Currículo, gênero e sexualidade na educação infantil: reflexões e aproximações com as perspectivas decoloniais e feministas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Augusta Neves
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39461
Resumo: A presente pesquisa trata de como, e de que forma, aparece às discussões de gênero e sexualidade no currículo prescrito da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Salvador. Nesse contexto, são analisados o Referencial Curricular Municipal para a Educação Infantil de Salvador, bem como a interação do currículo prescrito com a prática docente a partir das narrativas de 5 professoras de um Centro Municipal de Educação Infantil, localizado no bairro de Paripe, subúrbio ferroviário de Salvador, entre os anos de 2017 e 2019. Para realização das análises, são utilizados como referencial teórico as discussões inscritas no campo dos Estudos Feministas e de Gênero, tendo em vista os esforços empreendidos pelo campo para denunciar e transformar o viés androcêntrico e excludente que perpassa a produção do conhecimento e a educação. Na área de currículo conta com a contribuição de autoras/es que tratam o currículo como uma questão de identidade e poder, além de propor a subversão da repetição acrítica do pensamento hegemônico instituído no currículo, entendendo-o como uma construção coletiva e cotidiana. (SILVA, 2014); (BARBOSA, 2012). Nesta pesquisa, também há o interesse em refletir o tema proposto a partir de uma perspectiva que dialogue com a realidade brasileira e soteropolitana, sendo as teorias decoloniais escolhidas por entender que as mesmas estão comprometidas com a realidade latino-americana, a partir da proposta de uma ruptura radical, chamada “desobediência epistêmica” em relação ao saber canônico europeu e estadunidense. (MIGNOLO, 2008).Tal perspectiva é fundamental para o trabalho, pois busca identificar, informar e criticar os padrões de dominação que continuam presentes nas relações sociais, políticas, ecológicas, internas e internacionais, fundadas pelo sistemamundo moderno que se sustenta através da colonialidade do poder, do saber e do ser. Os trabalhos das autoras María Lugones (2014) e Yuerkys Espinosa Miñoso (2014) agregam a esse pensamento um ponto de suma relevância para esta pesquisa ao refletir também sobre a colonialidade do gênero e apontar a importância de conceituar o gênero como uma das formas de opressão colonial, assim como, a necessidade de construir um feminismo que questione os padrões eurocêntricos, trazendo a discussão de gênero para o contexto latinoamericano, indo rumo a um feminismo decolonial. Sendo assim, esse conhecimento é de inegável importância para pensar a produção do conhecimento refletida no currículo prescrito e nas práticas pedagógicas da Educação Infantil, na Rede Municipal de Ensino de Salvador.
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spelling 2024-07-03T12:58:57Z2024-04-162024-07-03T12:58:57Z2021-04-26https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39461A presente pesquisa trata de como, e de que forma, aparece às discussões de gênero e sexualidade no currículo prescrito da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Salvador. Nesse contexto, são analisados o Referencial Curricular Municipal para a Educação Infantil de Salvador, bem como a interação do currículo prescrito com a prática docente a partir das narrativas de 5 professoras de um Centro Municipal de Educação Infantil, localizado no bairro de Paripe, subúrbio ferroviário de Salvador, entre os anos de 2017 e 2019. Para realização das análises, são utilizados como referencial teórico as discussões inscritas no campo dos Estudos Feministas e de Gênero, tendo em vista os esforços empreendidos pelo campo para denunciar e transformar o viés androcêntrico e excludente que perpassa a produção do conhecimento e a educação. Na área de currículo conta com a contribuição de autoras/es que tratam o currículo como uma questão de identidade e poder, além de propor a subversão da repetição acrítica do pensamento hegemônico instituído no currículo, entendendo-o como uma construção coletiva e cotidiana. (SILVA, 2014); (BARBOSA, 2012). Nesta pesquisa, também há o interesse em refletir o tema proposto a partir de uma perspectiva que dialogue com a realidade brasileira e soteropolitana, sendo as teorias decoloniais escolhidas por entender que as mesmas estão comprometidas com a realidade latino-americana, a partir da proposta de uma ruptura radical, chamada “desobediência epistêmica” em relação ao saber canônico europeu e estadunidense. (MIGNOLO, 2008).Tal perspectiva é fundamental para o trabalho, pois busca identificar, informar e criticar os padrões de dominação que continuam presentes nas relações sociais, políticas, ecológicas, internas e internacionais, fundadas pelo sistemamundo moderno que se sustenta através da colonialidade do poder, do saber e do ser. Os trabalhos das autoras María Lugones (2014) e Yuerkys Espinosa Miñoso (2014) agregam a esse pensamento um ponto de suma relevância para esta pesquisa ao refletir também sobre a colonialidade do gênero e apontar a importância de conceituar o gênero como uma das formas de opressão colonial, assim como, a necessidade de construir um feminismo que questione os padrões eurocêntricos, trazendo a discussão de gênero para o contexto latinoamericano, indo rumo a um feminismo decolonial. Sendo assim, esse conhecimento é de inegável importância para pensar a produção do conhecimento refletida no currículo prescrito e nas práticas pedagógicas da Educação Infantil, na Rede Municipal de Ensino de Salvador.La presente investigación se ocupa de cómo y cómo aparece en las discusiones sobre género y sexualidad en el plan de estudios prescrito de la Educación Infantil de la Escuela Municipal de Salvador. En este contexto, se analiza el Marco Curricular Municipal para la Educación de la Primera