Características das alterações neuroanatômicas na síndrome congênita associada à infecção pelo Zika vírus

• Autor(a) principal: Almeida, Thalita Madeira de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36132
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; Zika vírus; microcefalia; anormalidades congênitas; neuroimagem; Zika virus; microcephaly; congenital abnormalities; neuroimaging

Características das alterações neuroanatômicas na síndrome congênita associada à infecção pelo Zika vírus. O número de casos de microcefalia atribuíveis à infecção congênita pelo Zika vírus cresceu exponencialmente desde 2015, quando se identificou, o vírus em liquido amniótico de gestantes com histórico de doença exantemática durante a gestação. Embora o sinal de alarme para identificação da epidemia de defeitos congênitos associados à infecção perinatal pelo Zika vírus tenha sido a microcefalia, estudos de neuroimagem apontaram diversas alterações neuroanatômicas, ao passo que os estudos de seguimento clínico têm mostrado a ocorrência de atraso de desenvolvimento neuropsicomotor. Este estudo objetivou identificar as características das alterações neuroanatômicas presentes na Síndrome congênita associada à infecção pelo Zika vírus em crianças participantes do projeto “Efeitos das manifestações neurológicas congênitas associadas ao Zika vírus sobre o desenvolvimento cognitivo infantil: um estudo de coorte prospectiva no contexto da Atenção Básica, em Salvador-BA”. Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter descritivo, individuado, de corte transversal, cujos dados são resultantes da investigação epidemiológica conduzida pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) a partir dos casos suspeitos de infecção congênita pelo Zika vírus notificados. Identificou-se que as alterações neuroanatômicas mais frequentes foram, respectivamente, calcificações cerebrais e ventriculomegalia. Houve uma tendência de coocorrência entre as alterações, sendo esta relação estatisticamente significante. Observou-se um maior número de alterações neuroanatômicas em crianças com desfechos neonatais desfavoráveis, como prematuridade, baixo peso, microcefalia severa e artrogriposes, e entre aquelas aquelas filhas de mães com alguma doença ou hábito deletério durante o período gestacional, bem como com relato de ocorrência do exantema no primeiro trimestre. Microcefalia esteve presente na maioria das crianças deste estudo, com um percentual significativo de microcefalia severa. Entre as crianças sem microcefalia, um número expressivo apresentou alterações em exames de neuroimagem. O perímetro cefálico não esteve relacionado à quantidade de alterações.