Alterações auditivas na esclerose sistêmica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20192 |
Resumo: | Introdução: A esclerose sistêmica (ES) é uma enfermidade rara, de etiologia desconhecida, e caracterizada por inflamação crônica, lesão difusa dos pequenos vasos e fibrose progressiva em múltiplos órgãos. As mulheres são acometidas três vezes mais que os homens e seu aparecimento é mais comum entre os 30 e 50 anos. Investigações internacionais descrevem a presença de alterações otoneurológicas em indivíduos com essa enfermidade e revelam prevalência variável quanto ao grau e tipo de afecção. No Brasil, nenhum estudo conduzido com o intuito de identificar sintomas e alterações auditivas em pacientes com ES foi localizado, exceto a publicação prévia dos resultados parciais deste estudo. Adicionalmente, não foram localizados estudos longitudinais que acompanharam a audição de indivíduos com ES. Objetivo: Descrever as queixas otoneurológicas e alterações auditivas em indivíduos com ES, bem como verificar a evolução do quadro audiológico. Metodologia: Trata-se de inquérito epidemiológico seccional e prospectivo, realizado no período de 2012 e 2015, aplicado a pacientes com diagnóstico médico de ES que realizaram acompanhamento no serviço de referência no Estado da Bahia. Para todos os participantes, foram coletados os dados sociodemográficos, ano de início da doença, ano de diagnóstico e subtipo da enfermidade. Posteriormente, foram realizadas a anamnese fonoaudiológica para identificação de queixas e sintomas otoneurológicos e para a investigação de realização de audiometria pregressa ao estudo e, em seguida, a avaliação audiológica básica. Resultados: Participaram do estudo 50 indivíduos, sendo 22 (44%) com ES do subtipo limitada. A maioria dos participantes era do sexo feminino, com mediana de idade de 49,25 anos. Os sintomas otoneurológicos mais frequentes foram tontura e zumbido e somente 9 (18%) participantes haviam realizado audiometria pregressa. A perda auditiva foi identificada em 23 (46%) dos 50 indivíduos, sendo a maioria do tipo sensorioneural, de grau e configurações variáveis. A análise dos limares auditivos obtidos na avaliação audiológica realizada em 2012 e, posteriormente, em 2015, indicou desencadeamento ou progressão da perda auditiva, com piora de 10dB na maioria das frequências avaliadas, sendo mais expressiva nas frequências agudas. Conclusão: Os resultados obtidos no presente estudo indicam elevada frequência de queixas otoneurológicas e alterações auditivas em indivíduos com ES, além de reduzido relato de fatores de risco e desencadeamento e/ou progressão da perda auditiva naqueles que realizaram avaliação audiológica sequencial. Sugere-se avaliação audiológica de rotina para os indivíduos com ES, acompanhados no Ambulatório de Reumatologia, do Complexo Hospitalar Universitário Prof. Edgar Santos, da UFBA uma vez que os sintomas da ES são progressivos e os pacientes se tornam cada vez mais debilitados devido a outras restrições físicas e, consequentemente, limitados à socialização. |
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Silva, Marília MendesAraújo, Roberto Paulo Correia deCorona, Ana PaulaAraújo, Roberto Paulo Correia deCorona, Ana PaulaPereira, Liliane Desgualdo2016-08-30T16:52:51Z2016-08-30T16:52:51Z2016-08-302015-12-02http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20192Introdução: A esclerose sistêmica (ES) é uma enfermidade rara, de etiologia desconhecida, e caracterizada por inflamação crônica, lesão difusa dos pequenos vasos e fibrose progressiva em múltiplos órgãos. As mulheres são acometidas três vezes mais que os homens e seu aparecimento é mais comum entre os 30 e 50 anos. Investigações internacionais descrevem a presença de alterações otoneurológicas em indivíduos com essa enfermidade e revelam prevalência variável quanto ao grau e tipo de afecção. No Brasil, nenhum estudo conduzido com o intuito de identificar sintomas e alterações auditivas em pacientes com ES foi localizado, exceto a publicação prévia dos resultados parciais deste estudo. Adicionalmente, não foram localizados estudos longitudinais que acompanharam a audição de indivíduos com ES. Objetivo: Descrever as queixas otoneurológicas e alterações auditivas em indivíduos com ES, bem como verificar a evolução do quadro audiológico. Metodologia: Trata-se de inquérito epidemiológico seccional e prospectivo, realizado no período de 2012 e 2015, aplicado a pacientes com diagnóstico médico de ES que realizaram acompanhamento no serviço de referência no Estado da Bahia. Para todos os participantes, foram coletados os dados sociodemográficos, ano de início da doença, ano de diagnóstico e subtipo da enfermidade. Posteriormente, foram realizadas a anamnese fonoaudiológica para identificação de queixas e sintomas otoneurológicos e para a investigação de realização de audiometria pregressa ao estudo e, em seguida, a avaliação audiológica básica. Resultados: Participaram do estudo 50 indivíduos, sendo 22 (44%) com ES do subtipo limitada. A maioria dos participantes era do sexo feminino, com mediana de idade de 49,25 anos. Os sintomas otoneurológicos mais frequentes foram tontura e zumbido e somente 9 (18%) participantes haviam realizado audiometria pregressa. A perda auditiva foi identificada em 23 (46%) dos 50 indivíduos, sendo a maioria do tipo sensorioneural, de grau e configurações variáveis. A análise dos limares auditivos obtidos na avaliação audiológica realizada em 2012 e, posteriormente, em 2015, indicou desencadeamento ou progressão da perda auditiva, com piora de 10dB na maioria das frequências avaliadas, sendo mais expressiva nas frequências agudas. Conclusão: Os resultados obtidos no presente estudo indicam elevada frequência de queixas otoneurológicas e alterações auditivas em indivíduos com ES, além de reduzido relato de fatores de risco e desencadeamento e/ou progressão da perda auditiva naqueles que realizaram avaliação audiológica sequencial. Sugere-se avaliação audiológica de rotina para os indivíduos com ES, acompanhados no Ambulatório de Reumatologia, do Complexo Hospitalar Universitário Prof. Edgar Santos, da UFBA uma vez que os sintomas da ES são progressivos e os pacientes se tornam cada vez mais debilitados devido a outras restrições físicas e, consequentemente, limitados à socialização.Submitted by ROBERTO PAULO CORREIA DE ARAÚJO (ppgorgsistem@ufba.br) on 2016-08-30T16:52:51Z No. of bitstreams: 1 Marília M. Silva pdf. final.pdf: 1718874 bytes, checksum: bf3aae4b78826532924f6bc8c846f7d3 (MD5)Made available in DSpace on 2016-08-30T16:52:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marília M. 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