Estratégias de coping e suas relações com o bem-estar no trabalho: um estudo com bombeiros militares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Lhaís Alves de Souza Pereira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23889
Resumo: O trabalho desempenha papel importante na vida das pessoas, mas o seu sentido é permeado por contradições, sendo considerado fonte tanto de desgaste e sofrimento quanto de prazer. Um dos profissionais em que essa contradição do sentido do trabalho pode ser marcante é o bombeiro militar, que, apesar de estar exposto a diversas situações estressantes no cotidiano laboral, demonstra satisfação e orgulho da profissão. Assim, a maneira como esses profissionais lidam com tais situações estressoras pode repercutir de forma positiva em seu bem-estar. Objetivo: analisar os tipos de estratégias de coping utilizadas pelos bombeiros militares que se relacionam ao bem-estar no trabalho (nas dimensões afetos positivos e realização) nesse segmento profissional. Método: o estudo foi realizado por meio de multimétodos. A pesquisa foi estruturada em três etapas: etapa I, entrevistas, estruturadas, com bombeiros militares (n=5), para compreensão do contexto de trabalho estudado; etapa II, estudo piloto; etapa III (n=121), estudo propriamente dito, por meio do instrumento composto por um questionário de dados sociodemográficos e ocupacionais, um questionário acerca das condições de trabalho, Escala de Coping Ocupacional (Pinheiro, Tróccoli, & Tamayo, 2003) e Escala de Bem-Estar no Trabalho (Paschoal & Tamayo, 2008). Resultados: apenas as estratégias de coping manejo de sintomas e controle apresentaram correlação significativa com as dimensões de Bem-Estar no Trabalho. De forma específica, a estratégia controle apresentou correlação positiva com a dimensão realização (r=.591; p=.01) e afetos positivos (r=.212.; p=.01). A estratégia de coping manejo de sintomas apresentou correlação positiva com a dimensão realização (r=.266; p=.01). A estratégia de coping controle foi a mais utilizada pelos bombeiros militares (M=3,75, DP=0,60), e a dimensão de Bem-Estar no Trabalho com maior nível apresentado foi realização (M=3,74, DP=0,68). Em relação às variáveis sociodemográficas e ocupacionais do estudo, houve diferenças significativas apenas entre as médias dos participantes das diferentes faixas etárias na dimensão realização. Conclusão: foi possível identificar as estratégias de coping ocupacional que se relacionam ao bem-estar no trabalho entre os bombeiros militares. Os resultados deste estudo apontam para a necessidade de novas pesquisas que ampliem a compreensão destes fenômenos na população de bombeiros militares.
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Método: o estudo foi realizado por meio de multimétodos. A pesquisa foi estruturada em três etapas: etapa I, entrevistas, estruturadas, com bombeiros militares (n=5), para compreensão do contexto de trabalho estudado; etapa II, estudo piloto; etapa III (n=121), estudo propriamente dito, por meio do instrumento composto por um questionário de dados sociodemográficos e ocupacionais, um questionário acerca das condições de trabalho, Escala de Coping Ocupacional (Pinheiro, Tróccoli, & Tamayo, 2003) e Escala de Bem-Estar no Trabalho (Paschoal & Tamayo, 2008). Resultados: apenas as estratégias de coping manejo de sintomas e controle apresentaram correlação significativa com as dimensões de Bem-Estar no Trabalho. De forma específica, a estratégia controle apresentou correlação positiva com a dimensão realização (r=.591; p=.01) e afetos positivos (r=.212.; p=.01). A estratégia de coping manejo de sintomas apresentou correlação positiva com a dimensão realização (r=.266; p=.01). A estratégia de coping controle foi a mais utilizada pelos bombeiros militares (M=3,75, DP=0,60), e a dimensão de Bem-Estar no Trabalho com maior nível apresentado foi realização (M=3,74, DP=0,68). Em relação às variáveis sociodemográficas e ocupacionais do estudo, houve diferenças significativas apenas entre as médias dos participantes das diferentes faixas etárias na dimensão realização. Conclusão: foi possível identificar as estratégias de coping ocupacional que se relacionam ao bem-estar no trabalho entre os bombeiros militares. Os resultados deste estudo apontam para a necessidade de novas pesquisas que ampliem a compreensão destes fenômenos na população de bombeiros militares.Work plays an important role in people’s lives, but its subjective meaning is surrounded by contradictions, as it is considered a source of weariness and suffering, but also of pleasure. One of the professional categories in which this contradiction can be striking is the military firefighters. Despite being exposed to various stressful situations at work everyday, they demonstrate to be satisfied and proud of their profession. Therefore, the way these professionals deal with such stressful situations can have a positive impact on their sense of well-being. Objective: to analyze the types of coping strategies used by firefighters that relate to well-being at work (in the dimensions of positive affect and personal fulfillment). Method: a multimethod study was conducted in three phases: phase I, structured interviews with firefighters (n=5), for eliciting the context of the work environment under scope; phase II, pilot study; phase III (n=121), the study itself, the research instrument consisting of a questionnaire about sociodemographic and occupational data, a questionnaire about work conditions, the Occupational Coping Scale (Pinheiro, Tróccoli, & Tamayo, 2003), and the Well-Being at Work Scale (Paschoal & Tamayo, 2008). Results: only the coping strategies “symptom management” and “control” were significantly correlated with the dimensions of Well-Being at Work. Specifically, the “control” strategy was positively correlated with the dimensions personal fulfillment (r=.591; p=.01) and positive affect (r=.212.; p=.01). The coping strategy “symptom management” was positively correlated with the personal fulfillment dimension (r=.266; p=.01). The coping strategy “control” was the most used by firefighters (M=3.75, DP=0.60), and the dimension under Well-Being at Work identified at the highest level was personal fulfillment (M=3.74, DP=0.68). In relation to sociodemographic and occupational variables of the study, significant differences were found among the average results of participants from different age groups only in the personal fulfillment dimension. Conclusion: it was possible to identify the occupational coping strategies that are related to Well-Being at Work among firefighters. The results of this study point to the need for further research to expand the understanding of these phenomena in the population of firefighters.Submitted by Lhais Alves (lhaispsi@gmail.com) on 2016-10-04T14:41:14Z No. of bitstreams: 1 Santana_Lhaís_Dissertação_UFBA (2016).pdf: 1559987 bytes, checksum: b3d1ef5751130abb8471cf1fb32976bd (MD5)Approved for entry into archive by Hozana Azevedo (hazevedo@ufba.br) on 2017-08-08T14:25:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Santana_Lhaís_Dissertação_UFBA (2016).pdf: 1559987 bytes, checksum: b3d1ef5751130abb8471cf1fb32976bd (MD5)Made available in DSpace on 2017-08-08T14:25:27Z (GMT). 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