Concepções e práticas de gestão em uma Secretaria Estadual de Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Shirlei da Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32199
Resumo: As organizações de saúde podem ser vistas como microcosmos sociais, se considerarmos a complexidade e abrangência das ações que necessitam operar. Dispõem de um numeroso contingente de profissionais, distribuídos hierarquicamente, com vistas ao desenvolvimento das atividades que lhes são características. Além de se constituírem em um vasto leque de possibilidades, envolvendo a criatividade daqueles que estão anelados aos processos, tais atividades dependem de conhecimentos e competências variados. A formação e as experiências que os diferentes agentes tiveram ao longo da vida no exercício da prática profissional também compõem esse cenário, favorecendo uma constante busca pelos sujeitos por compatibilizar os conhecimentos trazidos com os desafios colocados pela prática, dentro das instituições. Nesse sentido, ocasionalmente, gestores e técnicos, podem ser levados a ocupar cargos e desenvolver funções de gestão com pouco preparo e baixa apropriação do objeto de trabalho pelo qual foram responsabilizados. Este estudo teve como objetivo central analisar as concepções e práticas de gestão em diferentes contextos da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia. Foram empregados como aporte teórico os conceitos de espaço social e capital de Bourdieu, capacidade de governo e projeto de governo de Matus e processo de trabalho em saúde de Mendes-Gonçalves. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em duas unidades da SESAB, utilizando-se como técnicas a entrevista semi-estruturada e análise documental. Foram realizadas vinte e nove entrevistas no período de agosto a outubro de 2018, com oito técnicos e vinte e um gestores. Observou-se que os instrumentos formais de gestão são pouco utilizados pelos gestores e suas equipes no cotidiano de trabalho. Esses materiais mais funcionam como peças burocráticas que atendem a exigências legais da instituição, do que são empregados como documentos orientadores das práticas de gestão e dos desafios por ela exigidos. Entrecruzando-se as categorias formação e experiência profissional que alicerçam o conceito de capacidade de governo formulado por Matus e adotado para este estudo, aos capitais cultural e burocrático, da teoria de Bourdieu, observouse que os agentes entrevistados, em sua maioria, estão empoderados pelas trajetórias que vêm desenvolvendo, para a atuação no subespaço da gestão em saúde. Todavia, aqueles agentes cujas trajetórias ainda estão distanciadas deste escopo de atuação, precisam ser contemplados por ações formativas que os preparem para o exercício de suas funções. Além disso, e de forma mais ampla, a reorganização dos processos de trabalho, em que prevaleçam o trabalho em equipe e o compartilhamento de saberes, utilizando-se perspectivas de gestão mais democráticas, horizontalizadas e participativas parecem favorecer o desenvolvimento dos agentes, ainda que apresentem inicialmente baixo volume dos capitais cultural e burocrático.Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir para o desenvolvimento dos agentes que atuam em subespaços de gestão em saúde, no que se refere à valorização social do trabalho que executam pelos próprios pares e a sociedade em geral. Ademais, tem-se como perspectiva que os elementos evidenciados conduzam a práticas de gestão do trabalho e promoção de processos formativos mais apropriados às reais necessidades da secretaria.
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