A rede de imunoglobulina E na nefrite lúpica
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29412 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma afecção autoimune complexa do ponto de vista fisiopatológico, com ampla gama de manifestações clínicas e de respostas ao tratamento. Há um número razoável de pacientes que experimentam graves efeitos colaterais do tratamento imunossupressor indistinto e - por isso - é intensa a busca por biomarcadores e tratamentos mais específicos. O sistema de imunoglobulina E (IgE) é bastante conhecido pelo papel nas doenças alérgicas. A presença de anticorpos IgE autorreativos em pacientes com LES indica uma ação potencial dessa isotipo em doenças autoimunes. No entanto, a utilidade clínica de mensurar esses autoanticorpos ainda necessita maiores esclarecimentos. OBJETIVOS: Verificar a utilidade clínica de se avaliar alguns componentes do sistema de IgE em pacientes com nefrite lúpica, a partir de objetivos específicos: verificar se há diferença entre IgE total, sensibilização para aeroalérgenos e doenças atópicas em pacientes com nefrite lúpica e controles; verificar a frequência de positividade de FAN IgE e anti-DNA IgE em pacientes com nefrite lúpica e controles; verificar se há associação entre atividade do LES e IgE total, FAN IgE e anti-DNA IgE, em pacientes atópicos e não-atópicos; comparar o perfil clínico e laboratorial de acordo com a positividade ou negatividade do FAN IgG e FAN IgE; comparar o perfil clínico e laboratorial de acordo com a positividade ou negatividade do anti-DNA IgG e anti-DNA IgE. MÉTODOS: Estudo observacional, analítico, transversal, com grupo controle comparativo, composto por 78 pacientes com nefrite lúpica coletados por amostra de conveniência e 40 adultos saudáveis pareados para idade, sexo, etnia e escolaridade, em um hospital universitário de Recife-PE, de Junho de 2016 a Abril de 2017. RESULTADOS: Não houve aumento da sensibilização ou de prevalência de doenças atópicas em pacientes com nefrite lúpica, quando comparados com o grupo controle. A presença de FAN IgE (47,9%; p=0,006) e anti-DNA IgE (10,3%; p=0,08) parece ser maior em pacientes com nefrite lúpica. Apenas o anti-DNA IgE se relacionou com atividade de doença de forma independente de alergias e sensibilização (p=0,012). Identificamos um subgrupo de pacientes em que a IgE autorreativa pode causar maior atividade de doença e doença renal ativa, de maneira independente de autoanticorpos IgG. CONCLUSÃO: Em pacientes com nefrite lúpica, a participação de parte do sistema de IgE pode ser demonstrada pela presença de IgE autorreativa. No entanto, essa ativação pode ser incompleta ou desviada, uma vez que não parece haver aumento de IgE total, sensibilização ou doenças atópicas nesses pacientes. O anti-DNA IgE se associou com atividade de doença aferida pelo SLEDAI 2K. A presença isolada de IgE autorreativa pode sugerir a presença de nefrite lúpica mais grave. |
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SARINHO, Filipe Wanickhttp://lattes.cnpq.br/9001779283204086http://lattes.cnpq.br/0557373983746122SARINHO, Emanuel Sávio CavalcantiMARQUES, Cláudia Diniz LopesLOPES, Lucila Maria Valente2019-02-22T22:25:43Z2019-02-22T22:25:43Z2017-08-29https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29412ark:/64986/001300000wznfINTRODUÇÃO: Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma afecção autoimune complexa do ponto de vista fisiopatológico, com ampla gama de manifestações clínicas e de respostas ao tratamento. Há um número razoável de pacientes que experimentam graves efeitos colaterais do tratamento imunossupressor indistinto e - por isso - é intensa a busca por biomarcadores e tratamentos mais específicos. O sistema de imunoglobulina E (IgE) é bastante conhecido pelo papel nas doenças alérgicas. A presença de anticorpos IgE autorreativos em pacientes com LES indica uma ação potencial dessa isotipo em doenças autoimunes. No entanto, a utilidade clínica de mensurar esses autoanticorpos ainda necessita maiores esclarecimentos. OBJETIVOS: Verificar a utilidade clínica de se avaliar alguns componentes do sistema de IgE em pacientes com nefrite lúpica, a partir de objetivos específicos: verificar se há diferença entre IgE total, sensibilização para aeroalérgenos e doenças atópicas em pacientes com nefrite lúpica e controles; verificar a frequência de positividade de FAN IgE e anti-DNA IgE em pacientes com nefrite lúpica e controles; verificar se há associação entre atividade do LES e IgE total, FAN IgE e anti-DNA IgE, em pacientes atópicos e não-atópicos; comparar o perfil clínico e laboratorial de acordo com a positividade ou negatividade do FAN IgG e FAN IgE; comparar o perfil clínico e laboratorial de acordo com a positividade ou negatividade do anti-DNA IgG e anti-DNA