Estudo epidemiológico da pressão arterial elevada e hipertensão arterial de crianças e adolescentes quilombolas.
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37948 |
Resumo: | Hipertensão Arterial (HA) é uma condição clínica de alta prevalência no mundo, causada por uma combinação de fatores e caracterizada pela elevação dos níveis pressóricos. Na última década, a prevalência da Pressão Arterial Elevada (PAE) e HA em crianças e adolescentes variou entre 9,4% e 14,5% para a primeira e 1,9% e 4% para a segunda. Elevações na pressão arterial em crianças e adolescentes são observadas quando percentis de Pressão Arterial Sistólica ou Diastólica se mostram iguais ou maiores de 90, ou mesmo quando a pressão se apresenta 120/80 mmMg. Sabe-se que a prevalência da hipertensão é maior entre pessoas pretas e pardas, que o surgimento de níveis pressóricos elevados de um adulto hipertenso, muito provavelmente, iniciou na infância ou adolescência, bem como a ocorrência dessa condição clínica entre adultos quilombolas é alta. Tais aspectos atribuem relevância à investigação sobre hipertensão arterial em remanescentes quilombolas quando em idades mais precoces. Nesta perspectiva, o objetivo deste estudo foi analisar a prevalência da PAE e HA em crianças e adolescentes quilombolas do Recôncavo Baiano e os fatores associados. Para tanto, foram empregadas as seguintes estratégias metodológicas: Revisão Sistemática, que apontou prevalência geral da PAE e HA, respectivamente, de 12% (IC95%= 5-19; I²=99.97%) e 11% (IC95%=10-13; I²= 99.91%) e, quando avaliado por raça-cor, identificou-se 11% para negros (IC95% 2-19), 10% para brancos (IC95% 6-14, I² 99.95%) e o conjunto de negros e brancos (IC95% 8-11, I² 99.70%), assim como na presença de excesso de peso a prevalência de pressão arterial alterada foi 2,5 vezes mais elevada (IC95% 2,1-2,9; I²= 90.9%); Corte Transversal, mostrou que prevalência de hipertensão geral em crianças e adolescentes quilombolas foi de 29.4%, crianças apresentaram, respectivamente, PAE e HA de 12.7% e 14.3%, enquanto os adolescentes, na mesma ordem, mostraram 12.5% e 15.4%; e, Caso-Controle, que verificou associação de razão de cintura estatura (RCE) ≥0,5 (OR 2,62; IC 1,89 - 7,518) e Bolsa Família (OR 2,35; IC 1,14 - 4,01) com alteração da pressão arterial (APA) para crianças com Fração Atribuível Populacional (FAP) de 13% e 9,0%. Evidenciou-se também associação com sexo masculino (OR 1,80; IC 1,02-3,18), obesidade (OR 4,07; IC 1,60-10,34) e história familiar de hipertensão (OR 1,91; IC 1,09-3,33) entre os adolescentes com Fração Atribuível Populacional (FAP), nesta ordem, de 18%, 12% e 23%. Concluímos que crianças e adolescentes negros apresentam prevalência de hipertensão mais elevadas, os remanescentes quilombolas nessas fases da vida apresentam alta prevalência dos desfechos estudados e que os fatores associados à alteração da pressão diferiram entre crianças e adolescentes. Sugere-se a ampliação das ações de prevenção da hipertensão arterial entre crianças e adolescentes remanescentes quilombolas na perspectiva de reduzir a prevalência e eliminar as exposições dessa população aos fatores que determinam a HA e, a longo prazo, a redução da morbimortalidade por hipertensão arterial nessa população negra específica. |
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Tais aspectos atribuem relevância à investigação sobre hipertensão arterial em remanescentes quilombolas quando em idades mais precoces. Nesta perspectiva, o objetivo deste estudo foi analisar a prevalência da PAE e HA em crianças e adolescentes quilombolas do Recôncavo Baiano e os fatores associados. 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Evidenciou-se também associação com sexo masculino (OR 1,80; IC 1,02-3,18), obesidade (OR 4,07; IC 1,60-10,34) e história familiar de hipertensão (OR 1,91; IC 1,09-3,33) entre os adolescentes com Fração Atribuível Populacional (FAP), nesta ordem, de 18%, 12% e 23%. Concluímos que crianças e adolescentes negros apresentam prevalência de hipertensão mais elevadas, os remanescentes quilombolas nessas fases da vida apresentam alta prevalência dos desfechos estudados e que os fatores associados à alteração da pressão diferiram entre crianças e adolescentes. Sugere-se a ampliação das ações de prevenção da hipertensão arterial entre crianças e adolescentes remanescentes quilombolas na perspectiva de reduzir a prevalência e eliminar as exposições dessa população aos fatores que determinam