O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simões Neto, Natival Almeida
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32014
Resumo: Esta Tese se insere no âmbito da Romanística e tem o propósito de empreender um conjunto de reflexões que contribuam para novos olhares sobre a história, a estrutura e o funcionamento das línguas românicas. Na primeira parte da Tese, discutem-se questões relacionadas à tradicional narrativa da romanização, que emerge em um contexto linguístico-filológico oitocentista marcado por um nacionalismo europeu, que defendia purismos linguísticos, sociais e raciais. A partir de diversos estudos, como os de Webster (2001), Manacorda (2002), Sobral (2004), Glissant (2005), Dwulf (2005), Paixão de Sousa (2006), Guarinello (2006), Witt (2008), Marquilhas (2010), Mattos e Silva (2011), Olender (2012), Garrafoni (2009), Funari e Garraffoni (2018), inseridos em variadas áreas do conhecimento, como História, Filologia, Linguística Histórica, Arqueologia, Antropologia, Sociologia, Pedagogia, Estudos Culturais e Estudos Literários, aponta-se uma série de argumentos e evidências, não só de natureza linguística, como também de ordem social, cultural, religiosa, educacional, arquitetônica, que sugere que a narrativa da romanização falha em vários aspectos, podendo dar lugar a uma narrativa de crioulização linguística e cultural na expansão da România e na formação das línguas românicas. Na segunda parte da Tese, retomam-se os fenômenos linguísticos utilizados na divisão da România Ocidental e Oriental (MAURER JR., 1951; WARTBURG, 1952), como o comportamento das vogais postônicas, das consoantes surdas intervocálicas, do grupo -ct- intervocálico e a realização do plural, analisando-se a possibilidade de inserir novos fenômenos que ratifiquem essa divisão. Para isso, observou-se o comportamento morfossemântico das construções [[X]ari]N no latim (argentarius, quasilaria, linguarium) e de suas descendentes em sete línguas românicas, o romeno (areţar , mătăsar, bursier), o italiano (bambinaia, acquaio, caudatario), o francês (agencier, colombier, libraire), o catalão (abeller, garganter, sordària), o espanhol (abejero, bañadero, fornicario), o galego (mullereiro, chaqueteiro, cabalario) e o português (moedeiro, caldeira, aquário). Os dados analisados foram extraídos de dicionários monolíngues, nos casos do italiano, francês, espanhol, catalão, galego e português, e bilíngues, nos casos do romeno e do latim. A descrição das palavras sufixadas nessas línguas foi feita com base em pressupostos da Semântica Cognitiva (LAKOFF E JOHNSON, 1980; FILLMORE, 1982; LAKOFF, 1987), Gramática Cognitiva (LANGACKER, 1987, 2013), Gramática de Construções (GOLDBERG, 1995, 2003, 2006), Morfologia Construcional (BOOIJ, 2010; GONÇALVES, 2016). Para a comparação entre as línguas, utilizou-se o modelo dos Mapas Semânticos, adaptado da proposta tipológica cognitivo-funcional de Haspelmath (2003). Os resultados mostram que, do ponto de vista semântico-cognitivo, as línguas pouco se diferem, utilizando metáforas, metonímias, focalizações e analogias para a construção do significado de palavras complexas. O que as diferencia, nesse sentido, são as experiências utilizadas para metaforizar, focalizar ou fazer analogias. No que toca ao comportamento polissêmico, do latim às línguas românicas observadas, o significado de ‘agente profissional’ se apresenta como o mais produtivo e mais prototípico. De outro lado, o significado ‘agente vegetal’, que designa árvores, arbustos e outros tipos de plantas, se mostra improdutivo no italiano e no romeno, mas muito produtivo em línguas como o francês, o espanhol, o catalão, o galego e o português. servindo, nesse sentido, para marcar uma divisão entre as tendências das línguas românicas. Há ainda de se destacar a presença produtiva dos significados de gentílicos, anomalias e excessos/acúmulos nas línguas ibero-românicas.
