Incidência e perfil clínico da nefrite lúpica nos pacientes submetidos à biópsia renal entre 2007 e 2012 em um hospital de referência em nefrologia no Estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kobayashi, Carla Dinamérica
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10422
Resumo: Incidência e perfil clínico da nefrite lúpica nos pacientes submetidos à biópsia renal entre 2007 e 2012 em um hospital de referência em nefrologia no Estado da Bahia [Carla Dinamérica Kobayashi]. A nefrite lúpica (NL) é uma glomerulonefrite (GN) secundária ao lúpus eritematoso sistêmico. O estado da Bahia apresenta uma composição étnica peculiar com predomínio da raça negra, a mais acometida na NL. A prevalência da NL entre as GN no estado da Bahia ainda não é conhecida. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo determinar a incidência da nefrite lúpica nos pacientes submetidos à biópsia renal entre 2007 e 2012 em um hospital de referência no Estado da Bahia. METODOLOGIA: O Estudo Prospectivo sobre Glomerulopatias no Estado da Bahia – ProGlom, analisou dados de 165 pacientes com diagnóstico de GN confirmado por biópsia renal, entre dezembro de 2007 e novembro de 2012. RESULTADOS: A incidência da NL foi de 29% (48/165). As GN secundárias foram responsáveis por 31,5% (52) das biópsias. A NL foi o diagnóstico mais prevalente entre as GN secundárias, 48 dos 52. Os pacientes lúpicos eram em sua maioria do sexo feminino (79,2%), com idade entre 18 e 40 anos (79,2%) e não brancos (79,2%). O grupo lúpico apresentou menor percentual de proteinúria nefrótica (29,9%) e níveis mais altos de albumia (>2,5mg/dl em 54,2%) e de creatinina (>1,5mg/dl em 66,7%). Correspondendo ao quadro sindrômico nefrítico predominante (64,6%). O grupo Outras GN apresentou predomínio da síndrome nefrótica com 66,7%. A NL tipo IV foi a mais comum, representando 46% (22/48) dos diagnósticos. Necessitaram de terapia dialítica 42 pacientes, desses 18 eram lúpicos e 24 Outras GN. Dos 8 pacientes que obtiveram melhora da função renal suficiente para sair da diálise, 6 eram lúpicos e apenas 2 eram do grupo Outras GN. CONCLUSÕES: A incidência da NL nos pacientes submetidos à biópsia renal entre 2007 e 2012 em um hospital de referência no Estado da Bahia foi de 29% (48/165). A NL representou praticamente a totalidade do grupo das GN secundárias. Os pacientes lúpicos eram predominantemente do sexo feminino e com síndrome nefrítica como quadro mais frequente. Necessidade de terapia dialítica esteve presente em 18 dos 48 pacientes lúpicos. O grupo das Outras GN apresentou menor proporção de pacientes em dialíse. A NL tipo IV foi a mais prevalente entre os diagnósticos de NL.
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Necessitaram de terapia dialítica 42 pacientes, desses 18 eram lúpicos e 24 Outras GN. Dos 8 pacientes que obtiveram melhora da função renal suficiente para sair da diálise, 6 eram lúpicos e apenas 2 eram do grupo Outras GN. CONCLUSÕES: A incidência da NL nos pacientes submetidos à biópsia renal entre 2007 e 2012 em um hospital de referência no Estado da Bahia foi de 29% (48/165). A NL representou praticamente a totalidade do grupo das GN secundárias. Os pacientes lúpicos eram predominantemente do sexo feminino e com síndrome nefrítica como quadro mais frequente. Necessidade de terapia dialítica esteve presente em 18 dos 48 pacientes lúpicos. O grupo das Outras GN apresentou menor proporção de pacientes em dialíse. 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