a HA e, a longo prazo, a redução da morbimortalidade por hipertensão arterial nessa população negra específica.Arterial Hypertension (AH) is a clinical condition of high prevalence in the world, caused by a combination of factors and characterized by elevated blood pressure levels. In the last decade, the prevalence of High Blood Pressure (HBP) and AH in children and adolescents varied between 9.4% and 14.5% for the first and 1.9% and 4% for the second. Elevations in blood pressure in children and adolescents are observed when systolic or diastolic blood pressure percentiles are equal to or greater than 90, or even when the pressure is 120/80 mmMg. It is known that the prevalence of hypertension is higher among black and brown people, that the emergence of high blood pressure levels in a hypertensive adult, most likely, started in childhood or adolescence, as well as the occurrence of this clinical condition among quilombola adults is high. Such aspects attribute relevance to the investigation of arterial hypertension in quilombola remnants at earlier ages. From this perspective, the objective of this study was to analyze the prevalence of PAE and AH in quilombola children and adolescents from the Recôncavo Baiano and the associated factors. To this end, the following methodological strategies were used: Systematic Review, which showed a general prevalence of HBP and AH, respectively, of 12% (95%CI= 5-19; I²=99.97%) and 11% (95%CI=10-13 ; I²= 99.91%) and, when evaluated by race-color, 11% were identified for blacks (95%CI 2-19), 10% for whites (95%CI 6-14, I² 99.95%) and the group of blacks and white (95%CI 8-11, I² 99.70%), as well as in the presence of excess weight, the prevalence of altered blood pressure was 2.5 times higher (95%CI 2.1-2.9; I²= 90.9% ); Cross-sectional study, showed that the prevalence of general hypertension in quilombola children and adolescents was 29.4%, children presented, respectively, PAE and AH of 12.7% and 14.3%, while adolescents, in the same order, showed 12.5% and 15.4%; and, Case-Control, which found an association between waist-to-height ratio (WHR) ≥0.5 (OR 2.62; CI 1.89 - 7.518) and Bolsa Família (OR 2.35; CI 1.14 - 4, 01) with changes in blood pressure (APA) for children with Population Attributable Fraction (FAP) of 13% and 9.0%. There was also an association with male gender (OR 1.80; CI 1.02-3.18), obesity (OR 4.07; CI 1.60-10.34), and family history of hypertension (OR 1.91; CI 1.09-3.33) among adolescents with Population Attributable Fraction (FAP), in that order, 18%, 12%, and 23%. We conclude that black children and adolescents have a higher prevalence of hypertension, the remaining quilombolas in these stages of life have a high prevalence of the outcomes studied, and that the factors associated with increased blood pressure differed between children and adolescents. It is suggested the expansion of actions to prevent arterial hypertension among children and adolescents remaining from quilombolas to reduce the prevalence and eliminate the exposure of this population to the factors that determine AH and, in the long term, the reduction of morbidity and mortality due to arterial hypertension in this population specific black population.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-10-03T16:16:53Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5) Tese-VIVIANE-SILVA-DE-JESUS-2022.pdf: 2647049 bytes, checksum: aafdd70f7af7176a04a52e1fc15523a4 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-10-03T16:20:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5) Tese-VIVIANE-SILVA-DE-JESUS-2022.pdf: 2647049 bytes, checksum: aafdd70f7af7176a04a52e1fc15523a4 (MD5)Made available in DSpace on 2023-10-03T16:20:10Z (GMT). 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Instituto de Saúde ColetivaPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)ISC-UFBABrasilInstituto de Saúde Coletiva - ISCAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessArterial HypertensionChildrenBlacksRemnant Quilombola SettlementsCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAHipertensão ArterialCriançaAdolescenteEpidemiologiaNegrosRemanescentes QuilombolasEstudo epidemiológico da pressão arterial elevada e hipertensão arterial de crianças e adolescentes quilombolas.Epidemiological study of high blood pressure and arterial hypertension in children and quilombola teenagers.Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionCosta, Maria da Conceição NascimentoTrad, Leny Alves BonfimPereira, Susan MartinsCamargo, Climene Laura deAraújo, Edna Maria deNery, Joilda SilvaTrad, Leny Alves BomfimCosta, Maria da Conceição Nascimentohttp://lattes.cnpq.br/2763270809824763Jesus, Viviane Silva dereponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTTese-VIVIANE-SILVA-DE-JESUS-2022.pdf.txtTese-VIVIANE-SILVA-DE-JESUS-2022.pdf.txtExtracted texttext/plain360256https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37948/4/Tese-VIVIANE-SILVA-DE-JESUS-2022.pdf.txt5766d324e6377702203ba846a1e5a954MD54ORIGINALTese-VIVIANE-SILVA-DE-JESUS-2022.pdfTese-VIVIANE-SILVA-DE-JESUS-2022.pdfapplication/pdf2647049https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37948/1/Tese-VIVIANE-SILVA-DE-JESUS-2022.pdfaafdd70f7af7176a04a52e1fc15523a4MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81037https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37948/2/license_rdf996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5eMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37948/3/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD53ri/379482023-10-07 02:05:58.755oai:repositorio.ufba.br:ri/37948TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-10-07T05:05:58Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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Hipertensão Arterial (HA) é uma condição clínica de alta prevalência no mundo, causada por uma combinação de fatores e caracterizada pela elevação dos níveis pressóricos. Na última década, a prevalência da Pressão Arterial Elevada (PAE) e HA em crianças e adolescentes variou entre 9,4% e 14,5% para a primeira e 1,9% e 4% para a segunda. Elevações na pressão arterial em crianças e adolescentes são observadas quando percentis de Pressão Arterial Sistólica ou Diastólica se mostram iguais ou maiores de 90, ou mesmo quando a pressão se apresenta 120/80 mmMg. Sabe-se que a prevalência da hipertensão é maior entre pessoas pretas e pardas, que o surgimento de níveis pressóricos elevados de um adulto hipertenso, muito provavelmente, iniciou na infância ou adolescência, bem como a ocorrência dessa condição clínica entre adultos quilombolas é alta. Tais aspectos atribuem relevância à investigação sobre hipertensão arterial em remanescentes quilombolas quando em idades mais precoces. Nesta perspectiva, o objetivo deste estudo foi analisar a prevalência da PAE e HA em crianças e adolescentes quilombolas do Recôncavo Baiano e os fatores associados. Para tanto, foram empregadas as seguintes estratégias metodológicas: Revisão Sistemática, que apontou prevalência geral da PAE e HA, respectivamente, de 12% (IC95%= 5-19; I²=99.97%) e 11% (IC95%=10-13; I²= 99.91%) e, quando avaliado por raça-cor, identificou-se 11% para negros (IC95% 2-19), 10% para brancos (IC95% 6-14, I² 99.95%) e o conjunto de negros e brancos (IC95% 8-11, I² 99.70%), assim como na presença de excesso de peso a prevalência de pressão arterial alterada foi 2,5 vezes mais elevada (IC95% 2,1-2,9; I²= 90.9%); Corte Transversal, mostrou que prevalência de hipertensão geral em crianças e adolescentes quilombolas foi de 29.4%, crianças apresentaram, respectivamente, PAE e HA de 12.7% e 14.3%, enquanto os adolescentes, na mesma ordem, mostraram 12.5% e 15.4%; e, Caso-Controle, que verificou associação de razão de cintura estatura (RCE) ≥0,5 (OR 2,62; IC 1,89 - 7,518) e Bolsa Família (OR 2,35; IC 1,14 - 4,01) com alteração da pressão arterial (APA) para crianças com Fração Atribuível Populacional (FAP) de 13% e 9,0%. Evidenciou-se também associação com sexo masculino (OR 1,80; IC 1,02-3,18), obesidade (OR 4,07; IC 1,60-10,34) e história familiar de hipertensão (OR 1,91; IC 1,09-3,33) entre os adolescentes com Fração Atribuível Populacional (FAP), nesta ordem, de 18%, 12% e 23%. Concluímos que crianças e adolescentes negros apresentam prevalência de hipertensão mais elevadas, os remanescentes quilombolas nessas fases da vida apresentam alta prevalência dos desfechos estudados e que os fatores associados à alteração da pressão diferiram entre crianças e adolescentes. Sugere-se a ampliação das ações de prevenção da hipertensão arterial entre crianças e adolescentes remanescentes quilombolas na perspectiva de reduzir a prevalência e eliminar as exposições dessa população aos fatores que determinam a HA e, a longo prazo, a redução da morbimortalidade por hipertensão arterial nessa população negra específica. |
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