id UFBA-2_29d313af60761d5a9c834a069de8606f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/32014
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Simões Neto, Natival AlmeidaCoelho, Juliana Soledade BarbosaLazzarini-Cyrino, João PauloGonçalves, Carlos Alexandre VictórioOliveira Lacerda, Mariana Fagundes deLopes, Mailson dos SantosSouza, Arivaldo Sacramento deSantos, Antonia Vieira dosViaro, Mário Eduardo2020-07-07T15:27:56Z2020-07-07T15:27:56Z2020-07-072020-05-20TESEhttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32014Esta Tese se insere no âmbito da Romanística e tem o propósito de empreender um conjunto de reflexões que contribuam para novos olhares sobre a história, a estrutura e o funcionamento das línguas românicas. Na primeira parte da Tese, discutem-se questões relacionadas à tradicional narrativa da romanização, que emerge em um contexto linguístico-filológico oitocentista marcado por um nacionalismo europeu, que defendia purismos linguísticos, sociais e raciais. A partir de diversos estudos, como os de Webster (2001), Manacorda (2002), Sobral (2004), Glissant (2005), Dwulf (2005), Paixão de Sousa (2006), Guarinello (2006), Witt (2008), Marquilhas (2010), Mattos e Silva (2011), Olender (2012), Garrafoni (2009), Funari e Garraffoni (2018), inseridos em variadas áreas do conhecimento, como História, Filologia, Linguística Histórica, Arqueologia, Antropologia, Sociologia, Pedagogia, Estudos Culturais e Estudos Literários, aponta-se uma série de argumentos e evidências, não só de natureza linguística, como também de ordem social, cultural, religiosa, educacional, arquitetônica, que sugere que a narrativa da romanização falha em vários aspectos, podendo dar lugar a uma narrativa de crioulização linguística e cultural na expansão da România e na formação das línguas românicas. Na segunda parte da Tese, retomam-se os fenômenos linguísticos utilizados na divisão da România Ocidental e Oriental (MAURER JR., 1951; WARTBURG, 1952), como o comportamento das vogais postônicas, das consoantes surdas intervocálicas, do grupo -ct- intervocálico e a realização do plural, analisando-se a possibilidade de inserir novos fenômenos que ratifiquem essa divisão. Para isso, observou-se o comportamento morfossemântico das construções [[X]ari]N no latim (argentarius, quasilaria, linguarium) e de suas descendentes em sete línguas românicas, o romeno (areţar , mătăsar, bursier), o italiano (bambinaia, acquaio, caudatario), o francês (agencier, colombier, libraire), o catalão (abeller, garganter, sordària), o espanhol (abejero, bañadero, fornicario), o galego (mullereiro, chaqueteiro, cabalario) e o português (moedeiro, caldeira, aquário). Os dados analisados foram extraídos de dicionários monolíngues, nos casos do italiano, francês, espanhol, catalão, galego e português, e bilíngues, nos casos do romeno e do latim. A descrição das palavras sufixadas nessas línguas foi feita com base em pressupostos da Semântica Cognitiva (LAKOFF E JOHNSON, 1980; FILLMORE, 1982; LAKOFF, 1987), Gramática Cognitiva (LANGACKER, 1987, 2013), Gramática de Construções (GOLDBERG, 1995, 2003, 2006), Morfologia Construcional (BOOIJ, 2010; GONÇALVES, 2016). Para a comparação entre as línguas, utilizou-se o modelo dos Mapas Semânticos, adaptado da proposta tipológica cognitivo-funcional de Haspelmath (2003). Os resultados mostram que, do ponto de vista semântico-cognitivo, as línguas pouco se diferem, utilizando metáforas, metonímias, focalizações e analogias para a construção do significado de palavras complexas. O que as diferencia, nesse sentido, são as experiências utilizadas para metaforizar, focalizar ou fazer analogias. No que toca ao comportamento polissêmico, do latim às línguas românicas observadas, o significado de ‘agente profissional’ se apresenta como o mais produtivo e mais prototípico. De outro lado, o significado ‘agente vegetal’, que designa árvores, arbustos e outros tipos de plantas, se mostra improdutivo no italiano e no romeno, mas muito produtivo em línguas como o francês, o espanhol, o catalão, o galego e o português. servindo, nesse sentido, para marcar uma divisão entre as tendências das línguas românicas. Há ainda de se destacar a presença produtiva dos significados de gentílicos, anomalias e excessos/acúmulos nas línguas ibero-românicas.This dissertation is located within the scope of Romanistics and aims to undertake a series of reflections that contribute to new perspectives on the history, the structure and the functioning of the Romance languages. In the first part of this work, issues related to the traditional narrative of Romanization are discussed, a narrative that emerges in a nineteenth-century