Low” changes in management during the pandemic, and a positive relationship with “High” changes. Likewise, the "Prospector" behavior showed a positive relationship with "High" changes in management during the pandemic; "Analytical" showed a negative relationship with "Baixas" changes in management during the pandemic, and; “Defensive” showed a positive relationship with “Baixas” movers during the management during the pandemic. Significant associations between the variables and the sociodemographic characteristics (age and sex) were also identified. It was concluded that the EQEC is capable of broadly determining the cognitive styles of two entrepreneurs. It is also shown that most of the participants made decisions in a revolutionary or conquering way during the pandemic, or perhaps, they will innovate in their companies using previous experiences or aggressively, using “Analytical”, “Defensive” or “Prospecting” behaviors. Among the changes in management during the pandemic, new ways of managing, reorganizing the company and developing new products/services are more frequent. I deduce that organizational management is not only influenced by context, but also by cognitive styles and the personal characteristics of the two micro-entrepreneurs.Submitted by Víctor Carrasco (belmontcarrasco@hotmail.com) on 2023-11-13T15:43:59Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1031 bytes, checksum: 9b85e4235558a2887c2be3998124b615 (MD5) Tese Victor Carrasco. Estilos cognitivos e comportamentos estratégicos na pandemia..pdf: 3637131 bytes, checksum: 7c9adc43ed1ae8bf8d1626359aacbbe4 (MD5)Approved for entry into archive by Isaac Viana da Cunha Araújo (isaac.cunha@ufba.br) on 2023-11-16T10:16:20Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese Victor Carrasco. Estilos cognitivos e comportamentos estratégicos na pandemia..pdf: 3637131 bytes, checksum: 7c9adc43ed1ae8bf8d1626359aacbbe4 (MD5) license_rdf: 1031 bytes, checksum: 9b85e4235558a2887c2be3998124b615 (MD5)Made available in DSpace on 2023-11-16T10:16:20Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese Victor Carrasco. 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Estilos cognitivos e comportamentos estratégicos na pandemia..pdf.txtTese Victor Carrasco. Estilos cognitivos e comportamentos estratégicos na pandemia..pdf.txtExtracted texttext/plain478695https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38459/4/Tese%20Victor%20Carrasco.%20Estilos%20cognitivos%20e%20comportamentos%20estrat%c3%a9gicos%20na%20pandemia..pdf.txt118e7eccd6562c465f140c2cd2ca006aMD54ORIGINALTese Victor Carrasco. Estilos cognitivos e comportamentos estratégicos na pandemia..pdfTese Victor Carrasco. 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O comportamento estratégico nas organizações é constantemente influenciado pelo contexto e pelas formas de gerir dos dirigentes. Nas microempresas, as estratégias estão normalmente a cargo de uma única pessoa, o gerente-proprietário, e não de uma coalizão dominante, como ocorre em corporações de maior tamanho. Nesse sentido, o estilo cognitivo do tomador de decisão pode, de maneira significativa, influenciar o comportamento estratégico adotado pela microempresa, sendo que esse estilo agirá, ou reagirá, ao ambiente de forma determinada. A tese se objetivou a analisar as relações existentes entre os estilos cognitivos, os comportamentos estratégicos e as mudanças na gestão durante a pandemia COVID-19 nos microempresários brasileiros e mexicanos dos setores comércio e serviços. O método proposto para esta pesquisa é de natureza quantitativa, exploratória, descritiva e correlacional. Participaram do estudo 240 microempresários (120 brasileiros e 120 mexicanos) dos setores comércio e serviços. Para a coleta de dados, foi criada, validada e depois testada a EQEC em conjunto com o Questionário sobre Estratégias Genéricas (Miles & Snow, 1978), adaptado do português ao espanhol, e um questionário introdutório que incluiu informações sociodemográficas, empresariais e do contexto pandêmico. Realizaram-se análises fatoriais, descritivas e correlacionais. Os resultados mostraram evidências de validade significativas para a EQEC no contexto brasileiro e mexicano. O Questionário sobre Estratégias Genéricas também mostrou evidências de validade significativas na adaptação ao espanhol. Os estilos cognitivos “Revolucionário” e “Conquistador” foram os mais predominantes tanto nos microempresários brasileiros quanto nos mexicanos. Por outro lado, o comportamento estratégico “Analítico” predominou nos microempresários brasileiros, enquanto que “Prospetor” e “Defensivo” predominaram nos microempresários mexicanos. Houve associações significativas entre os estilos cognitivos, os comportamentos estratégicos e as mudanças na gestão durante a pandemia. O estilo “Conservador” se relacionou positivamente com o comportamento “Defensivo” e negativamente com os comportamentos “Analítico” e “Prospetor”; o estilo “Revolucionário” se relacionou positivamente com o comportamento “Prospetor”, e; o estilo “Conquistador” se relacionou positivamente com o comportamento “Analítico” e negativamente com o comportamento “Prospetor”. Adicionalmente, o estilo “Conservador” teve uma relação negativa com mudanças “Altas” na gestão durante a pandemia, e uma relação positiva com mudanças “Baixas”; o estilo “Constitucionalista” mostrou uma relação negativa com mudanças “Altas” na gestão durante a pandemia, e; o estilo “Revolucionário” mostrou uma relação negativa com mudanças “Baixas” na gestão durante a pandemia, e uma relação positiva com mudanças “Altas”. Assim mesmo, o comportamento “Prospetor” mostrou uma relação positiva com mudanças “Altas” na gestão durante a pandemia; “Analítico” mostrou uma relação negativa com mudanças “Baixas” na gestão durante a pandemia, e; “Defensivo” mostrou uma relação positiva com mudanças “Baixas” na gestão durante a pandemia. Também se identificaram associações significativas entre as variáveis e as características sociodemográficas (idade e sexo). Conclui-se que a EQEC é capaz de determinar amplamente os estilos cognitivos dos empresários. Também se demonstra que a maioria dos participantes tomou decisões de maneira revolucionária ou conquistadora durante a pandemia, ou seja, inovaram nas suas empresas usando experiências anteriores ou geriram abrangentemente, usando comportamentos “Analíticos”, “Defensivos” ou “Prospetores”. Dentre as mudanças na gestão durante a pandemia, novas formas de administrar, reorganizar a empresa e desenvolver novos produtos/serviços foram as mais frequentes. Deduz-se que a gestão organizacional não somente é influenciada pelo contexto, senão também pelos estilos cognitivos e as características pessoais dos microempresários. |
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