Tendência temporal e fatores associados a mortalidade por Dengue

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paixão, Enny Santos da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17444
Resumo: Com o objetivo de analisar a tendência temporal da mortalidade e letalidade por dengue e identificar fatores associados a esse desfecho no Brasil, realizou-se estudo de série temporal e agregados espaciais dos óbitos por dengue, registrados de 2000 a 2011, utilizando-se como fontes de dados Sistemas Oficiais de Informação. Ano-calendário e município foram unidades de análise. Curvas de tendência temporal das taxas de mortalidade e letalidade foram construídas para o Brasil, Regiões e faixa-etária. Avaliou-se associação entre essas taxas (média em 2008-2011) e indicadores sócio- econômicos e de atenção à saúde, mediante Regressão Binomial Negativa. De 2000 a 2011, a tendência da letalidade por FHD/SCD foi crescente no Brasil (β=0,67; p=0,036), na Região Sudeste (β=1,17; p=0,003) e nos grupos de 0-14 e 15 anos e mais (β=0,48; p=0,03 e β=1,1; p<0,001, respectivamente). A mortalidade também apresentou tendência crescente significante. Renda média per capita (RR=0,99; p=0,029), percentual da população em domicílios com coleta de lixo (RR=0,95; p=0,001) e número de Unidades Básicas de Saúde (RR= 0,85; p=0,015) mostraram-se associadas à letalidade por dengue. Para a taxa de mortalidade, somente as variáveis do grupo socioeconômico apresentaram associação significante: Índice de Gini (RR= 1,06; p<0,001); Renda média per capita (RR=0,99; p<0,001); Percentual da população com coleta de lixo (RR=0,92; p=0,044) e proporção de pessoas extremamente pobres (RR=0,96; p=0,001). A gravidade que a dengue vem exibindo no Brasil, principalmente em municípios mais pobres, é bastante preocupante. Embora parte dos óbitos por esta doença possa ser evitada, ainda não se dispõe de arsenal terapêutico capaz de evitar sua totalidade, o que torna imperativa a realização de pesquisas voltadas para aprimoramento do tratamento e, principalmente, desenvolvimento de novos instrumentos de controle para reduzir a circulação do agente da dengue.
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De 2000 a 2011, a tendência da letalidade por FHD/SCD foi crescente no Brasil (β=0,67; p=0,036), na Região Sudeste (β=1,17; p=0,003) e nos grupos de 0-14 e 15 anos e mais (β=0,48; p=0,03 e β=1,1; p<0,001, respectivamente). A mortalidade também apresentou tendência crescente significante. Renda média per capita (RR=0,99; p=0,029), percentual da população em domicílios com coleta de lixo (RR=0,95; p=0,001) e número de Unidades Básicas de Saúde (RR= 0,85; p=0,015) mostraram-se associadas à letalidade por dengue. Para a taxa de mortalidade, somente as variáveis do grupo socioeconômico apresentaram associação significante: Índice de Gini (RR= 1,06; p<0,001); Renda média per capita (RR=0,99; p<0,001); Percentual da população com coleta de lixo (RR=0,92; p=0,044) e proporção de pessoas extremamente pobres (RR=0,96; p=0,001). A gravidade que a dengue vem exibindo no Brasil, principalmente em municípios mais pobres, é bastante preocupante. 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