Morfologia construcional: principais ideias, aplicação ao português e extensões necessárias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Alfa (São José do Rio Preto. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/5771 |
Resumo: | Neste trabalho, apresentamos o modelo de Morfologia Construcional (Construction Morphology) desenvolvido por Booij (2005, 2007, 2010), condensando seus diferentes trabalhos. Com base nessa apresentação, mostramos as vantagens desse modelo na descrição de diversos fenômenos morfológicos do português. Como resultado, não somente propomos uma nova abordagem para a formação e a estruturação de palavras complexas, mas também sugerimos instrumentos teóricos adicionais, de modo a especificar, com maior riqueza de detalhes, o polo semântico das construções morfológicas. Focalizamos, no trabalho, sobretudo, (a) as chamadas formas combinatórias (GONÇALVES, 2011), a exemplo de -nejo e caipi-, que criam padrões lexicais semelhantes aos de afixos, (b) o salto de etapas na formação de palavras (SANDMANN, 1994), observável, por exemplo, em construções como “desratizar” e “churrascabilidade”, com concatenação simultânea de dois afixos, e (c) os padrões derivacionais gerais (BASILIO, 1980), por meio dos quais duas construções morfológicas interagem, por se pressuporem mutuamente, como X-ista e X-ismo, em dados do tipo “marxismo”/“marxista” e “budismo”/“budista”. |
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Neste trabalho, apresentamos o modelo de Morfologia Construcional (Construction Morphology) desenvolvido por Booij (2005, 2007, 2010), condensando seus diferentes trabalhos. Com base nessa apresentação, mostramos as vantagens desse modelo na descrição de diversos fenômenos morfológicos do português. Como resultado, não somente propomos uma nova abordagem para a formação e a estruturação de palavras complexas, mas também sugerimos instrumentos teóricos adicionais, de modo a especificar, com maior riqueza de detalhes, o polo semântico das construções morfológicas. Focalizamos, no trabalho, sobretudo, (a) as chamadas formas combinatórias (GONÇALVES, 2011), a exemplo de -nejo e caipi-, que criam padrões lexicais semelhantes aos de afixos, (b) o salto de etapas na formação de palavras (SANDMANN, 1994), observável, por exemplo, em construções como “desratizar” e “churrascabilidade”, com concatenação simultânea de dois afixos, e (c) os padrões derivacionais gerais (BASILIO, 1980), por meio dos quais duas construções morfológicas interagem, por se pressuporem mutuamente, como X-ista e X-ismo, em dados do tipo “marxismo”/“marxista” e “budismo”/“budista”. |
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