Òkòtò: dança desobediente afrocentrada, caminhos para a formação em dança no ensino superior sob os estudos das relações étnico-raciais brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Jadiel
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30990
Resumo: Esta pesquisa/denúncia, em sua natureza ativista negra LGBTQI+, objetiva analisar e refletir sobre as implicações das relações étnico-raciais brasileiras e suas complexas dimensões socioculturais no processo de formação de Dança no Ensino Superior. A pesquisa foi desenvolvida na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia. Problematizam-se quais os níveis de afetações culturais e cognitivas causadas pela ausência ou presença dos saberes das culturas negro-brasileiras, negro-africanas e dos estudos das relações étnico-raciais, pautando-os como estudo fundamental para descolonizar o conhecimento no ensino, aprendizagem e criação artística dos futuros professores de Dança. As referências são as Leis 10.639/03 e 11.645/08 que prevêem a obrigatoriedade da história africana, afro-brasileira e indígena na Educação Básica, as Epistemologias do Sul (SANTOS, 2010; 2007) para reconhecermos o epistemicídio de saberes de pesquisadores, artistas e acadêmicos negros na dança, segundo Asante (2009). Para pensarmos as condições socioeconômicas e culturais do negro, a partir da sua localização centrada na África e suas diásporas, são apresentadas a Dança Desobediente Afrocentrada e a metodologia artística exuniana como um caminho decolonial e afrocêntrico em diálogo com o conceito de pesquisa-ação (THIOLLENT, 1986) para refletir o ensino e aprendizagem das danças de estéticas negras como projeto corporal artístico-pedagógico contemporâneo e emancipatório, considerando o lugar de fala (RIBEIRO, 2017) para visibilizar as epistemes negras na dança e na educação sob uma abordagem interseccional de raça, gênero, sexualidade e classe. “Com base nas Ciências Cognitivas (LAKOFF; JOHSON, 2004; 1999), delineia-se a hipótese de lesão cultural e cognitiva na formação do professor e no ensino de Dança, onde se deve atuar com metáforas ativistas negras”, junto à afirmação do empoderamento da “população negra” como posição política (MUNANGA, 2016; 2015) que atua como contradispositivos (AGAMBEN, 2009) às “metáforas colonizadoras” presentes na dança e seus espelhamentos (RAMACHANDRAM, 2014). Foram feitas revisões bibliográficas, análise crítica de denúncias de racismo contra professores, eventos acadêmicos, artísticos, projetos pedagógicos, seminários e outras ações formativas desenvolvidas pela Escola de Dança que contemplassem os problemas dessa pesquisa. Como resultado, constatou-se a existência do racismo institucional, a prática de epistemicídio, a violência simbólica cometida contra os saberes e os corpos negros, bem como denúncias de racismo. A pauta do racismo, as trajetórias dos pesquisadores e artistas negros são visibilizadas quando conveniente e útil para a disputa política interna e perpetuação do poder institucional branco e de suas epistemes eurocêntricas. Observam-se também as iniciativas ativistas de alunos em sua maioria negros com criação de trabalhos artísticos, grupos de pesquisa que abordam a temática étnico-racial. Conclui-se que apesar de alguns mínimos avanços na Escola de Dança (UFBA), necessita-se de um maior tempo para análise. A política de identidade aplicada nessa Escola ainda reproduz as epistemes eurocêntricas como saberes legitimadores. Não existe um projeto político pedagógico que prepare de modo efetivo os futuros professores para atuarem segundo a Lei 11.645/08 e os estudos étnico-raciais na escola.
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Foram feitas revisões bibliográficas, análise crítica de denúncias de racismo contra professores, eventos acadêmicos, artísticos, projetos pedagógicos, seminários e outras ações formativas desenvolvidas pela Escola de Dança que contemplassem os problemas dessa pesquisa. Como resultado, constatou-se a existência do racismo institucional, a prática de epistemicídio, a violência simbólica cometida contra os saberes e os corpos negros, bem como denúncias de racismo. A pauta do racismo, as trajetórias dos pesquisadores e artistas negros são visibilizadas quando conveniente e útil para a disputa política interna e perpetuação do poder institucional branco e de suas epistemes eurocêntricas. Observam-se também as iniciativas ativistas de alunos em sua maioria negros com criação de trabalhos artísticos, grupos de pesquisa que abordam a temática étnico-racial. Conclui-se que apesar de alguns mínimos avanços na Escola de Dança (UFBA), necessita-se de um maior tempo para análise. 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