IgE. MÉTODOS: Estudo observacional, analítico, transversal, com grupo controle comparativo, composto por 78 pacientes com nefrite lúpica coletados por amostra de conveniência e 40 adultos saudáveis pareados para idade, sexo, etnia e escolaridade, em um hospital universitário de Recife-PE, de Junho de 2016 a Abril de 2017. RESULTADOS: Não houve aumento da sensibilização ou de prevalência de doenças atópicas em pacientes com nefrite lúpica, quando comparados com o grupo controle. A presença de FAN IgE (47,9%; p=0,006) e anti-DNA IgE (10,3%; p=0,08) parece ser maior em pacientes com nefrite lúpica. Apenas o anti-DNA IgE se relacionou com atividade de doença de forma independente de alergias e sensibilização (p=0,012). Identificamos um subgrupo de pacientes em que a IgE autorreativa pode causar maior atividade de doença e doença renal ativa, de maneira independente de autoanticorpos IgG. CONCLUSÃO: Em pacientes com nefrite lúpica, a participação de parte do sistema de IgE pode ser demonstrada pela presença de IgE autorreativa. No entanto, essa ativação pode ser incompleta ou desviada, uma vez que não parece haver aumento de IgE total, sensibilização ou doenças atópicas nesses pacientes. O anti-DNA IgE se associou com atividade de doença aferida pelo SLEDAI 2K. A presença isolada de IgE autorreativa pode sugerir a presença de nefrite lúpica mais grave.INTRODUCTION: Systemic lupus erythematosus (SLE) is a complex autoimmune disorder from the physiopathological point of view. Its clinical manifestations and treatment outcomes can vary widely. There is a considerable number of patients that experience severe adverse effects from indistinct immunosupression and, therefore, search for more precise biomarkers and new treatments is intense. The immunoglobulin E (IgE) system is widely known for its role in allergy. The discovery of autoreactive IgE in SLE patients indicates a potential role for this isotype in autoimmune diseases. But, its clinical role still needs clarification. OBJECTIVES: To verify the clinical relevance of evaluating parts of the IgE system in patients with lupus nephritis, with regard to: to verify if is there any difference between total IgE, allergen sensitization and atopic diseases in patients with lupus nephritis and healthy controls; to verify the frequency of IgE-ANA and IgE-anti-DNA in patients with lupus nephritis and healthy controls; to verify association between SLE activity and total IgE, IgEANA, anti-DNA-IgE, in atopic and non-atopic patients; to compare clinical and laboratory characteristics according to ANA phenotype; to compare clinical and laboratory characteristics according to anti-DNA phenotype. METHODS: We performed an observational-analytic-transversal study, with 78 lupus nephritis patients and 40 healthy adults in a university hospital in Brazil, from June 2016 to April 2017. RESULTS: Sensitization, atopy or total IgE levels were similar between groups. Lupus nephritis patients had more positive IgE-ANA (47,9%; p=0,006) than healthy controls, whereas IgE-anti-DNA (10,3%; p=0,08) was not. Only IgE-anti-DNA was associated with disease activity, regardless of allergy or sensitization. We identified a subgroup of patients in which autoreactive IgE might contribute to disease activity and renal activity, regardless the presence of autoreactive IgG. CONCLUSION: The IgE system can be active in lupus nephritis patients, as demonstrated by the presence of autoreactive IgE in these patients. However, it might be a partial or shifted activation, once we could not demonstrate higher total IgE, sensitization or atopic disease in these patients. IgE-anti-DNA can be used as a disease activity biomarker. Isolated autoreactive IgE can be associated with more severe lupus nephritis.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Ciencias da SaudeUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessImunoglobina ELúpus Eritematoso SistêmicoNefrite lúpicaA rede de imunoglobulina E na nefrite lúpicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Filipe Wanick Sarinho.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Filipe Wanick Sarinho.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1213https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29412/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Filipe%20Wanick%20Sarinho.pdf.jpg1916a93ff28ea73825386d8743b225beMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Filipe Wanick Sarinho.pdfDISSERTAÇÃO Filipe Wanick Sarinho.pdfapplication/pdf3392464https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29412/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Filipe%20Wanick%20Sarinho.pdf9458cded4c48a4764934291c210ffe9fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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