"Gig"economy e empreendendorismo: uma visão crítica do capitalismo de "plataformas"
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36658 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é analisar o papel do capitalismo de “plataformas”, em especial a categoria “gig” economy, na organização do trabalho. Procura-se saber que papel legam ao trabalhador e em que medida influenciam na centralidade do trabalho para a produção. Para isso, busca-se, em um primeiro momento, compreender o contexto em que surgem e se consolidam as “plataformas digitais de trabalho”, as características operacionais de suas distintas formas e seus impactos no processo de trabalho. É dada ênfase à denominada “gig” economy pela abrangência e heterogeidade dessa categoria. Em um segundo momento, analisa-se a noção de empreendedorismo, sua gênese teórica e como se converte na retórica das “empresas-aplicativo” e de muitos trabalhadores e trabalhadoras. Mostra-se como esse discurso tem profundas raízes na construção deliberada de uma nova subjetividade do trabalhador, associada ao que se denomina “racionalidade neoliberal”. Tendo por marco teórico a teoria do valor, mostra-se, a partir do duplo caráter do trabalho, como a sociedade está estruturada pela produção do valor e o papel das “plataformas digitais de trabalho” nesse processo. Argumenta-se como o trabalho por “plataformas” não apenas não traz uma mudança na estrutura das relações do trabalho, mas renova e rafitica velhas formas de subordinação em formato digital. Além disso, as plataformas são nada mais do que meios de produção, o que não justifica um tratamento diferenciado, em nenhum sentido, para as empresas que as utilizam. Por fim, discute-se que o aumento da produtividade bem como o desenvolvimento da tecnologia e da automação não apenas não eliminam o trabalho vivo, que permanece central, como podem contribuir para deteriorar as condições de trabalho. |
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2023-03-01T14:17:56Z2023-03-01T14:17:56Z2022-12-12https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36658O objetivo deste trabalho é analisar o papel do capitalismo de “plataformas”, em especial a categoria “gig” economy, na organização do trabalho. Procura-se saber que papel legam ao trabalhador e em que medida influenciam na centralidade do trabalho para a produção. Para isso, busca-se, em um primeiro momento, compreender o contexto em que surgem e se consolidam as “plataformas digitais de trabalho”, as características operacionais de suas distintas formas e seus impactos no processo de trabalho. É dada ênfase à denominada “gig” economy pela abrangência e heterogeidade dessa categoria. Em um segundo momento, analisa-se a noção de empreendedorismo, sua gênese teórica e como se converte na retórica das “empresas-aplicativo” e de muitos trabalhadores e trabalhadoras. Mostra-se como esse discurso tem profundas raízes na construção deliberada de uma nova subjetividade do trabalhador, associada ao que se denomina “racionalidade neoliberal”. Tendo por marco teórico a teoria do valor, mostra-se, a partir do duplo caráter do trabalho, como a sociedade está estruturada pela produção do valor e o papel das “plataformas digitais de trabalho” nesse processo. Argumenta-se como o trabalho por “plataformas” não apenas não traz uma mudança na estrutura das relações do trabalho, mas renova e rafitica velhas formas de subordinação em formato digital. Além disso, as plataformas são nada mais do que meios de produção, o que não justifica um tratamento diferenciado, em nenhum sentido, para as empresas que as utilizam. Por fim, discute-se que o aumento da produtividade bem como o desenvolvimento da tecnologia e da automação não apenas não eliminam o trabalho vivo, que permanece central, como podem contribuir para deteriorar as condições de trabalho.The objective of this work is to analyze the role of “platform” capitalism, especially the “gig” economy category, in the organization of work. We seek to know what role they bequeath to the worker and to what extent they influence the centrality of work for production. For this, we seek, at first, to understand the context in which digital work platforms emerge and consolidate, the operational characteristics of their different forms and their impacts on the work process. Emphasis is given to the so-called “gig” economy due to the scope and heterogeneity of this category. In a second moment, the notion of entrepreneurship is analyzed, its theoretical genesis and how it becomes the rhetoric of “app-companies” and many workers. It is shown how this discourse has deep roots in the deliberate construction of a new subjectivity of the worker, associated with what is called “neoliberal rationality”. Having the value theory as a theoretical framework, it is shown, from the double character of work, how society is structured by the production of value and the role of “digital work platforms” in this process. It is argued that working through “platforms” not only does not bring a change in the structure of labor relations, but also renews and ratify old forms of subordination in digital format. Furthermore, platforms are nothing more than means of production, which does not justify different treatment, in any sense, for companies that use them. Finally, it is argued that the increase in productivity as well as the development of technology and automation not only do not eliminate living work, which remain central, but can also contribute to deteriorating working conditions.Submitted by Vinícius Lins (lins.vinicius@live.com) on 2023-03-01T12:54:25Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Tese - Vinicius F. Lins - Versão definitiva.pdf: 2804663 bytes, checksum: 850d5878f2a9e02876adc7d3dee6c420 (MD5)Approved for entry into archive by Valdinea Conceiçao (valdinea@ufba.br) on 2023-03-01T14:17:56Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Tese - Vinicius F. Lins - Versão definitiva.pdf: 2804663 bytes, checksum: 850d5878f2a9e02876adc7d3dee6c420 (MD5)Made available in DSpace on 2023-03-01T14:17:56Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Tese - Vinicius F. Lins - Versão definitiva.pdf: 2804663 bytes, checksum: 850d5878f2a9e02876adc7d3dee6c420 (MD5) Previous issue date: 2022-12-12porUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Economia (PPGECO) UFBABrasilFaculdade de EconomiaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPlatform capitalismGig economyEntrepreneurshipValue theoryCommodificationCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIACapitalismo de plataformasGig economyEmpreendendorismoTeoria do valorMercadorização"Gig"economy e empreendendorismo: uma visão crítica do capitalismo de "plataformas"“Gig” economy and entrepreneurship: a critical view on “platform” capitalismDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionFilgueiras, Vitor AraújoFilgueiras, Vitor AraújoSampaio, Nuno Jorge Rodrigues TelesDutra, Renata QueirozRech, Lucas TrentinKalil, Renan Bernardihttps://orcid.org/0000-0002-7316-620Xhttp://lattes.cnpq.br/4736980473427862Lins, Vinícius Ferreirareponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTTese - Vinicius F. Lins - Versão definitiva.pdf.txtTese - Vinicius F. Lins - Versão definitiva.pdf.txtExtracted texttext/plain351938https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36658/4/Tese%20-%20Vinicius%20F.%20Lins%20-%20Vers%c3%a3o%20definitiva.pdf.txtb09cf8eed9671f6bb884284561ca19c7MD54ORIGINALTese - Vinicius F. Lins - Versão definitiva.pdfTese - Vinicius F. 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