linguistic-philological context marked by an European nationalism, which defended linguistic, social and racial purisms. Based on several studies – such as those by Webster (2001), Manacorda (2002), Sobral (2004), Glissant (2005), Dwulf (2005), Paixão de Sousa (2006), Guarinello (2006), Witt (2008), Marquilhas (2010), Mattos and Silva (2011), Olender (2012), Garrafoni (2009), and Funari and Garraffoni (2018) –, inserted in many areas of knowledge, such as History, Philology, Historical Linguistics, Archeology, Anthropology, Sociology, Pedagogy, Cultural Studies and Literary Studies, a series of arguments and evidence is pointed out, not only of linguistic nature, but also of social, cultural, religious, educational, and architectural nature, which suggests that the narrative of Romanization fails in several aspects, giving rise to a narrative of linguistic and cultural creolization in the expansion of Romania and in the formation of the Romance languages. In the second part of this dissertation, the linguistic phenomena used in the division of Western and Eastern Romania are resumed (MAURER JR., 1951; WARTBURG, 1952), such as the behavior of postonic vowels, intervocalic deaf consonants, and the intervocalic -ct- group, as well as the usage of the plural, thus analyzing the possibility of inserting new phenomena that ratify this division. In order to do so, the morphosemantic behavior of the latin [[X] -ari]N constructions (argentarius, quasilaria, linguarium) and its descendants in seven Romance languages: Romanian (areţar , mătăsar, bursier), Italian (bambinaia, acquaio, caudatario), French (agencier, colombier, libraire), Catalan (abeller, garganter, sordària), Spanish (abejero, bañadero, fornicario), Galician (mullereiro, chaqueteiro, cabalario) and Portuguese (moedeiro, caldeira, aquário), was observed. In the cases of Italian, French, Spanish, Catalan, Galician and Portuguese, the analyzed data was extracted from monolingual dictionaries, whereas in the cases of Romanian and Latin it was taken from bilingual dictionaries. The description of the suffixed words in these languages was based on the assumptions made by Cognitive Semantics (LAKOFF; JOHNSON, 1980; FILLMORE, 1982; LAKOFF, 1987), Cognitive Grammar (LANGACKER, 1987, 2013), Construction Grammar (GOLDBERG, 1995, 2003, 2006), and Construction Morphology (BOOIJ, 2010; GONÇALVES, 2016). For the comparison between the languages, the Semantic Maps model was used, adapted from Haspelmath's (2003) cognitive-functional typological proposal. The results show that, from a cognitive-semantic point of view, languages differ little, using metaphors, metonymies, focuses and analogies to construct the meaning of complex words. What differentiates them, in this sense, are the experiences used to metaphorize, focus or create analogies. With regard to polysemic behavior, from Latin to the observed Romance languages, the meaning of 'professional agent' is presented as the most productive and most prototypical. On the other hand, the 'vegetal agent' meaning, which designates trees, shrubs and other types of plants, proves to be unproductive in Italian and Romanian, but very productive in languages such as French, Spanish, Catalan, Galician and Portuguese. It thus serves to mark a division between the tendencies of Romance languages. It is also important to highlight the productive presence of gentile meanings, anomalies and excesses/accumulations in Ibero-Romance languages.Submitted by Natival Almeida Simões Neto (nativalneto@gmail.com) on 2020-07-06T17:02:28Z No. of bitstreams: 1 TOMO I - 2020 - TESE NATIVAL ALMEIDA SIMÕES NETO.pdf: 8829649 bytes, checksum: c6c503279aa8d30e7d96c5f910d418e1 (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2020-07-07T15:27:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TOMO I - 2020 - TESE NATIVAL ALMEIDA SIMÕES NETO.pdf: 8829649 bytes, checksum: c6c503279aa8d30e7d96c5f910d418e1 (MD5)Made available in DSpace on 2020-07-07T15:27:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TOMO I - 2020 - TESE NATIVAL ALMEIDA SIMÕES NETO.pdf: 8829649 bytes, checksum: c6c503279aa8d30e7d96c5f910d418e1 (MD5)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da BahiaLinguísticaLinguística HistóricaLínguas românicasLinguística CognitivaAbordagem construcional da gramáticaLinguística ComparativaMorfologia ConstrucionalO esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de Letras da Universidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Língua e CulturaUFBABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTOMO I - 2020 - TESE NATIVAL ALMEIDA SIMÕES NETO.pdfTOMO I - 2020 - TESE NATIVAL ALMEIDA SIMÕES