Conhecimento dos pediatras sobre doença celíaca: estudo piloto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Adriza Santos Silva
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Conceição, Joseni Santos da, Silva, Luciana Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22708
Resumo: Apesar de ter sido demonstrado que a doença celíaca é uma condição mais frequente do que se imaginava no passado, ainda ocorre demora entre o início dos sintomas e a realização do diagnóstico. Uma razão para esse fato é representada pela falha dos profissionais de saúde em reconhecer as várias manifestações clínicas da doença celíaca e em saber quais os exames apropriados para a conduta diagnóstica. Foi realizado este estudo visando a avaliar o conhecimento de pediatras sobre a doença celíaca. Dados foram obtidos de questionário autoaplicado, distribuído durante o X Congresso Nacional de Pediatria, no período de 12 a 14 de junho de 2008, em Salvador. Foram analisados 63 questionários. Os sinais e sintomas mais apontados que os levariam a suspeitar de doença celíaca foram: diarreia crônica (62), baixo peso (58), distensão abdominal (57), baixa estatura (49) e dor abdominal (39). Parentes de primeiro grau portadores (48), deficiência de IgA (28) e diabetes mellitus tipo 1 (27) foram os fatores de riscos mais indicados pelos pediatras. Em relação às manifestações extra-gastrointestinais, foram assinaladas com mais frequência anemia (46), atraso puberal (40), hipoplasia do esmalte dentário (30), dermatite atópica (28) e dermatite herpetiforme (18). Dos exames, os mais solicitados foram biópsia intestinal (44), anticorpo antigliadina (47), anticorpo antiendomísio (42) e anticorpo ntitransglutaminase (26). O glúten foi apontado pela maioria (98%) como o alimento que deveria ser excluído da dieta, e 84% dos participantes responderam que a dieta deveria ser seguida por toda a vida. Os alimentos mais assinalados, que deveriam ser excluídos da dieta foram trigo (61), centeio (54), cevada (51) e aveia (44). As complicações associadas à doença celíaca citadas com mais frequência foram: baixa estatura (59), anemia (51) e osteopenia (24). Os dados apresentados demonstraram que os pediatras souberam reconhecer a forma clássica da doença celíaca, mas ainda existe a necessidade de se ampliar e atualizar o conhecimento desses profissionais de saúde em doença celíaca, sobretudo em relação às formas atípicas ou oligossintomáticas.
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