Preditores de gordura visceral: comparação entre métodos em adultos e idosos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roriz, Anna Karla Carneiro
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11513
Resumo: O excesso de gordura abdominal visceral vem sendo apontado como provável mediador da relação entre distúrbios metabólicos e a ocorrência de eventos cardiovasculares e outras morbidades. A antropometria tem sido estudada enquanto método alternativo para estimativa da gordura visceral e os exames bioquímicos têm boa correlação com esta gordura. Objetivo: Avaliar o desempenho da antropometria na predição de gordura visceral e verificar a existência de correlação entre os exames bioquímicos e a área de tecido adiposo visceral (ATAV) identificada pela tomografia computadorizada em adultos e idosos. Desenho: Validação, Transversal. Metodologia: Duzentos indivíduos foram estratificados por idade, massa corporal e sexo, sendo submetidos à realização da tomografia computadorizada –TC, antropometria (Diâmetro Abdominal Sagital -DAS, Circunferência da Cintura- CC e Razão Cintura-Quadril-RCQ) e à determinação das lipoproteínas: colesterol total- CT e frações, triglicérides-TG, da glicemia e do ácido úrico. Foi realizada análise descritiva, correlação de Pearson para as variáveis de distribuição normal e correlação de Spearman para as variáveis de distribuição não normais, curva ROC e Testes de médias para verificar diferenças entre a média da ATAV de acordo com os pontos de corte dos exames bioquímicos (p <0,05). Resultados: A média da CC foi mais elevada nos idosos quando comparada aos adultos do mesmo sexo. Para o DAS, verificou-se que a média foi maior entre os homens idosos (21,29cm) e a menor média foi observada entre as mulheres adultas (19,4cm). Os idosos de ambos os sexos apresentaram maiores valores de RCQ que os adultos. Foram encontradas correlações superiores a 0,7 (p=0,000) entre o DAS, CC e a ATAV em homens adultos e idosos e para as mulheres adultas. O RCQ apresentou as menores correlações. Os pontos de corte do DAS de melhor sensibilidade e especificidade foram iguais entre os homens (Adultos: 20,2cm/ Idosos: 20,2cm) e diferentes entre as mulheres (Adultas: 21,05cm/ Idosas: 19,9cm). As áreas sob a curva ROC ultrapassaram 0,80 com valores de p=0,000. Os pontos de corte da CC que identificaram uma ATAV 130cm2 foram de 90,2cm e de 92,2cm para os homens (adultos e idosos, respectivamente), enquanto que, para as mulheres, os valores encontrados foram de 92,3cm (adultas) e 88,2cm (idosas). Os idosos apresentaram maiores valores da ATAV, glicemia, ácido úrico e CT. As maiores correlações foram encontradas entre a ATAV e os TG e o VLDL-c (r > 0,5; p < 0,05) em ambos os grupos etários e o acido úrico (r > 0,42; p < 0,05). A média da ATAV mostrou-se sempre mais elevada quando os valores do TG e glicemia estavam alterados, em ambos os grupos etários. Conclusões: A CC e o DAS foram os indicadores que obtiveram melhor desempenho na identificação da gordura visceral. A maioria dos exames apresentou forte correlação com a ATAV identificada pela TC em adultos e idosos. Em idosos, a ATAV de risco para alterações metabólicas parece ser superior ao preconizado para os adultos.
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Metodologia: Duzentos indivíduos foram estratificados por idade, massa corporal e sexo, sendo submetidos à realização da tomografia computadorizada –TC, antropometria (Diâmetro Abdominal Sagital -DAS, Circunferência da Cintura- CC e Razão Cintura-Quadril-RCQ) e à determinação das lipoproteínas: colesterol total- CT e frações, triglicérides-TG, da glicemia e do ácido úrico. Foi realizada análise descritiva, correlação de Pearson para as variáveis de distribuição normal e correlação de Spearman para as variáveis de distribuição não normais, curva ROC e Testes de médias para verificar diferenças entre a média da ATAV de acordo com os pontos de corte dos exames bioquímicos (p <0,05). Resultados: A média da CC foi mais elevada nos idosos quando comparada aos adultos do mesmo sexo. Para o DAS, verificou-se que a média foi maior entre os homens idosos (21,29cm) e a menor média foi observada entre as mulheres adultas (19,4cm). 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