Infancia de Salvador, así como la interacción del plan de estudios prescrito con la práctica docente de las narraciones de 5 maestros de un Centro Municipal de Educación de la Primera Infancia, ubicado en el suburbio de Paripe, un suburbio ferroviário de Salvador, entre 2017 y 2019. A los fines de los análisis, el marco teórico es la discusión en el campo de los estudios feministas y de género, en vista de los esfuerzos realizados por el campo para denunciar y transformar el sesgo androcéntrico y excluyente. que atraviesa la producción de conocimiento y educación. En el área del currículum cuenta con la contribución de autores que tratan el currículo como una cuestión de identidad y poder, además de proponer la subversión de la repetición acrítica del pensamiento hegemónico instituido en el currículo, entendiéndolo como una construcción colectiva y cotidiana. (SILVA, 2014); (BARBOSA, 2012). En esta investigación, también existe el interés de reflejar el tema propuesto desde una perspectiva que dialoga con la realidad brasileña y soteropolitana, siendo las teorías descoloniales elegidas para comprender que están comprometidas con la realidad latinoamericana, a partir de la propuesta de un ruptura radical, llamada "desobediencia epistémica" en relación con el conocimiento canónico europeo y americano. (MIGNOLO, 2008). Tal perspectiva es fundamental para el trabajo, ya que busca identificar, informar y criticar los patrones de dominación que continúan presentes en las relaciones sociales, políticas, ecológicas, internas e internacionales, fundadas por el sistema mundial moderno que se sustenta a través de la colonialidad del poder. Saber y ser. Los trabajos de las autoras María Lugones (2014) y Yuerkys Espinosa Miñoso (2014) agregan a este pensamiento un punto de gran relevancia para esta investigación al reflexionar también sobre la colonialidad del género y señalar la importancia de conceptualizar el género como una de las formas de opresión. colonial, así como la necesidad de construir un feminismo que cuestione los estándares eurocéntricos, llevando la discusión de género al contexto latinoamericano, hacia un feminismo descolonial. Por lo tanto, este conocimiento es de innegable importancia para pensar la producción de conocimiento reflejado en el currículo prescrito y las prácticas pedagógicas de la Educación Infantil, en la Escuela Municipal de Salvador.porUniversidade Federal da BahiaGÊNERO E DIVERSIDADE - NOTURNOUFBABrasilFaculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)Child educationCurriculumGenderSexualityCNPQ::CIENCIAS HUMANASEducação InfantilCurrículoGêneroSexualidadeCurrículo, gênero e sexualidade na educação infantil: reflexões e aproximações com as perspectivas decoloniais e feministasBachareladoinfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionZucco, Maise CarolineZucco, Maise CarolineFernandes, FelipeMano, Maíra Kubík TaveraSilva, Maria Augusta NevesALMEIDA, Ronaldo de. Bolsonaro Presidente: Conservadorismo, evangelismo e a crise brasileira. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, v. 38, n.01, p. 185-213, abr. 2019. 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Silva, Maria Augusta Neves
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description A presente pesquisa trata de como, e de que forma, aparece às discussões de gênero e sexualidade no currículo prescrito da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Salvador. Nesse contexto, são analisados o Referencial Curricular Municipal para a Educação Infantil de Salvador, bem como a interação do currículo prescrito com a prática docente a partir das narrativas de 5 professoras de um Centro Municipal de Educação Infantil, localizado no bairro de Paripe, subúrbio ferroviário de Salvador, entre os anos de 2017 e 2019. Para realização das análises, são utilizados como referencial teórico as discussões inscritas no campo dos Estudos Feministas e de Gênero, tendo em vista os esforços empreendidos pelo campo para denunciar e transformar o viés androcêntrico e excludente que perpassa a produção do conhecimento e a educação. Na área de currículo conta com a contribuição de autoras/es que tratam o currículo como uma questão de identidade e poder, além de propor a subversão da repetição acrítica do pensamento hegemônico instituído no currículo, entendendo-o como uma construção coletiva e cotidiana. (SILVA, 2014); (BARBOSA, 2012). Nesta pesquisa, também há o interesse em refletir o tema proposto a partir de uma perspectiva que dialogue com a realidade brasileira e soteropolitana, sendo as teorias decoloniais escolhidas por entender que as mesmas estão comprometidas com a realidade latino-americana, a partir da proposta de uma ruptura radical, chamada “desobediência epistêmica” em relação ao saber canônico europeu e estadunidense. (MIGNOLO, 2008).Tal perspectiva é fundamental para o trabalho, pois busca identificar, informar e criticar os padrões de dominação que continuam presentes nas relações sociais, políticas, ecológicas, internas e internacionais, fundadas pelo sistemamundo moderno que se sustenta através da colonialidade do poder, do saber e do ser. Os trabalhos das autoras María Lugones (2014) e Yuerkys Espinosa Miñoso (2014) agregam a esse pensamento um ponto de suma relevância para esta pesquisa ao refletir também sobre a colonialidade do gênero e apontar a importância de conceituar o gênero como uma das formas de opressão colonial, assim como, a necessidade de construir um feminismo que questione os padrões eurocêntricos, trazendo a discussão de gênero para o contexto latinoamericano, indo rumo a um feminismo decolonial. Sendo assim, esse conhecimento é de inegável importância para pensar a produção do conhecimento refletida no currículo prescrito e nas práticas pedagógicas da Educação Infantil, na Rede Municipal de Ensino de Salvador.
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