O desenvolvimento da capacidade para inovação : as pequenas e médias empresas do setor aeronáutico brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Rosane Argou
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24541
Resumo: Como a inovação é um dos fatores mais importante para a competitividade no longo prazo, a capacidade para gerenciar as atividades de inovação é fundamental para as empresas. Existe uma extensa literatura que trata deste tema, mas pouco se conhece sobre o desenvolvimento de tal capacidade pelas pequenas e médias empresas (PMEs) fornecedoras de bens e serviços menos complexos para empresas que integram sistemas complexos (CoPS). A empresa que integra CoPS necessita dominar uma variedade de conhecimentos para o desenvolvimento de produtos que são customizados, intensivos em engenharia e produzidos em pequena escala, muitas vezes sob encomenda. Esse tipo de empresa pode dividir os custos e as atividades de desenvolvimento com fornecedores. Uma aeronave comercial é um sistema complexo, e o Brasil possui uma das empresas líderes mundial nesse setor, a Embraer. Assim, as duas questões que se apresentam são: até que ponto as PMEs que fornecem produtos menos complexos para aeronaves comerciais estão desenvolvendo capacidade para inovação; e quais são os fatores que influenciam este desenvolvimento. O referencial teórico utilizado para responder tais questões foi construído a partir do exame dos: (i) conceitos de inovação; (ii) diferentes modelos para o entendimento da construção e diversificação da capacidade para inovação; e (iii) diversos fatores que podem influenciar o desenvolvimento da capacidade para inovação, tais como aqueles internos e externos a empresa. O modelo analítico considera quatro níveis de capacidade para inovação – avançado, intermediário, pré-intermediário e básico – os quais são associados aos tipos de inovação, ou seja, tecnológica (produto e produção) e organizacional (gestão de projetos e tipo de relação na cadeia de valor). Os fatores examinados foram: internos (esforços para aprendizagem) e externos (influência do tipo de relação na cadeia de valor e da participação em programas governamentais, i.e. promoção exportações e compensação nas compras governamentais). Utilizou-se o método qualitativo, por meio de entrevistas com especialistas sobre a evolução do sistema de inovação do setor aeronáutico e, em profundidade, com diretores, gerentes e técnicos de nove PMEs fornecedoras para aeronaves comerciais. Concluiu-se que os fatores externos podem influenciar o desenvolvimento da capacidade para inovação na medida em que a empresa investe, ativa e continuamente, na aprendizagem tecnológica e organizacional interna. Das nove PMEs pesquisadas, apenas três investem ativamente em aprendizagem sendo que, destas, apenas uma desenvolveu capacidade para inovação avançada e as outras duas, intermediária. A empresa que desenvolveu capacidade para inovação avançada foi impulsionada pela participação em programa de compensação relacionado às compras governamentais, do qual recebeu investimentos e transferência de tecnologia, assim como por meio da participação nos programas de desenvolvimento conjunto com a Embraer, tipo relacional de contrato com a Embraer. As duas empresas que desenvolveram capacidade intermediária para inovação apresentaram resultados distintos: um delas participou em programa de compensação e a outra não participou em nenhum programa; e a relação com a Embraer é mercado e cativa. Das outras seis empresas, cinco passaram da capacidade para inovação básica à pré- intermediária e uma manteve a capacidade básica. Quatro destas empresas participaram em programa de promoção das exportações, o que influenciou o desenvolvimento da capacidade para inovação de básica para pré-intermediária. Praticamente, não houve mudança no tipo de relação com a Embraer, a qual continuou cativa e mercado. Conclui-se que os esforços ativos para aprendizagem originaram-se da necessidade de realizar mudanças, buscando tecnologias mais complexas se comparadas com as existentes. De fato, os fatores que estão influenciando o desenvolvimento da capacidade para inovação são, basicamente, os esforços ativos e contínuos em aprendizagem (tecnológica e organizacional) e a participação em programas de offset.
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Esse tipo de empresa pode dividir os custos e as atividades de desenvolvimento com fornecedores. Uma aeronave comercial é um sistema complexo, e o Brasil possui uma das empresas líderes mundial nesse setor, a Embraer. Assim, as duas questões que se apresentam são: até que ponto as PMEs que fornecem produtos menos complexos para aeronaves comerciais estão desenvolvendo capacidade para inovação; e quais são os fatores que influenciam este desenvolvimento. O referencial teórico utilizado para responder tais questões foi construído a partir do exame dos: (i) conceitos de inovação; (ii) diferentes modelos para o entendimento da construção e diversificação da capacidade para inovação; e (iii) diversos fatores que podem influenciar o desenvolvimento da capacidade para inovação, tais como aqueles internos e externos a empresa. O modelo analítico considera quatro níveis de capacidade para inovação – avançado, intermediário, pré-intermediário e básico – os quais são associados aos tipos de inovação, ou seja, tecnológica (produto e produção) e organizacional (gestão de projetos e tipo de relação na cadeia de valor). Os fatores examinados foram: internos (esforços para aprendizagem) e externos (influência do tipo de relação na cadeia de valor e da participação em programas governamentais, i.e. promoção exportações e compensação nas compras governamentais). Utilizou-se o método qualitativo, por meio de entrevistas com especialistas sobre a evolução do sistema de inovação do setor aeronáutico e, em profundidade, com diretores, gerentes e técnicos de nove PMEs fornecedoras para aeronaves comerciais. Concluiu-se que os fatores externos podem influenciar o desenvolvimento da capacidade para inovação na medida em que a empresa investe, ativa e continuamente, na aprendizagem tecnológica e organizacional interna. 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