NETO.pdfapplication/pdf8829649https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32014/1/TOMO%20I%20-%202020%20-%20TESE%20NATIVAL%20ALMEIDA%20SIM%c3%95ES%20NETO.pdfc6c503279aa8d30e7d96c5f910d418e1MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1442https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32014/2/license.txt817035eff4c4c7dda1d546e170ee2a1aMD52TEXTTOMO I - 2020 - TESE NATIVAL ALMEIDA SIMÕES NETO.pdf.txtTOMO I - 2020 - TESE NATIVAL ALMEIDA SIMÕES NETO.pdf.txtExtracted texttext/plain1678973https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32014/3/TOMO%20I%20-%202020%20-%20TESE%20NATIVAL%20ALMEIDA%20SIM%c3%95ES%20NETO.pdf.txt9ac16a56ce1b5503cf7afc1a2fc50919MD53ri/320142022-03-16 22:33:23.649oai:repositorio.ufba.br:ri/32014VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8ODwqNvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbsODwqdhLCBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTDg8KzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgbyBkaXJlaXRvIGRlIG1hbnRlciB1bWEgY8ODwrNwaWEgZW0gc2V1IHJlcG9zaXTDg8KzcmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YcODwqfDg8Kjby4gCgpFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7Dg8KjbyBleGNsdXNpdm9zLCBtYW50w4PCqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byBjb21vIHBhcnRlIGRvIGFjZXJ2byBpbnRlbGVjdHVhbCBkZXNzYSBVbml2ZXJzaWRhZGUuCgogUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVpw4PCp8ODwqNvLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vuw4PCp2EgZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYcODwqfDg8K1ZXMsIG8gcmVwb3NpdMODwrNyaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHDg8Knw4PCtWVzIHNvYnJlIG8gZG9jdW1lbnRvIChNZXRhZGFkb3MgZGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXDg8Knw4PCo28gY2llbnTDg8KtZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJpw4PCp8ODwrVlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw4PCs2RpY29zLgoKIFBhcmEgYXMgcHVibGljYcODwqfDg8K1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDg8KtdGljYSBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvLCBvcyBkZXDDg8Kzc2l0b3MgY29tcHVsc8ODwrNyaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTDg8KzcmlvIG1hbnTDg8KpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnTDg8KpbSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhb3MgbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0YcODwqfDg8KjbyBkZXNzZSB0ZXJtbyBuw4PCo28gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8gcG9yIHBhcnRlIGRlIGF1dG9yZXMvZGV0ZW50b3JlcyBkb3MgZGlyZWl0b3MsIHBvciBlc3RhcmVtIGVtIGluaWNpYXRpdmFzIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-03-17T01:33:23Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional
title O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional
spellingShingle O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional
Simões Neto, Natival Almeida
Linguística
Linguística Histórica
Línguas românicas
Linguística Cognitiva
Abordagem construcional da gramática
Linguística Comparativa
Morfologia Construcional
title_short O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional
title_full O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional
title_fullStr O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional
title_full_unstemmed O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional
title_sort O esquema X-ari- do latim às línguas românicas: um estudo comparativo, cognitivo e construcional
author Simões Neto, Natival Almeida
author_facet Simões Neto, Natival Almeida
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Simões Neto, Natival Almeida
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Coelho, Juliana Soledade Barbosa
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Lazzarini-Cyrino, João Paulo
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Gonçalves, Carlos Alexandre Victório
Oliveira Lacerda, Mariana Fagundes de
Lopes, Mailson dos Santos
Souza, Arivaldo Sacramento de
Santos, Antonia Vieira dos
Viaro, Mário Eduardo
contributor_str_mv Coelho, Juliana Soledade Barbosa
Lazzarini-Cyrino, João Paulo
Gonçalves, Carlos Alexandre Victório
Oliveira Lacerda, Mariana Fagundes de
Lopes, Mailson dos Santos
Souza, Arivaldo Sacramento de
Santos, Antonia Vieira dos
Viaro, Mário Eduardo
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Linguística
topic Linguística
Linguística Histórica
Línguas românicas
Linguística Cognitiva
Abordagem construcional da gramática
Linguística Comparativa
Morfologia Construcional
dc.subject.por.fl_str_mv Linguística Histórica
Línguas românicas
Linguística Cognitiva
Abordagem construcional da gramática
Linguística Comparativa
Morfologia Construcional
