A territorialidade dos quilombos de Irará (BA): Olaria, Tapera e Crioulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19840 |
Resumo: | Nesta dissertação analisou-se o processo de construção e estabelecimento da territorialidade de três comunidades quilombolas – Olaria, Tapera e Crioulo – situadas na área rural do município de Irará (BA). Utilizou-se o território como conceito base da pesquisa, em sua vertente relacional. Sendo assim, o território constitui um elemento importante na análise, pois a existência e resistência das comunidades quilombolas estudadas envolve alterações nas relações de poder. As territorialidades pressupõem relações de poder projetadas em um substrato referencial e é abrangida neste estudo como o conjunto das ações e estratégias implementadas pelos quilombolas visando criar condições sociais, econômicas e políticas que possibilitem a sua permanência e reprodução em um dado espaço. A partir da análise, foi possível compreender que cada Comunidade apresenta uma geo-história que conforma uma territorialidade específica. A comunidade de Olaria enfrenta um processo de expropriação secular, no entanto, vem resistindo às mais diversas estratégias usadas pelos agentes hegemônicos ao logo do período. A comunidade da Tapera foi constituída pela doação de terras, nunca vivenciou conflito territorial, mas passa por um processo de desterritorialização conseqüente da fragmentação do território. Enquanto a comunidade do Crioulo foi formada por escravos e indígenas que viviam nas organizações comunitárias instaladas na região pelos jesuítas, as terras foram expropriadas por dois latifundiários, e os moradores foram submetidos à “re-escravização”. A análise ressalta as conseqüências destes fatos na atual territorialidade e as estratégias de resistência adotadas na contemporaneidade. Neste sentido, levou-se em consideração os depoimentos dos moradores e as fontes primárias que expressam e justificam a situação de exclusão em que vivem. |
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Santos, Janeide Bispo dosGermani, Guiomar InezOliveira, Gilca Garcia deSantos, Jocélio Teles dosGermani, Guiomar Inez2016-07-27T14:38:33Z2016-07-27T14:38:33Z2016-07-272008CDU: 911.373(813.8)http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19840Nesta dissertação analisou-se o processo de construção e estabelecimento da territorialidade de três comunidades quilombolas – Olaria, Tapera e Crioulo – situadas na área rural do município de Irará (BA). Utilizou-se o território como conceito base da pesquisa, em sua vertente relacional. Sendo assim, o território constitui um elemento importante na análise, pois a existência e resistência das comunidades quilombolas estudadas envolve alterações nas relações de poder. As territorialidades pressupõem relações de poder projetadas em um substrato referencial e é abrangida neste estudo como o conjunto das ações e estratégias implementadas pelos quilombolas visando criar condições sociais, econômicas e políticas que possibilitem a sua permanência e reprodução em um dado espaço. A partir da análise, foi possível compreender que cada Comunidade apresenta uma geo-história que conforma uma territorialidade específica. A comunidade de Olaria enfrenta um processo de expropriação secular, no entanto, vem resistindo às mais diversas estratégias usadas pelos agentes hegemônicos ao logo do período. A comunidade da Tapera foi constituída pela doação de terras, nunca vivenciou conflito territorial, mas passa por um processo de desterritorialização conseqüente da fragmentação do território. Enquanto a comunidade do Crioulo foi formada por escravos e indígenas que viviam nas organizações comunitárias instaladas na região pelos jesuítas, as terras foram expropriadas por dois latifundiários, e os moradores foram submetidos à “re-escravização”. A análise ressalta as conseqüências destes fatos na atual territorialidade e as estratégias de resistência adotadas na contemporaneidade. Neste sentido, levou-se em consideração os depoimentos dos moradores e as fontes primárias que expressam e justificam a situação de exclusão em que vivem.ABSTRACT This study analyzes the process of construction and establishment of the territoriality of three communities quilombolas - Pottery, Tapera and Crioulo - situated in the agricultural area of the city of Irará (BA). The territory was used as a concept base of the research, in its relational way. Thus, the territory constitutes an important element in the analysis, therefore the existence and resistance of the studied quilombolas communities involves alterations in the relations of power. The territorialities estimate relations of power projected in a referencial substratum and are enclosed in this study as the set of the actions and strategies implemented by the quilombolas, aiming at creating social, economic and political conditions that make possible its permanence and reproduction in a certain space. From the analysis, it was possible to understand that each Community presents a geo-history that conforms a specific territoriality. The Pottery community faces a process of secular expropriation, however, it keeps resisting the most diverse strategies used by the hegemonic agents over the time. The community of Tapera was constituted by the land donation, it has never lived deeply in a territorial conflict, but it has undergone a process of consequent deterrioalization due to the fragmentation of the territory. While the community of the Creole was formed by aboriginal slaves and who lived in the communitarian organizations installed in the region for the Jesuits, the lands had been expropriated by two large estate owners, and the inhabitants had been submitted to the “reverse speed-slavary systsem”. The analysis points out the consequences of these facts in the current territoriality and the adopted strategies of resistance in the contemporaneity. In this direction, the statements of the inhabitants have been considered and the primary sources that express and execute the exclusion situation where they live in. Word-key: Quilombolas Communities; territory; territoriality; power; resistenceSubmitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-10-20T12:31:22Z No. of bitstreams: 1 Janeide Bispo dos Santos.pdf: 9482140 bytes, checksum: b21bb439bca49f0d281fc517e32b2b25 (MD5)Approved for entry into archive by Jose Neves (neves@ufba.br) on 2016-07-27T14:38:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Janeide Bispo dos Santos.pdf: 9482140 bytes, checksum: b21bb439bca49f0d281fc517e32b2b25 (MD5)Made available in DSpace on 2016-07-27T14:38:33Z (GMT). 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Nesta dissertação analisou-se o processo de construção e estabelecimento da territorialidade de três comunidades quilombolas – Olaria, Tapera e Crioulo – situadas na área rural do município de Irará (BA). Utilizou-se o território como conceito base da pesquisa, em sua vertente relacional. Sendo assim, o território constitui um elemento importante na análise, pois a existência e resistência das comunidades quilombolas estudadas envolve alterações nas relações de poder. As territorialidades pressupõem relações de poder projetadas em um substrato referencial e é abrangida neste estudo como o conjunto das ações e estratégias implementadas pelos quilombolas visando criar condições sociais, econômicas e políticas que possibilitem a sua permanência e reprodução em um dado espaço. A partir da análise, foi possível compreender que cada Comunidade apresenta uma geo-história que conforma uma territorialidade específica. A comunidade de Olaria enfrenta um processo de expropriação secular, no entanto, vem resistindo às mais diversas estratégias usadas pelos agentes hegemônicos ao logo do período. A comunidade da Tapera foi constituída pela doação de terras, nunca vivenciou conflito territorial, mas passa por um processo de desterritorialização conseqüente da fragmentação do território. Enquanto a comunidade do Crioulo foi formada por escravos e indígenas que viviam nas organizações comunitárias instaladas na região pelos jesuítas, as terras foram expropriadas por dois latifundiários, e os moradores foram submetidos à “re-escravização”. A análise ressalta as conseqüências destes fatos na atual territorialidade e as estratégias de resistência adotadas na contemporaneidade. Neste sentido, levou-se em consideração os depoimentos dos moradores e as fontes primárias que expressam e justificam a situação de exclusão em que vivem. |
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