description Esta Tese se insere no âmbito da Romanística e tem o propósito de empreender um conjunto de reflexões que contribuam para novos olhares sobre a história, a estrutura e o funcionamento das línguas românicas. Na primeira parte da Tese, discutem-se questões relacionadas à tradicional narrativa da romanização, que emerge em um contexto linguístico-filológico oitocentista marcado por um nacionalismo europeu, que defendia purismos linguísticos, sociais e raciais. A partir de diversos estudos, como os de Webster (2001), Manacorda (2002), Sobral (2004), Glissant (2005), Dwulf (2005), Paixão de Sousa (2006), Guarinello (2006), Witt (2008), Marquilhas (2010), Mattos e Silva (2011), Olender (2012), Garrafoni (2009), Funari e Garraffoni (2018), inseridos em variadas áreas do conhecimento, como História, Filologia, Linguística Histórica, Arqueologia, Antropologia, Sociologia, Pedagogia, Estudos Culturais e Estudos Literários, aponta-se uma série de argumentos e evidências, não só de natureza linguística, como também de ordem social, cultural, religiosa, educacional, arquitetônica, que sugere que a narrativa da romanização falha em vários aspectos, podendo dar lugar a uma narrativa de crioulização linguística e cultural na expansão da România e na formação das línguas românicas. Na segunda parte da Tese, retomam-se os fenômenos linguísticos utilizados na divisão da România Ocidental e Oriental (MAURER JR., 1951; WARTBURG, 1952), como o comportamento das vogais postônicas, das consoantes surdas intervocálicas, do grupo -ct- intervocálico e a realização do plural, analisando-se a possibilidade de inserir novos fenômenos que ratifiquem essa divisão. Para isso, observou-se o comportamento morfossemântico das construções [[X]ari]N no latim (argentarius, quasilaria, linguarium) e de suas descendentes em sete línguas românicas, o romeno (areţar , mătăsar, bursier), o italiano (bambinaia, acquaio, caudatario), o francês (agencier, colombier, libraire), o catalão (abeller, garganter, sordària), o espanhol (abejero, bañadero, fornicario), o galego (mullereiro, chaqueteiro, cabalario) e o português (moedeiro, caldeira, aquário). Os dados analisados foram extraídos de dicionários monolíngues, nos casos do italiano, francês, espanhol, catalão, galego e português, e bilíngues, nos casos do romeno e do latim. A descrição das palavras sufixadas nessas línguas foi feita com base em pressupostos da Semântica Cognitiva (LAKOFF E JOHNSON, 1980; FILLMORE, 1982; LAKOFF, 1987), Gramática Cognitiva (LANGACKER, 1987, 2013), Gramática de Construções (GOLDBERG, 1995, 2003, 2006), Morfologia Construcional (BOOIJ, 2010; GONÇALVES, 2016). Para a comparação entre as línguas, utilizou-se o modelo dos Mapas Semânticos, adaptado da proposta tipológica cognitivo-funcional de Haspelmath (2003). Os resultados mostram que, do ponto de vista semântico-cognitivo, as línguas pouco se diferem, utilizando metáforas, metonímias, focalizações e analogias para a construção do significado de palavras complexas. O que as diferencia, nesse sentido, são as experiências utilizadas para metaforizar, focalizar ou fazer analogias. No que toca ao comportamento polissêmico, do latim às línguas românicas observadas, o significado de ‘agente profissional’ se apresenta como o mais produtivo e mais prototípico. De outro lado, o significado ‘agente vegetal’, que designa árvores, arbustos e outros tipos de plantas, se mostra improdutivo no italiano e no romeno, mas muito produtivo em línguas como o francês, o espanhol, o catalão, o galego e o português. servindo, nesse sentido, para marcar uma divisão entre as tendências das línguas românicas. Há ainda de se destacar a presença produtiva dos significados de gentílicos, anomalias e excessos/acúmulos nas línguas ibero-românicas.
publishDate 2020
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2020-05-20
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-07-07T15:27:56Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-07-07T15:27:56Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-07-07
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32014
dc.identifier.other.none.fl_str_mv TESE
identifier_str_mv TESE
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32014
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32014/1/TOMO%20I%20-%202020%20-%20TESE%20NATIVAL%20ALMEIDA%20SIM%c3%95ES%20NETO.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32014/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32014/3/TOMO%20I%20-%202020%20-%20TESE%20NATIVAL%20ALMEIDA%20SIM%c3%95ES%20NETO.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c6c503279aa8d30e7d96c5f910d418e1
817035eff4c4c7dda1d546e170ee2a1a
9ac16a56ce1b5503cf7afc1a2fc50919
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801502707973881856